sexta-feira, 23 de março de 2018

A Vigiliante do Amanhã

Assisti Ghost in the Shell (2017) de Rupert Sanders no TelecinePlay. O nome no Brasil é péssimo. Eu não estava muito animada, adoro ficção científica, mas recentemente Scarlett Johansson atuou em um filme parecido, então  não entendi porque escolheram a mesma atriz. Amo essa atriz, mas não fazia sentido fazer um personagem tão parecido. Gostei muito do roteiro. O filme é mais ou menos. O roteiro é baseado no mangá do japonês Masamune Shirow.

Acho que o diretor quis se inspirar em Blade Runner, ou mesmo homenagear. As locações são muito escuras, muito molhadas, a maioria de noite. Escuras demais pro meu gosto. Gostei da atualidade do roteiro. Vou falar detalhes do filme: Uma equipe médica precisava de pessoas para os seus experimentos. Cada vez mais humanos e androides vivem misturados. O amigo da protagonista parece saído direto de Blade Runner e é interpretado por Pilou Asbaek.

Começa com a protagonista sendo atendida em um hospital, depois uma máquina fazendo o corpo dela. Ela acorda e a médica disse que ela estava se afogando, tinha fugido com os pais de navio, os terroristas os atacaram, e eles conseguiram salvá-la, mas só o seu cérebro. O corpo teria sido reconstituído. Com o tempo, do meio para o final do filme descobrimos que não foi bem isso. Ela e outros jovens eram rebeldes, viviam em uma parte sem lei da cidade. Policiais os prendem e os usam de cobaia. Incrível como o tema é atual. Mesmo com todo radicalismo da trama, o quanto muitas vezes acham dispensáveis cidadãos que questionam a sociedade. Que a experiência seria para um bem maior. Sei.
 Juliette Binoche é a médica. A atriz não está bem no filme, esquisita, parece não se sentir confortável no personagem. Canastrona mesmo. Uma pena porque adoro essa atriz.

Michael Pitt está ótimo. Quando o rosto dele aparece é o momento que o filme fica mais interessante. Só agora que vi que o Takeshi Kitano está no elenco, ótimo personagem, está irreconhecível pela maquiagem.



Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 21 de março de 2018

As Duas Irenes

Assisti As Duas Irenes (2017) de Fabio Meira no Canal Brasil. Eu queria muito ver esse filme, tinha adorado as matérias, acompanhei entrevistas, ouvi falar dos inúmeros prêmios. Aguardava ansiosamente! Fiquei eufórica quando vi que ia estrear no Canal Brasil! E que filme lindo! É tudo ou mais do que disseram.

O roteiro não chega a ser original, mas gosto muito do tema. E a forma como é conduzida é maravilhosa e realista. As Duas Irenes é um filme delicado, suave, sobre questões familiares complexas. Começa com uma menina jogando uma pedra em uma janela e saindo correndo. Eu já sabia um pouco do roteiro então já imaginei o que era.

Aos poucos entendemos que essa menina é Irene. Ela descobriu que seu pai tem uma outra família. A outra mulher do pai é costureira, então Irene arruma um tecido pra ir lá pedir uma roupa e conhecer mais a família. E descobre que o pai tem outra filha com o mesmo nome que ela e que nasceram no mesmo ano e que as duas tem 13 anos. Ela mente o nome.

As duas ficam amigas. É linda a amizade delas. Boa parte do filme mostra a vida adolescente delas nessa cidade pequena, ir ao cinema, ir a praça, as descobertas. A filha da costureira tem o corpo mais desenvolvido, já beijou, usa roupas mais ousadas. A família é mais liberal. Ótimas atrizes Priscila Bittencourt e Isabela Torres. O filme é praticamente com elas, o cotidiano da vida delas. Os figurinos de Anne Cerutti são lindos. A trilha sonora também é linda. Tudo é delicado!

A família da outra Irene é mais conservadora e com uma situação financeira confortável. Elas são três irmãs. A mãe é austera. Eles tem empregada. O elenco é ótimo. Marco Ricca que faz o pai, ele é feliz nas duas famílias, mas mais austero na família tradicional e mais descontraído na família da costureira. Suas mulheres são interpretadas por Inês Peixoto e Susana Ribeiro. Teuda Bara é a empregada. Há vários adolescentes no filme. A irmã mais velha é Maju Sousa. Eu ficava me perguntando pra onde o filme iria e que incrível a solução do filme, inteligente, sutil. Me emocionou a forma como essas duas irmãs resolvem o dilema. O roteiro de As Duas Irenes foi selecionado no fundo de incentivo a novos autores.
Merecidíssimos todos os prêmios que As Duas Irenes vem levando!

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 19 de março de 2018

Um Homem Chamado Ove

Assisti Um Homem Chamado Ove (2015) de Hannes Holm no TelecinePlay. Há um tempo li uma crítica desse filme que elogiava mas dizia que não era original, então não me animava muito em ver. Que pena, porque é um filme lindo demais.

Ove é um homem metódico, de difícil convivência. Solitário, ele é demitido do emprego. Resolve então encurtar sua vida para ir ao encontro de sua esposa. Ela tenta suicídio várias vezes, sempre sem sucesso. Ele vive em um condomínio onde é mandão e prepotente. Mas volte e meia ele está ajudando alguém. Não esperava alguém resolver, ia e fazia o que tinha que ser feito.

Nas tentativas de suicídio, Ove vai relembrando sua vida sofrida. Eu me identifiquei muito com a falta de afeto físico com seu pai. Sim, o pai o amava muito, mas era seco em transmitir afetividade fisicamente. Ove ficou assim também já que sua mãe morreu quando ele era muito pequeno. Rolf Lassgard está incrível como Ove, ele jovem é interpretado por Filip Berg. Adorei a vizinha iraniana interpretada pela Bahar Pars. Ela se muda para o condomínio do Ove e o inferniza. A relação dos dois emociona.

Linda a atriz que faz a esposa de Ove, Ida Engvoll. Alguns outros do elenco são: Börge Lundberg, Chatarina Larsson, Anna Lena-Brundin e Fredrik Evers.


Beijos,
Pedrita