sábado, 15 de dezembro de 2007

Retratos de Radamés


Fui ao concerto Retratos de Radamés no auditório do MASP. Era a apresentação de lançamento do CD de mesmo nome, em homenagem a Radamés Gnatalli, patrocinado pela Petrobras. Um belíssimo CD duplo. Estavam presentes vários interpretes. Do Núcleo Hespérides - Música das Américas: Heloisa Petri (Soprano), Andrea Kaiser (Soprano), José Antonio Soares (Barítono), Rosana Civile (Piano) e Paulo Porto Alegre (Violão). E do Trio OPUS 12 de Violões: Edelton Gloeden, Daniel Murray e Paulo Porto Alegre. Só não participou do concerto o flautista Rogério Wolf, mas ele está no CD.

Paulo Porto Alegre conheceu Radamés Gnatalli e acabou ganhando várias composições e fez várias transcrições para o violão, como da obra Suíte Retratos que faz homenagens a vários compositores, Pixinguinha, Ernesto Nazaré, Anacleto de Medeiros e Chiquinha Gonzaga. Radamés Gnatalli musicou várias letras e poemas conhecidos, alguns inclusive também foram musicados por vários outros compositores como Villa-Lobos. No repertório do concerto interpretaram: Casinha Pequenina, Prenda Minha, Tayeras e Sonatina. O concerto foi gratuito e achei barato o custo do CD, R$ 25,00, um preço bem razoável para um CD duplo.



Hoje é um dia muito especial, o Mata Hari e 007 completa seis anos de existência. Adoro esse meu cantinho e a possibilidade de dividir com vocês os eventos culturais que presencio. Obrigada a todos por participarem comigo dessa festa!


Esse banner um querido amigo blogueiro me deu de presente há muitos anos. É muito divertido e combina muito com o atual layout do meu blog!


Beijos,
Pedrita

Arte do Sol – Design e Tecnologia da Luz

Fui na exposição Arte do Sol – Design e Tecnologia da Luz no Museu da Energia. É uma mostra com 90 lâmpadas da Fundação Sartirana Arte, um museu em um castelo na Itália. Eu não conhecia o Museu da Energia. É um prédio antigo que pertence ao Governo do Estado de São Paulo, próximo a Sala São Paulo, muito bem restaurado. Também gostei muito da montagem da exposição.

Há lâmpadas de 1933 a 2004 e a mostra está dividida em três momentos. Luzes de Autor, já que a Itália tem o hábito de convidar grandes desingers para criarem obras em suas áreas que ficaram famosas mundialmente, lâmpadas, roupas, sapatos e vidros. Entre os artistas, alguns são Mario Merz, Eugenio Carmi, Ceroli, Roberto Fallani, Marco Lodola e Angelo Rinaldi. Na seleção Luzes em Design estão as lâmpadas criadas para empresas como as famosas Artemide, La Lampe, Flos, FontanaArte, Kartell, La Murrina e Luceplan. E as Luzes Tecnológicas como essa imagem.

Eu gostei muito da exposição. As lâmpadas estão em dois andares. Só me deu aquela sensação de que eu exploro pouco esse universo de lâmpadas na minha casa. Deu vontade de ser mais criativa nas escolhas. A exposição Arte do Sol – Design e Tecnologia da Luz fica em cartaz até fevereiro e é gratuita. Só senti uma certa dificuldade de chegar ao Museu da Energia. Há muitas ruas com uma única mão, o entorno está bem abandonado, mas os dois prédios no Museu da Energia e o próprio museu é muito bonito.

Beijos,


Pedrita

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Vampiros da Alma

Assisti Vampiros de Almas (1956) de Don Siegel no Telecine Cult. Antes de começar o Marcelo Janot fala sobre o filme e o trecho está no blog dele. O roteiro excelente é baseado no livro de Jack Finney, adaptado por Daniel Mainwaring. É um filme incrível, mas se analisarmos com distanciamento, veremos que é a condução e direção da história que faz ser tão angustiante e incrível, porque no fundo o roteiro é um pouco kitsch.

O nosso casal protagonista, interpretado por Kevin McCarthy e Dana Wynter, é muito bonito. Começa com um homem fora de si e o hospital querendo interná-lo. Aí ele começa a contar o que aconteceu ao psiquiatra e vamos ao início de tudo. Ele é um médico, volta a sua cidade depois de uma viagem e descobre que os moradores da cidade andam estranhos. Primeiro eles, de forma histérica, falam que um de seus parentes mudou muito a ponto de acharem não ser mais o seu parente. Depois de um tempo falam que se enganaram. O médico começa a achar estranho e pensar que talvez os pacientes histéricos pudessem ter razão.



O Marcelo Janot comentou que há outras versões, mas que nenhuma teria superado essa inicial. O 007 disse que viu uma dessas, que mudaram inclusive o final, mas que realmente acha essa de 1956 infinitamente melhor. Vou falar detalhes do filme: O mais engraçado é que eu estava meio chateada e tensa nesse dia, e fiquei com muito medo no final do filme e não conseguia dormir. Acho que o que me fez mais rir no dia seguinte é que eu fiquei com medo das vagens gigantes. Fiquei impressionada com o filme que consegue transpor tanta tensão mesmo com baixo orçamento e um roteiro curioso. O orçamento de Vampiros de Almas foi de US$ 417 mil, onde que apenas US$ 15 mil foram utilizados na confecção dos efeitos especiais.


Beijos, Pedrita

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Os Queridinhos da América

Assisti Os Queridinhos da América (2001) de Joe Roth no HBO. Consultei o 007 sobre os filmes mais leves que iam passar. Não haviam muitas opções e ele falou que esse era divertido. E realmente é bom. Tem vários clichês, muitos esteriótipos, nos primeiros dez minutos eu já sabia qual ia ser o final, mas deu pra me divertir. Agora que vi que o roteiro é do Billy Crystal e do Peter Tolan e que o Billy Cristal é ainda o produtor.

O que é mais interessante em Os Queridinhos da América é que fala do mundo do cinema, principalmente americano e suas armadilhas comerciais. Um belo casal também na ficção se separa na vida real, só que eles têm ainda um filme para estrear, então um produtor é contratado para juntá-los, mesmo que só para colocá-los no mesmo lugar, pra promover o lançamento do filme.


Também gosto bastante do elenco: Júlia Roberts, Catherine Zeta-Jones, John Cusack e Billy Cristal. Não gostei do personagem do Christopher Walken, muito esteriotipado, apesar de gostar muito desse ator.



Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Nove Rainhas

Assisti Nove Rainhas (2000) de Fabián Bielinsky no Cinemax. Sempre quis ver esse filme, tentei até ver nos cinemas, e agora consegui. O roteiro é do diretor também e é excelente, surpreendente. Dois tranbiqueiros se juntam para dar golpes. Os dois atores Ricardo Darín e Gastón Pauls estão ótimos.

Eu não gostei da qualidade da fotografia, nem muito da atriz Leticia Brédice. Outros do elenco são: Ignasi Abadal, Alejandro Awada, Elsa Berenguer, Leo Dyzen, Ricardo Díaz, Carlos Falcone e Tomás Fonzi.

Não há trilha sonora em Nove Rainhas. Tudo é o som natural. Só no final que toca uma única música, a Il Ballo del Mattone de Rita Pavoni que coloquei pra ilustrar o post. Nove Rainhas ganhou vários prêmios principalmente em festivais latino-americanos.


Beijos, Pedrita

domingo, 9 de dezembro de 2007

A Montanha dos Sete Abutres

Assisti A Montanha dos Sete Abutres (1951) de Billy Wilder no Telecine Cult. Eu li no Estadão, o Merten avisar que ia passar esse filme e me programei para ver. Não tinha idéia que A Montanha dos Sete Abutres era sobre a imprensa e a da pior espécie. Não só aquela que se alimenta de assuntos polêmicos para se promover, como ainda piora os fatos, mesmo que coloquem em risco a vida de pessoas, para ganhar notoriedade.

Kirk Douglas simplesmente arrasa como o jornalista inescrupuloso. Ele está decadente, já saiu ou foi demitido de vários jornais, pede emprego em um de uma cidadezinha e fica esperando o seu grande momento de poder voltar por cima para os jornais das grandes cidades. Interessante que fizeram ser parecido com a vida real e a vida de cidadezinhas, fizeram demorar bastante para um fato surpreendente acontecer. Ele fica um ano trabalhando naquele jornal, até que em uma viagem para um evento medíocre, ele descobre um homem está embaixo de uma mina, que diz ter sofrido pela maldição dos índios por pegar objetos enterrados para vender. Só que nosso jornalista quer que o resgate demore mais dias para faturar mais com a notícia. Um horror!

É um filme deprimente, dificílimo de assistir! Fala do quanto a humanidade gosta de fatos mórbidos e o quanto consome avidamente esse tipo de notícia. Mas o que acho pior é a sede que os jornais têm por esse tipo de informação. O que querem é vender mais jornais e o quanto isso é ainda verdade e não somente de jornais sensacionalistas. A direção de fotografia de Charles Lang é maravilhosa. Há no elenco a ótima Jan Sterling e ainda Robert Arthur, Porter Hall, Frank Cady, Richard Benedict, Ray Teal, entre outros. A Montanha dos Sete Abutres ganhou o Prêmio Internacional no Festival de Veneza.

Beijos, Pedrita