Eu adorei Faca nas Galinhas. Tudo é tão bem coordenado, funciona tão bem que viajamos para esse campo no passado. É um texto poético, metafórico sobre um casal que vive no campo. Ele é um trabalhador incansável, ara a terra, cuida dos cavalos, gostou da esposa porque viu que ela ia ser durona no trabalho como ele. Ela é poética, adora conhecer o nome de tudo, o que cada objeto faz. Ela acaba conhecendo o homem que cuida do moinho. Os três atores estão incríveis, Eloisa Elena, Cláudio Queiroz e Thiago Andreuccetti.
Há vários fios que passam sobre o palco que fazem os efeitos sonoros, de uma criatividade e resultado surpreendente. Parecia realmente que eu ouvia e via os cavalos, o som da água, do moinho. Essa instalação sonora é feita por Dr Morris e Maurício Mateus. O cenário de Marco Lima é incrível também, Um tablado redondo com grades, com poucos e inteligentes recursos que mudam muito o espaço e já nos imaginamos ora no moinho, ora na casa desses lavradores, ou no campo. A construção do cenário foi realizada pela One-Zone Estúdio. Também gostei muito dos figurinos assinados pelo cenógrafo. Os figurinos são funcionais, bonitos, remetem ao passado, mas fáceis de modificar e adaptar. A iluminação é de Marisa Bentivegna, lindas as instalações para luz de vela e nos reportam realmente a uma época que não existia luz elétrica. A realização é do Barracão Cultural. Desse grupo eu vi a incrível peça A Mulher que Ri e comentei aqui. Essas lindas fotos são de João Caldas. Facas nas Galinhas fica em cartaz até o dia 15 de julho e os ingressos custam somente R$ 15,00, menos que o ingresso de cinema em São Paulo.
Beijos,
Pedrita