quarta-feira, 12 de setembro de 2018

O Alienista

Assisti a série O Alienista (2018) na Netflix. Eu tinha ouvido muitos elogios dessa série, adoro o elenco, fiquei muito feliz de ter a oportunidade de ver mesmo não tendo Netflix. Gostei, é muito bem realizada, o roteiro baseado no livro de Caleb Carr é muito bom, mas não é um tema original.

O Alienista fala de um serial killer que mata meninos que se vestem de meninas. Alienista era o nome que davam as pessoas que estudavam quem era diferente na sociedade, em geral catalogados de loucos. Daniel Brühl interpreta brilhantemente esse médico, gosto muito desse ator. Fazem grupo com ele a linda e talentosa Dakota Fanning interpretando a primeira mulher a trabalhar em delegacias e Luke Evans. Os três começam a investigar esses crimes.

Dois rapazes se unem ao trio para estudar as provas, os especialistas em detalhes interpretados por Douglas Smith e Matthew Shear.

A parte psicológica é muito bem realizada. A época era perversa, pagavam sem piedades meninos vestidas de meninas, mas pouco se importavam com a vida miserável que levavam, mesmo ainda sendo crianças. O Alienista também fala muito das relações familiares principalmente as disfuncionais. O texto é muito bom, fiquei querendo ler o livro.

Triste demais a história da Mary, interpretada brilhantemente pela bela Q´orianka Kilcher. O alienista acaba empregando vários de seus pacientes que tinham histórias difíceis. Adorei também o personagem de Robert Wisdom. O policial que é constantemente desrespeitado na corporação é interpretado por Brian Geraghty. Os policiais retrógrados por Ted Levini e Michael Ironside. São muitos meninos: Jackson Gann, Matt Lintz, Art Burnett e Harvey Weedon. Belíssima direção de arte, reconstituição de época, fotografia. Bela série.



Beijos,
Pedrita

domingo, 9 de setembro de 2018

A Garota do Armário

Assisti A Garota do Armário (2016) de Marc Fitoussi no Telecine Play. O nome original é Maman a Tort. Os dois títulos são perfeitos e que filme incrível. Nunca tinha ouvido falar. Uma garota que está na escola precisa fazer um estágio de uma semana em uma empresa. Ela tinha conseguido em uma TV, mas o programa perde o patrocínio e ela não terá o estágio. Pela urgência do tempo, a contragosto, ela aceita trabalhar na empresa que a mãe trabalha, uma grande empresa de seguros. Achei muito interessante essa determinação de estágio pela escola, e parece algo comum, que várias escolas solicitam já que há outros adolescentes fazendo esse estágio na empresa na época escolar.

 Os funcionários da empresa não tem muito interesse em auxilar a garota. Inicialmente ela fica em um departamento, insiste para a mãe ser mudada e vai para o armário de um departamento. Os funcionários colocam a menina para organizar um armário e a largam lá. Ela não se interessa em nada por seguros até ver uma família desesperada por não conseguir o seguro após o marido morrer. A mãe tem duas crianças pequenas. Ela resolve ajudar e começa a investigar na empresa, sua mãe diz que vai ajudar e não o faz.
Ela começa a descobrir um esquema sórdido para não dar muitas indenizações aos segurados. Cansei de ver pessoas sofrendo para receber um seguro porque há sempre as entrelinhas. Nesse caso a seguradora vai mais longe. É um filme profundo e gostei do desfecho. Se fosse como muito filme tradicional americano a menina denunciaria e salvaria todos aqueles segurados, mas em um dia eu já teria esquecido o filme. Como tudo fica por isso mesmo eu fiquei com a sensação que eu tinha que fazer algo. E fiquei pensando o quanto é na maioria das vezes assim, tudo fica por isso mesmo quando se trata de empresas financeiras poderosas. O filme acaba sendo profundamente reflexivo. 
A menina Jeanne Jestin está excelente. Gosto muito da atriz que faz a mãe da menina, Émilie Dequenne. Alguns outros do elenco são: Annie Gregório, Sabrina Ouazani, Jean-François Cayrey e Nelly Antignac

Beijos,
Pedrita