sábado, 24 de setembro de 2016

Justiça

Assisti a série Justiça (2016) de Manuela Dias na TV Globo. Direção geral e artística José Luiz Villamarin.  Apesar de algumas incoerências, foi incrível. Começa com quatro prisões, depois a cada dia da semana uma história é contada. Muito interessante como as tramas se cruzam ou se confundem. Em uma entrevista a autora disse que precisamos debater o tema. E Justiça mostra vários lados, várias soluções, para debate. Eu reparava que cada um percebia uma questão, ou perdoava e entendia outra, e era categórico em outrs, mas surgia alguém com uma visão diferente. Ambientada em Recife, a série tinha um tratamento mais realista. Lugares mais escuros, não tão belos, sujos, mas não sujeira inventada, mais natural. Adorei que cada dia tinha uma abertura nova, um prédio pardieiro, um pescador com uma rede, uma criança em um parquinho, corredor em um hospital. Tudo esteticamente realista.

A segunda é de Vicente. Um playboy ciumento que namora a filha de Elisa, interpretada pela linda Mariana Ruy Barbosa, ele por Jesuíta Barbosa e Elisa por Deborah Bloch. Logo no início já vemos o perfil dele que chega em um iate de jekski quase provocando um acidente. Elisa fala ao pai do moço a irresponsabilidade do rapaz e o pai diz que a juventude é assim. Como se ser jovem é cometer crimes. O pai é interpretado por Luiz Carlos Vasconcelos. E Vicente comete um crime, pega a namorada na casa da mãe com um ex no chuveiro e a mata. Em uma licença poética, todos os 4 saem da prisão no mesmo dia. Vicente será morto a tiros por Elisa. Mas na hora que ela vai atirar, ela vê a filha dele pequena e recua.Nesse núcleo ainda estão Camila Márdila, Pedro Nercessian, Cássio Gabus Mendes, Pedro Lamin, Priscila Steinman e Giovana Echeverria.
Na terça era a história de Fátima. Ela é a diarista da Elisa. Na segunda já vimos a Elisa negando a Fátima de ir buscar os filhos por um motivo fútil. Tinha um pintor no apartamento, mas tanto a Elisa, bem como a filha dela podiam cuidar já que estavam em casa. Elisa esquece de Fátima depois também quando desmonta o quarto da filha e manda para doação os objetos. Elisa inclusive ficou devendo a Fátima, mas nunca se deu ao trabalho de encontrá-la para pagar. Fátima sempre viveu em um ambiente violento, o marido era estourado, foi o marido que intensificou a velocidade e a raiva do Antenor para atropelar a dançarina. Ele foi esfaqueado em uma briga em um bar, era briguento, queria brigar com o vizinho. O cachorro do vizinho faz vários estragos, mas quando machuca o filho pequeno de Fátima, ela mata o cachorro. A autora se inspirou em uma história que leu no jornal de um homem que mata o cachorro do vizinho. O vizinho era policial, arma um flagrante para a polícia achar droga no quintal de Fátima e ela é presa. Fátima é uma linda personagem, há um texto dela que resume bem seu perfil. Que cada um escolhe o destino que quer. A filha desejou ser prostituta para vingar a vizinha. Mas Fátima resolve reconstruir sua vida com honestidade. Ela tem muita raiva do vizinho, mas aos poucos vai passando e eles se tornam amigos. Adriana Esteves está majestosa. E incríveis todos desse núcleo: Enrique Diaz, Leandra Leal, Tobias Carriere, Julia Dalavia irreconhecível e Júlio Andrade. O marido de Fátima é interpretado pelo Angelo Antonio. Há algumas incoerências nessa trama, a maior é o fato de Fátima não saber o que aconteceu com os filhos quando sai da prisão 7 anos depois. Hoje consegue-se saber o que quer na prisão. Mas de qualquer forma, os filhos não iriam visitá-la, porque sendo menores, iriam para algum orfanato. Inclusive demais os atores que fazem os filhos da Fátima crianças: Letícia Braga e  Bernardo Berruezo.

A trama que menos nos identificamos foi a de quinta, interpretada brilhantemente por Luisa Arraes. A amiga Rose por Jéssica Ellen que é presa. No dia que faria 18 anos, a mui amiga Débora marca um luau na praia. As duas compras várias balinhas de droga com Celso. Só a negra é revistada e presa por 7 anos. Rose não sabia fugir do perigo, sai e volta a se relacionar com Celso. Quando as duas se encontram, Débora tinha sido estuprada e é essa trama que ganha força, não a da amiga que sai da prisão. Débora é casada com  um egoísta, interpretado por Igor Angelkorte. Ele não quer perder o conforto da relação, quer colocar o estupro da esposa embaixo do tapete. A mãe da Débora é jornalista e deseja o mesmo. A mãe é uma covarde, fica aliciando os amigos de Débora, para que eles convençam a filha do contrário, mas nunca senta e conversa claramente o que pensa com a filha. É a amiga Rose que entende que essa história tem que ter justiça. Mas Débora confunde o tempo todo justiça e vingança. O público achou estranho Débora colocar um desconhecido para dormir em sua casa, mesmo sabendo que no mínimo ele era ladrão. Mas eu achei coerente. Pessoas sem proteção cometem muitos desatinos. E sim, corre riscos. E pelo jeito era familiar, porque a mãe que tanto condenou a filha não pensou duas vezes em levar a esposa de um político corrupto para dar entrevista no apartamento da filha. A mãe foi interpretada por Fernanda Vianna. Vladimir Brichta está incrível como Celso. Ele aparece em todas as tramas, na maioria das vezes fazendo mal as pessoas, até mesmo quando quer ajudar. Diferente das minhas amigas, achei coerente Débora ir pedir carona, se expondo ao risco mais uma vez, e pegando carona com o personagem do Cauã Reymond, um mal caráter e explorador de mulheres.

A última trama foi do Cauã Reymond. O Maurício era um contador casado com uma dançarina, interpretado pela Marjorie Estiano. Ela é atropelada, vai ficar tetraplégica e pede que ele faça eutanásia nela. Ele faz e fica 7 anos preso. Entendo que ela poderia viver como tetraplégica, mas a trama, proposital ou não, mostrou a fragilidade da saúde brasileira. O médico dá o diagnóstico para o marido, mas nenhum psicólogo vai ajudá-los a lidar com o trauma. Quem a atropela é o personagem do Antônio Calloni, o Antenor, casado com a Vânia, personagem da Drica Moraes, uma alcoólatra. Na prisão, com a ajuda do Celso, Maurício é contador de bandidos e fica rico. Abre uma sauna administrada por Kellen e Celso. Maurício passou a ser um explorador de mulheres. Não se incomoda de aumentar o seu patrimônio explorando mulheres e meninas na prostituição. E não tem escrúpulos em usar a mulher do Antenor para atingi-lo. Maurício é o responsável da morte da Vânia. Ele mesmo diz a Vânia que ela precisa procurar proteção, mas não se preocupa em ajudá-la. Não é a toa que a Débora pega carona com um homem que explorava mulheres. A trilha sonora era incrível. Gostei muito de várias tramas aparecerem no final no cemitério. Inclusive várias tramas ficaram em aberto, podendo ter uma continuação ou mesmo uma aparição de fundo em uma segunda temporada.


Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Recital do Centro de Música Brasileira

Assisti ao Recital do Centro de Música Brasileira no Centro Britânico Brasileiro. Foi belíssimo! Fiquei estarrecida! Que repertório lindo, que músicos. E tudo de graça. A plateia estava muito ilustre, foi uma noite especialíssima. Primeiro tocou um duo. Adoro o cantor Sandro Bodilon e foi a primeira vez que ouvi a excelente pianista Scheilla Glaser.

Eu já tinha ouvido uma obra do compositor Luciano Gallet, mas acho que nunca tinha ouvido várias em sequência e foi quando consegui prestar atenção na beleza de suas obras. E particulares a escolha de poemas e textos folclóricos para compô-las. Lindas também as do incrível Osvaldo Lacerda e Fernando Cupertino, este inclusive estava na plateia.

Osvaldo Lacerda (1927–2011) – Texto popular anônimo -  Trovas II 
I – Eu quero bem...
II – Chamaste-me tua vida...
III – Se tu fosses pé de pau...
IV – À noite, quando me deito...
V – Fui no livro do destino...

Fernando Cupertino (1959) – Trovas de autores diversos  
Contrastes Do Amor    
Trovas
Saudade

Luciano Gallet (1893-1931) - A Partida (texto de Silva Ramos) 
A Perdiz Piou no Campo (Folclore)
Infância Brasileira (texto de Murillo Araújo)
Ai, Que Coração (Folclore) 

Pai do Mato (texto de Mário de Andrade)

Bambalelê (Folclore)

Acorda, Donzela! (Folclore)

Xangô (Folclore)


Depois aconteceu o Festival Antonio Ribeiro. Adoro esse compositor, já falei de algumas de suas obras por aqui. O duo acima tocou algumas de suas obras, várias em primeira audição mundial:
Quadrinhas - canto e piano (1ª audição)
O coração - canto e piano (1ª audição)
Poema dos olhos da amada - canto e piano
Triste Bahia - canto e piano (1ª audição)


Seguidos de outros músicos expressivos como a excelente pianista Rosana Civile que interpretou: 
Cantigas de solidão (1ª audição)

Momentos - seleção do 1º caderno 

Foto de João Caldas



Depois interpretaram obras do Antonio Ribeiro: Erik Heimann Pais no saxofone e Miriam Braga, ao piano. Não conhecia esses músicos, excelentes, além de lindos e carismáticos. Heimann Pais contou que o Antonio Ribeiro não tinha obras para saxofone e piano, e por um pedido do duo, adaptou uma que era só para piano e outra que era para clarinete e piano, lindíssimas:
Seresta - versão para saxofone e piano
IV Miniaturas - versão para saxofone e piano 


Vou colocar um vídeo do duo do recital, um vídeo com o Erik Heimann Pais e Miriam Braga com outro repertório, outro de Rosana Civile com uma cantora que não participou do recital e um outro com outro músico com composição do Antonio Ribeiro.



Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Repulsão

Assisti Repulsão (1965) de Roman Polanski no Telecine Cult. Catherine Deneuve está mais linda que nunca, que personagem complexo, que interpretação. Tinha lido que esse filme seria datado, mas acho que é muito atual. No filme a protagonista tem repulsão sexual por homens. Nessa questão pode ser, mas o filme acaba falando dessa pessoas que tem problemas psiquiátricos não só por questões sexuais, mas por várias anomalias.

Hoje a protagonista poderia ser diagnosticada com várias síndromes. Parecia sofrer de TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo. Não sei se no TOC incluiria a paranoia que ela vive. Eu conheço duas pessoas parecidas, que não chegaram a extremos, já que a medicina hoje auxilia esses processos. Mas a protagonista tem características que faz muitos deixarem a pessoa quieta, quando na verdade ela precisa de tratamento constante e medicações. Qualquer um que perguntasse pelo perfil da protagonista, diriam que é uma pessoa doce, calada e reservada. O que parece normal, mas alguém absurdamente solitária e dependentes de parentes, com perfil infantil apesar de adulta, tem no mínimo algum problema mais complexo que só a reserva.
Nossa protagonista vive bem com a irmã e trabalha em um salão de beleza. Tanto no salão como em casa, as pessoas auxiliam nos conflitos. Nossa protagonista não sabe o que fazer quando não tem um esmalte que pediram. Não sabe organizar uma casa. Então no salão a ajudam e em casa a irmã organiza e coordena tudo. Os problemas começam quando a irmã passa a se envolver com um homem casado. A protagonista se incomoda muito com os objetos que esse homem deixa na casa, mas a irmã coordena os conflitos. O problema é que essa irmã vai viajar com esse namorado. E é na solidão que tudo passa a se complicar. A irmã é interpretada por Yvonne Furneaux e o namorado por Ian Hendry. Ainda no elenco: Patrick Wynark e John Fraser. Roman Polanski ganhou prêmio de Melhor Diretor no Festival de Berlim.
Começam então as paranoias. Ela começa a ver pessoas saindo das paredes, bichos vindo de rachaduras. A fixação com rachaduras é bem de TOC. Fica horas olhando uma rachadura e esquece completamente do mundo. Mas antes, quem estava em seu entorno, tirava-a dos transes. Como ela passa a ficar sozinha, tudo se acentua. Algo que é a atual é a dificuldade das pessoas do entorno perceberam que é um problema de saúde. E também a dificuldade da continuidade de um tratamento. Pessoas com esses transtornos não querem ver ninguém, falar com ninguém. A protagonista começa a não comer, não beber, com medo das mãos, das rachaduras. É muito difícil um tratamento. É difícil levar a pessoa a uma consulta porque ela não quer sair do quarto. Não toma as medicações. E isso é ainda muito atual.
Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Paralimpíadas Rio 2016

Assisti as Paralimpíadas Rio 2016 no SportTV. Impulsionada pela empolgação das Olimpíadas Rio 2016 que comentei aqui, eu quis ver as Paralimpíadas Rio 2016. Me incomodou muito a não exibição na TV aberta da Cerimônia de Abertura e dos jogos. A TV Brasil passou, mas não sei com vocês, aqui a imagem é um terror. A TV Cultura inicialmente teve um problema com a TV Brasil e se virou para mostrar a cerimônia. As emissoras da tv aberta fizeram algumas matérias dos jogos, atletismo, medalhas, mas raramente mostravam ao vivo quando acontecia. Eu vi mesmo tudo pelo SportTV.

Na abertura foi linda a dança da modelo Amy Purdy com o robô que constrói carros. Linda e emocionante! Emocionante os atletas que carregaram a chama da pira olímpica e como a pira é linda.
Foto: ATP

Novamente eu vi mais as modalidades individuais, do atletismo e da natação. Dei só uma olhada nos jogos coletivos, mas acompanhar mesmo foi com os individuais. Embora eu tive menos tempo dessa vez e vi menos. Impressionante o atleta brasileiro que ganhou ouro para o Brasil no disco Alessandro Rodrigo Silva, foi muito emocionante! Queria muito ter visto a competição de Bocha, só vi os atletas comemorando o Ouro, nem sabia que tinha essa modalidade que me traz tantas recordações afetivas. Lindo o ouro do Daniel Dias na natação. 

A colocação do Brasil foi muito emocionante, ficamos em 8º lugar, em um país com tantas instabilidades econômicas, com renda concentrada em uma minoria, ver esse resultado, 72 medalhas, 14 de ouro, 29 de prata e 29 de bronze, emociona muito. Parabéns a todos os atletas! Sempre ouço falar em representatividade, na dificuldade de pessoas de encontrarem espelho para se inspirarem. As Paralimpíadas foram uma grande inspiração. Espero que para os patrocinadores também. Não podemos esquecer que os atletas que estavam na competição são os melhores nas suas categorias. Há inúmeros atletas que precisam de apoio mesmo que nunca cheguem a eventos como esse. 

Fiquei muito impressionada com o inglês Richard Whitehead que ganhou ouro em corrida. Ele tem duas próteses e não dobra os joelhos, a corrida é feita com um jogo de quadris. E ainda passou o record da modalidade. A maioria tem uma prótese, ou dobra auxiliando o movimento. Com Whitehead não, e mesmo assim ele é o vencedor com record. Que condicionamento físico!

O encerramento também foi incrível e emocionante. Linda a dança com as cadeiras de rodas, fiquei impressionada com as acrobacias de um cadeirante. E a diversidade musical foi linda demais: Sepultura, Vanessa da Mata, Nação Zumbi, Céu, Negro do Borel, Saulo Fernandes, Dream Team do Passinho, Saulo Laucas. Com diversificação de ritmos, samba, maracatu, rock pesado, funk, erudito, baião. Vanessa da Mata chegou homenageando Clara Nunes, cantando Conto de Areia, depois cantou Ai, Ai, Ai. Lindo figurino! A Nação Zumbi tocou Maracatu Atômico e mais duas outras canções. Lindo o Beija-Flor na tela ao fundo.

Gaby Amarantos também homenageou Clara Nunes cantando Força da Natureza. E ainda a 1,99 que adoro. E que figurino lindo, como ela é linda! Ivete Sangalo chegou interpretando A Paz do Gilberto Gil. Depois entraram com a Ivete Sangalo um grupo de dançarinas, todas de maiôs brancos. Gostei que mantiveram cada artista no seu universo, fazendo o melhor que fazem no seu gênero. E também estava impecável a qualidade do som da transmissão. Excelente a escolha das músicas também que falavam de alegria, natureza, superação, paz. No final o Japão falou das próximas Paralimpíadas. Não sabia que a primeira tinha sido no Japão e que só concorriam cadeirantes. A cerimônia foi toda muito linda e emocionante. Lindo que o vento que apagou a pira dessa vez. Lindo e triste! Vai deixar saudades!
Foto: Glaucon Fernandes/AgNews

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Michael Kohlaas

Assisti Michael Kohlaas (2013) de Arnaud Des Pallières no Telecine Cult. Faz tempo que vi na programação do Telecine, às vezes confundia com filmes parecidos, até que consegui colocar pra gravar. É um filme francês, inspirado no livro do alemão Heinrich Von Kleist que quero muito ler e foi baseado em uma história verídica. Vi que há o livro em português para comprar.

É um filme dificílimo de ver sobre um homem que sofre uma sucessão de injustiças. Primeiro cobram pedágio para ele passar com cavalos para a sua propriedade. Ele então cede dois dos seus belíssimos cavalos. A parte animal é muito dolorosa. Esses homens maltratam demais os animais, que sem descanso fazem trabalhos pesados. Quando o funcionário de confiança de Michael vai buscar os cavalos e tratá-los, é duramente espancado.

Michael entra então na justiça contra o poderoso barão. O barão é um jovem arrogante, pretensioso e perverso. Não só não aceitam a denúncia, como denigrem a sua imagem, chamando-o de encrenqueiro, mentiroso. Michael era um homem trabalhador, tranquilo e respeitador das leis vigentes na época. Michael quer ia até a princesa para pedir justiça. Sua mulher implora que vá ao lugar dele e volta cruelmente ferida, morrendo logo em seguida.

Michael une um grupo de homens, promete pagá-los e vai atrás de justiça e do barão. O filme tem textos incríveis sobre justiça. É muito impressionante. Quem tem poder pode matar, roubar, que o máximo que é punido, é obrigado a pagar e se retratar. Quem é pobre, paga com a morte. Eu sou muito fã do ator que interpreta Michael, Mads Mikkelsen. Esse ator costuma estar em grandes filmes, já vi grandes filmes com ele. E a interpretação do Michael é muito impressionante. Um homem silencioso, educado. O elenco também tem outros grandes atores: Swann Arlaud, Bruno Ganz, Denis Lavant, Roxane Duran, Sergi López e David Kross. Linda a atriz que faz a filha de Michael e muito talentosa, Mélusine Mayance. Linda também a que faz a mãe, Delphine Chuillot.

Beijos,
Pedrita