quinta-feira, 23 de maio de 2013

O Torreão

Terminei de ler O Torreão (2006) de Jennifer Egan da Editora Intrínseca. Eu tinha ido na Livraria Martins Fontes e gosto de aproveitar as promoções que eles têm por lá. A atendente sugeriu esse e gostei porque a autora ganhou Pulitzer de Ficção 2011, é uma escritora atual e é mulher. Essa belíssima edição traz essa linda capa de Raphael Pacanowski com ilustração de Rafael Coutinho. O Torreão é magnífico! Começa com uma trama maluca em um castelo. Um homem é chamado pelo primo para ajudar na reforma do castelo que querem transformar em um hotel.

Obra And Always Searching for Beauty (2001) de Joan Snyder

Jennifer Egan não cansava de me surpreender. Em meio a trama do castelo começa uma em uma prisão. Eu estava tão envolvida na história do castelo, que queria voltar a parte anterior. Essa autora consegue depois mudar o meu interesse e eu começo a querer saber quem está no presídio. Pode ser que eu tenha decifrado, mas O Torreão não parece querer ser decifrado. Ficamos o tempo todo na dúvida se estamos em um sonho aprisionador, se é delírio, ficção, imaginação ou realidade. Fascinante! Quero muito ler outra obra dela.


Tanto o compositor, bem como a pintor são americanos como a escritora.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 22 de maio de 2013

O Exótico Hotel Marigold

Assisti O Exótico Hotel Marigold (2011) de John Madden no Telecine Premium. É um delicado filme que fala bastante sobre o envelhecimento. O filme é baseado no livro de Deborah Moggach.

Vários idosos estão com problemas em seu país. Eles acham pela internet um site com um maravilhoso Hotel Marigold na Índia, um lugar para os idosos poderem descansar, viver bem e por um preço bem mais satisfatório. Todos seguem para a Índia e na viagem é que passam a se conhecer. Bom, o hotel não é nada daquilo, está empoeirado, no meio da confusão da cidade. Por terem procurado um lugar barato eles não tem dinheiro para voltar e precisam se adaptar.

O Exótico Hotel Marigold tem vários textos nas entrelinhas. Quando o gerente do hotel diz que conseguirá mais hóspedes já que há muitos lugares no mundo que não querem os seus idosos. Da dificuldade das pessoas compreenderem que os idosos podem renovar, recomeçar e serem ativos dentro das suas limitações. O elenco é excelente: Judie Dench, Maggie Smith, Tom Wilkinson, Dev Patel, Bill Nighy, Celia Imrie, Tena Desae e Penelope Wilton

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 21 de maio de 2013

Helena Jank e Adriana Kayama

Fui ao recital do Centro de Música Brasileira com a cravista Helena Jank e a cantora Adriana Kayama no Centro Brasileiro Britânico. Essas duas musicistas são da Unicamp e fazem pesquisas das Modinhas brasileiras, canções que surgiram em Portugal nos séculos XVIII e XIX e repercutiram no Brasil. Foi um belo repertório recheado de composições brasileiras. Entre esses modinhas desse período ainda interpretaram obras de Almeida Prado, Osvaldo Lacerda e Edmundo Villani Côrtes. Foi um belo repertório e gratuito.

Segue o programa completo:

M.A. de  Souza Queiroz - Do peito soltando a voz
João Francisco Leal – Dize amor
Almeida Prado  -  A saudade é matadoura
Marcos Portugal - Vejo Marilia
Edmundo Villani-Cortes  - Modinha da moça de antes
Pe. José Mauricio Nunes Garcia – 2 Lições de Pianoforte (cravo solo)
Jayme Ovalle  -  Azulão  
Almeida Prado – Noite (texto de Cecília  Meireles)
Chiquinha Gonzaga – Lua branca
Inácio da Silva   -  Busco a campina serena
Gabriel Trindade – Erva mimosa do campo
Osvaldo Lacerda – Sonata” para cravo solo
                  Allegro giusto – Andantino com moto – Allegro vivo
Marcos Portugal  -  Arde o velho barril
Anônimo  -  Astuciosos os homens são
                            - Ta-te-ti-to-tu

Beijos,
Pedrita

domingo, 19 de maio de 2013

A Fragmentação da Personagem

Terminei de ler A Fragmentação da Personagem (2012) da Maria Lúcia Levy Candeias da Editora Perspectiva. Gostei muito! Saiu na Coleção Estudos e essa sobrecapa do Sergio Kon é muito bonita. Maria Lúcia Levy Candeias é uma crítica e estudiosa de teatro. Esse livro resultou de uma pesquisa realizada em 1980. Ela disseca as estruturas dos personagens no teatro, mas é possível fazer paralelo com outras artes como o formato maniqueísta dos vilões e mocinhos de novelas. Gostei muito que a autora fala da importância do contexto, um fator que ela acha fundamental. Eu também gosto de contextualizar as obras. Sempre que vejo um filme de um país que pouco conheço, ou mesmo de um livro, procuro saber um pouco da história do país no mesmo período para entender um pouco mais dos hábitos e da cultura. A autora menciona da mudança de atitudes na época da guerra, quando todos passaram a viver o dia de hoje e da alteração que surgiram nos textos desse período.

Para exemplificar o livro, Maria Lúcia Levy Candeias menciona vários textos e peças. Fala bastante dos autores gregos, de Tchekhov, peças brasileiras. Vi e li alguns dos textos e fiquei curiosa pelos que não conheci. Imagino que quem estuda teatro ou mesmo literatura conseguirá se aprofundar bem mais nos temas do que a minha leitura descompromissada. 



Beijos,
Pedrita