sexta-feira, 30 de novembro de 2018

A Garota Húngara

Assisti A Garota Húngara (2015) de Atila Szàsz na Netflix. É um filme feito para a TV com belíssimas atrizes. Uma jovem vai trabalhar para uma cortesã que tem outra empregada. Aos poucos ela descobre que a empregada conhece a cortesã há muito tempo. O roteiro é de Norbert Klob.


Muito interessante a construção da relação dessas mulheres. Há muitas sutilezas. As três atrizes são lindas e talentosas: Patrícia Kovács, Laura Dobrosi e Dorka Gryllus. Ainda no elenco: János Kulka e Péter Sandór.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

The Handmaid´s Tale - 2ª Temporada

Assisti a 2ª Temporada da série The Handmaid´s Tale (2018) na Paramount. Eu tinha amado o livro e a primeira temporada e estou ainda impactada pela segunda temporada. Margaret Atwood escreveu o livro que serviu de base para a primeira temporada. Na segunda não há mais livro, mas nas duas temporadas ela dá consultorias, todas as suas ideias, a sua força, estão lá. Que obra!

Toda a monstruosidade humana está ali. Nessa vemos o casal que praticamente idealizou todas as teorias dominadoras sendo alvo de sua própria ganância. O ser humano buscando o poder e destruindo exatamente quem idealizou tudo aquilo para tomar o poder. E a maioria ali, vulnerável as suas regras monstruosas e absurdas. 

Nessa temporada mostram muito os campos radioativos. Mulheres que não pode mais dar filhos para as famílias dos comandantes, mulheres mais velhas, doentes, só mulheres, vão lá pra morrer mais rapidamente fazendo trabalhos forçados monstruosos, com alimentação tóxica. Alexis Bledel tem um grande destaque nessa temporada.

As maldades não param. Meninas que foram criadas no discurso alienante, crentes e adolescentes casam com desconhecidos. Triste demais a história de uma delas interpretada brilhantemente por Sidney Sweeney. Na verdade a série toda continua maravilhosa, com grandes atores e interpretações.

Nessa, as mulheres passam a ter muito mais força, inclusive coletivamente. E não só as oprimidas mais claramente. A segunda temporada mostra que as mulheres podem se unir para evitar desastres e se protegerem. São muito emocionantes tanto os momentos dramáticos de violência provocadas por mulheres, como os momentos de mulheres se unindo pelo conhecimento para tentar modificar sandices ou tentar salvar vidas.

Nessa sociedade as mulheres não podem ler, as que tinham profissões são obrigadas a ter outras funções. June pensa o tempo todo em conseguir sensibilizar as mulheres para que protejam seu filho no futuro. Ela terá que deixar a casa assim que der a luz, seu filho é do comandante e da esposa conforme a regra e quer que seu filho seja protegido. Ela também une as Aias e Marthas para que todas tentem se proteger e se ajudar. "Juntas somos mais fortes". São momentos muito emocionantes. O texto continua absurdamente incrível. Arrasam como sempre: Elisabeth Moss,  Yvonne Strahovski, Amanda Brugel, Joseph Fiennes, Max Minghella, Madeline Brewer Ann Dowd. 

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 27 de novembro de 2018

The Post

Assisti The Post (2017) de Steven Spielberg no TelecinePlay. Não entendi porque esse programa entrou direto no Now. Talvez tenha passado na programação. Eu acho filmes históricos fundamentais. Sempre ouvi dizer que a Guerra do Vietnã foi um grande erro dos Estados Unidos, mas o filme mostra que foi um erro absurdo. Os governantes já sabiam que a guerra vinha sistematicamente dando errado, que os Estados Unidos vinham perdendo violentamente, que os soldados morriam assustadoramente, mas eles continuavam dizendo a população que era um sucesso e levando milhares de jovens ao front. O roteiro é de Liz Hannah e Josh Singer.

Um homem que esteve na guerra vê o fracasso. fala em reunião com os líderes sobre o fracasso e todos concordam, mas na hora do líder falar a população em coletiva só faz elogios aos grandes resultados da guerra, que estão perto de vencer, quando não há resultado positivo algum, só negativo. Esse homem fica revoltado com tanta mentira aos americanos, resolve roubar relatórios ultra secretos que mostravam que os governantes dos Estados Unidos sabiam do fracasso da guerra mas encobriam, mentiam e continuavam levando milhares de jovens ao front para morrer. O filme passa a ser a luta jornalística para que conseguissem publicar essas mentiras do governo e da guerra, já que o governo tenta de tudo para a democracia não ser respeitada e tenta impedir a imprensa de colocar a lama nos jornais.
Além dessas questões fundamentais, ainda aparecem várias outras. A dona do Washington Post é uma mulher interpretada brilhantemente por Meryl Streep. O jornal é de sua família. Era de seu pai, foi para o seu marido e agora ela que dirige. Ela estuda tudo já que quer abrir o capital do jornal para que possam sobreviver, mas é ignorada nas reuniões onde todos são homens. Há uma cena muito emblemática. Inúmeras mulheres aguardam do lado de fora, secretárias, braços direitos dos líderes dos bancos, mas na reunião só homens. A dona do Washington Post é a única mulher e os diretores não a deixam falar. Tom Hanks interpreta o diretor de redação do jornal. Outra questão fundamental abordada incessantemente no filme é a liberdade de imprensa. Os diálogos dos dois são impressionantes. Os dois eram próximos de líderes dos governos. Em geral jornalistas são abordados mesmo por líderes por vários motivos. Os jornalistas porque buscam informações exclusivas. Mas é fato que muitos líderes tentam manipular os jornalistas conforme os seus interesses. Os dois sabem dessas manobras e os dois questionam um ao outro se realmente não se deixaram manipular. São incríveis esses diálogos. Uma verdadeira aula de cidadania, liberdade de imprensa e poder.
Também o filme mostra toda a responsabilidade de um jornal ao publicar uma matéria. Que há equipes que debatem sobre o conteúdo, advogados para avaliar as implicações legais das notícias. Tudo é pensado milimetricamente. No Brasil não é diferente. Talvez se as pessoas vissem esse filme conseguiriam entender que as decisões de dar ou não uma notícia não são levianas. Sim, um jornal pode se omitir ou só publicar algo que favoreça a alguém, mas nada é tão superficial como muitos adoram insinuar. Sim, exigir maior imparcialidade, clareza, mas atacar a imprensa é no mínimo leviano. A imprensa é fundamental no estado democrático e o filme reforça isso inúmeras vezes. Pressionar imparcialidade da imprensa, questionar aproximação e possível manipulação de grupos, sim, mas desejar o fim da imprensa é crime. O elenco é muito extenso e muito bom: Jesse Plamons, Rick Holmes, David Cross, John Rue, Michael Ciryl Creigthon, Bruce Greenwood, Bradley Whitford, Pat Healy, Sarah Paulson, Bob Ondekirk, Carrie Coon e Luke Slatery.


Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Boogeyman

Assisti Boogeyman (2005) de Stephen Kay na ClaroTV. Vocês sabem o quanto gosto desse gênero ainda mais quando quero sair da realidade e ir para a fantasia. É bem fraquinho, mas é bem feitinho. Vale mais a pena para quem é curioso em ideias para criar os momentos de tensão. É bem feito e realizado nos medos.

Mas parece aqueles filmes de baixo orçamento. Estranhamente não tem um único ator conhecido nem como participação especial. Praticamente o filme todo é com o protagonista interpretado pelo péssimo Barry Watson. Ele é fã de caras e bocas. Todos os outros atores passam pouco pelo filme. 

Boogeyman é o nosso Bicho Papão. No Brasil o filme tem vários nomes, um deles é Pesadelo, Bicho Papão seria bem mais atrativo. Aquele que contamos as crianças que existem nos armários. Quando o garotinho sonha com o pai devorado pelo armário, eu achei que era trauma porque o pai dele foi embora. Ele fica adulto e é o protagonista do filme. Tem umas questões bem interessantes, ele estar no armário do motel e aparecer na casa da infância. A menina que aparece sempre. Vou falar detalhes do filme: Mas eu odiei o final. Sim, é o Bicho Papão. No começo o Bicho Papão leva o pai do menino e o filme todo passa pra dizer no final que sim, é o Bicho Papão que leva as pessoas pro armário. Eu gosto de filmes de fantasminhas que tem alguma explicação inteligente para os mistérios. Até existem os mistérios mas não é qualquer um que é vulnerável a ele, enfim, sempre há alguma explicação que surpreende. Ser só o Bicho Papão achei de uma pobreza sem dó. Deu uma sensação profunda de perda de tempo. Mas volto a dizer, o filme tem uns momentos muito bem feitos e interessantes. Não é um grande filme, mas quem gosta pode ver. O que achei mais esquisito é que tem um monte de continuação. Espero que os roteiros dos seguintes sejam melhores.
Beijos,
Pedrita