sábado, 4 de abril de 2015

Gonzaga De Pai para Filho

Assisti Gonzaga De Pai para Filho (2012) de Breno Silveira no Telecine Touch. Gostei muito! O foco foi a conturbada relação entre Luiz Gonzaga e seu filho Gonzaguinha. Mas como como mostram as relações familiares, fica claro os desacertos e as dificuldades familiares em várias gerações.

É compreensível a dificuldade do pai criar um filho tendo que viajar em turnê, mas a ausência é quase insuportável. Fatos também dificultaram ainda mais a solidão e a rejeição do filho. A mãe morre de tuberculose, ele é criado por uns amigos de Luiz Gonzaga. Após um tempo o pai casa novamente e a nova esposa não aceita o filho e o maltrata. Foram ausências demais, difícil não ser revoltado. Gonzaga De Pai Para Filho é muito bem realizado, editado, excelente fotografia e elenco. E não teve medo de desmistificar Luiz Gonzaga. Os atores estão excelentes. Luiz Gonzaga é interpretado na maior parte do tempo por Adelio Lima, Gonzaguinha por Júlio Andrade que arrasa.

A base do filme surgiu das gravações em fita cassete de uma entrevista entre pai e filho. O elenco todo é muito bom: Nanda Costa, Roberta Gualda, Nivaldo Expedito de Carvalho, Land Vieira, Silvia Buarque, Cyria Coentro e Claudio Jaborandhy. Fazem participações João Miguel, Cecília Dassi, Zezé Motta, Cássio Scapin e Domingos Montagner. Gonzaga de Pai Para Filho ganhou vários prêmios como o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator para Júlio Andrade e Melhor Som.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 2 de abril de 2015

R-Entorno

Assisti ao espetáculo teatral R-Entorno na Sala Paulo Goulart no Teatro Augusta. Um misto de teatro e dança, Paula Miessa interpreta uma mulher traída inspirada em Medéia. A direção é de Paulo Goulart Filho. Coreografia de Woody Santana. Supervisão cênica de Dinah Perry. Que espetáculo bonito e delicado, intensa a entrega de Paula Miessa nesse monólogo. Admiro essa capacidade de concentração sem ter com quem contracenar.
Foto de Gal Oppido


Gostei muito também da trilha sonora de Andrei Presser e Lucas Santoro.  Não sabia que Paula Miessa tinha tão bela voz, excelente interpretação de uma canção, belo momento do espetáculo. A peça foi uma homenagem de Paula Miessa a seu avô Paulo Goulart. R-Entorno fica em cartaz até 31 de abril.

Foto de Arnaldo Torres

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 31 de março de 2015

Caçadores de Obras-Primas

Assisti Caçadores de Obras Primas (2014) de George Clooney no Telecine Premium. Queria muito ver esse filme. Gostei muito e não conhecia essa parte da história. Um especialista em artes convence os Estados Unidos da importância de enviar especialistas em artes para a Europa onde acontece a Segunda Guerra Mundial para tentar impedir que destruam a cultura dos países. Um dos maiores problemas era descobrir para onde Hitler enviava as obras de arte para que fossem futuramente expostas no Museu do Fuhrer que seria construído.

Um grupo inusitado é reunido para se fingir de soldado e tentar saber o paredeiro das obras. Muito triste ver casas inteiras confiscadas, dentes de outro, alianças. Deprimente a organização dos alemães nos campos de concentração, que separavam tudo e enviavam para lugares escondidos. Uma produção impecável baseada na maldade e no roubo de bens alheios. Tem hora que parece que a limpeza étnica parecia só uma desculpa para roubo descarado e morte também, porque os dentes e objetos de ouro eram tirados na maioria das vezes dos que iam para as câmeras de gás. Quanta crueldade.

O filme é muito difícil de ser realizado, passa por vários países. Li uma matéria feita de conversas na coletiva de imprensa, inclusive com o diretor que explica muito esse fato histórico. Essa história é contada no livro de Robert Edsel. Muitas obras foram destruídas porque eram de artistas judeus. A matéria com mais detalhes está aqui. O ótimo elenco é formado por George Clooney, Matt Damon, Cate Blanchett, Bill Murray, Hugh Bonneville, John Goodman, Jean Dujardin, Bob Baladan e Dimitri Leonidas.
Beijos,
Pedrita

domingo, 29 de março de 2015

A Filha do Louco

Terminei de ler A Filha do Louco (2013) de Megan Shepherd da Editora Novo Conceito. Eu dei esse livro de presente a uma amiga, ela gosta desse tipo de livro mais acessível. Eu gosto muito desse gênero em filme, foi uma experiência interessante na leitura. A Filha do Louco é quase um livro de terror, é inspirado na Ilha do Dr. Moreau de H. G. Wells.

Obra A Apologia (2007) de Mark Ryden

A autora é muito criativa, os elementos básicos estão lá, o triângulo amoroso, suspense. Não chega ser um texto bem elaborado, mas ela cria bem a trama. Começa com uma moça em Londres, ela tem problemas para sobreviver já que é órfã de pai e mãe e o pai teve sérias acusações com experiências científicas fora da ética, então ela é marginalizada. Quando tudo piora ela descobre que o pai está vivo em uma ilha e segue para lá.

Obra A Voz (1963) de George Tokker

Seu pai mistura humanos com animais e a ilha é repleta de aberrações. Eu adivinhei quase todos os mistérios, mas de qualquer forma a curiosidade me movia e é um bom suspense. Foi um livro estranho em uma hora estranha. Ir diariamente para aquela ilha, fugir de tudo por alguns momentos foi muito bom. Ler algo tão fora da realidade foi muito bom nesse momento. A Filha do Louco daria um filme interessante mas é de difícil realização. O cenário me lembrava as soluções do atual King Kong. Possivelmente seria um filme bem caro para criar com credibilidade os homens misturados com os animais.


Beijos,
Pedrita