sexta-feira, 10 de maio de 2013

Subcomissão Permanente em Defesa da Mulher

Assisti ao debate da Subcomissão Permanente em Defesa da Mulher na TV Senado. Peguei por um acaso o começo desse debate e fiquei impressionada com a qualidade do debate, das pesquisas, da profundidade das análises. Nessa foto está a juíza Adriana Ramos de Mello, do 1º Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher. O tema era a tipificação do feminicídio ou femicídio.Ela falou que em 2012 4 mil mulheres foram mortas no Rio de Janeiro. Citou vários livros que falam da violência contra a mulher. Que a maioria dos casos no Brasil ocorrem nas relações próximas. Ela mencionou que o feminicídio ocorre quanto o estado também não socorre essa mulher, como o caso recente da gestante que não conseguia internação em nenhuma maternidade e teve o óbito. Falou do aumento de estupros principalmente no Rio de Janeiro que é onde ela atende os casos. 
Essa foto é de Mauro Pimentel.

Depois participou a Lourdes Maria Bandeira, Secretária de Políticas para as Mulheres. Ela falou que pela crise econômica, morrem por mês 20 a 30 mulheres na Espanha. Ela mencionou que o sistema do casamento surgiu no período feudal, na definição dos vassalos, onde a mulher passava a pertencer ao marido. Ela falou do livro da colombiana Victoria Uribe que foi banida do país onde ela fala que matam a mulher, re-matam e contra-matam. Lourdes ressaltou o quanto isso acontece no Brasil. Mulheres que mesmo decapitadas são depois usadas e mutiladas. Falou do caso das cinco mulheres estupradas em Queimadas na Paraíba. Disse que um estudo mostra que na guerra as mulheres do inimigo são inseminadas para que gerem filhos do inimigo. E o quanto devemos mudar no Brasil esse sistema patriarcal da posse do homem sob a mulher. E que algumas mulheres são julgadas porque eram amantes, que não são mulheres de boas maneiras.  Falou que o Brasil foi punido na ONU pela mortalidade materna. Lourdes falou também da perversão midiática. 

Por último falou a médica Magnólia de Souza Monteiro Rocha, médica da Liga Romairense de Combate ao Câncer que falou da fragilidade médica do no Sistema Único de Saúde, ressaltou que existem leis, mas que precisam ser cumpridas. Que por não ter um plano de carreira para um médico do sistema público há desinteresse em trabalhar em regiões inóspitas. De informar que a mulher tem o direito a pílula anticoncepcional para o Planejamento Familiar de fato, direitos nós temos.  


Duas mediadoras finalizaram o debate, Ana Rita, senadora do PT do Espírito Santo e Angela Portela do PT de Roraima, foto ao lado. Ana Rita falou da importância de tipificar o termo feminicídio ou femicídio. E da importâncias dessas discussões. Gostei demais das informações contidas no debate, da tristeza das informações da situação da mulher não só no Brasil como em outros países, principalmente dos países latinos.



Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 8 de maio de 2013

O Veneno da Madrugada

Assisti O Veneno da Madrugada (2004) de Ruy Guerra no Telecine Cult. Que filme incrível, fiquei impactada, que surpreendente, que dilacerante e angustiante. O Veneno da Madrugada é baseado no livro A Má Hora de Gabriel García Marquez que quero muito ler agora. O Veneno da Madrugada é uma co-produção entre Brasil, Argentina e Portugal. É todo surreal! O filme acontece em um vilarejo que só chove, dá uma agonia ver todos molhados, com cabelos ensebados e cheios de barro. O texto é todo metafórico, O Veneno da Madrugada é um grande suspense, sem a certeza de ser desvendado. Todo imprevisto. Obra de arte! Toda a fotografia é feita em sépia.

Leonardo Medeiros está incrível e irreconhecível com um alcaide, sujo, ensebado e estúpido. Ele passa parte do filme com uma dor de dente insuportável, deitando sangue, mas não aceita tratar com o dentista do vilarejo porque ele é da oposição, dá uma agonia ver ele dobrar de dor.

 No vilarejo, duas famílias são rivais e o alcaide só faz piorar os conflitos no vilarejo. Todos vivem com medo. Angustiante também a casa paroquial e a igreja infestada de ratos. Alguém vive colocando pasquins pelo vilarejo promovendo mais desconfiança e discórdia. O elenco está majestoso, surpreendente com atores maravilhosos: Fabio Sabag, Emílio de Melo,  Juliana Carneiro da Cunha, Amir Haddad, Zózimo Bulbul, Rejane Arruda, Nilton Bicudo, Murilo Grossi, Fernando Alves Pinto, Rui Resende, Tonico Pereira e Maria João Bastos.

Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Onde Andará Dulce Veiga?

Assisti Onde Andará Dulce Veiga? (2007) de Guilherme de Almeida Prado no Prime Box Brazil. Tinha tempo que queria ver esse filme. Gostei muito! Onde Andará Dulce Veiga? é um misto de suspense, com drama, e muitos momentos surreais. O filme é baseado no livro do Caio Fernando Abreu que quero ler. Um jornalista vai entrevistar uma roqueira e lembra de Dulce Veiga. Ele começa uma investigação para saber Onde Andará Dulce Veiga.

Ele tinha sido fascinado pelas canções interpretadas pela Dulce Veiga, então o filme mistura sonho, delírio, realidade e surrealidade. O jornalista é interpretado por Eriberto Leão, Dulce Veiga pela bela Maitê Proença, a roqueira pela Carolina Dieckmann. Muitos atores participam: Cacá Rosset, Nuno Leal Maia, Oscar Magrini, Maíra Chasseraux, Carmo Dalla Vechia, Júlia Lemmertz, Matilde Mastrangi, Imara Reis, John Herbert e Christiane Torloni. Esse cartaz não tem nada a ver com o filme. Onde Andará Dulce Veiga faz várias referências ao cinema noir, a vários filmes como Blade Runner, A Dama do Cine Shangai, Macunaíma. Quase todas as cenas são escuras, muito estranho esse cartaz.

Beijos,
Pedrita