quinta-feira, 20 de julho de 2017

O Libertino

Assisti O Libertino (2004) de Laurence Dunmore na ClaroTV. O filme é baseado na peça de Stephen Jeffreys. Johnny Depp interpreta o Conde de Rochester. Dramaturgo, escrevia inúmeras peças. Bebia muito, tinha muitas mulheres e uma vida desregrada. Casado, em uma peça ele se encanta com uma atriz e começa a prepará-la para interpretar Ofélia.

Johnny Depp está impressionante, um de seus grandes personagens. O conde pega sífilis e incrível a maquiagem dele definhando. E a interpretação das dores, dificuldade de locomoção, parece outra pessoa. A atriz que ele se apaixona é interpretada por Samantha Morton. A esposa pela bela Rosamund Pike. É a época em que o teatro tem grande força e liberdade. Poucas mulheres começam a atuar mas eram sempre consideradas prostitutas, ou eram mesmo.

John Malkovich interpreta o rei Charles II. Belíssima reconstituição de época, figurinos, cenários. Incomoda demais a sujeira desse período. 

Beijos,
Pedrita

14 comentários:

  1. Olá Pedrita
    Sou fã do Johnny Depp, então sou suspeita para falar, mas esse é um dos grandes papéis dele!
    Acho incrível como quando a gente vai quase acreditando na redenção do protagonista, Depp capricha no cinismo e nos lembra que não devemos confiar no personagem.
    Pena que o roteiro não fala do processo criativo do personagem, a gente fica com a impressão que é um autor de peças razoáveis e cujo grande mérito foi a coragem de ousar onde outros preferiram ser contidos. O filme mostra mais sobre a autodestruição, esse sim um dom rsrs
    Uma de suas peças, Sodoma, é considerado o primeiro exemplar impresso de pornografia da História.
    Malkovich também arrasou!
    Bjs Luli

    Café com Leitura na Rede

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    1. luli, realmente eu achei ele impressionante nesse filme. sim, o cinismo é o forte. em uma sociedade tão hipócrita, ele acaba sendo um importante incômodo. eu achei q ele era talentoso nas suas peças. gostei do malkovich.

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  2. Olá, tudo bem? Vale a pena conferir Num Lago Dourado no Teatro Renaissance. Neste fim de semana, estarei lá no TUCA para acompanhar a peça do Antonio Fagundes. Bjs, Fabio www.tvfabio.zip.net

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    1. fabio, confesso não estar muito animada a ver essas peças. quero ver as criadas no sesc santana.

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  3. Este eu assisti na época do lançamento. E achei os atores todos muito afinados e muito bons em seus papéis, sendo que o Depp dá um show de interpretação! Mas o que me impressionou mesmo foi a estória, pois o o protagonista, o conde Wilmott, nos é mostrado como um homem sem limites, totalmente entregue aos caprichos e às exigências da carne. Ele é também um tanto quanto subversivo, no que se refere às normas e à moral vigentes. Depois o vemos decaído, doente, acabado, que é algo muito condizente com a visão espiritual que eu tenho do mundo (refiro-me à Lei do plantar e colher). Mas Wilmott é só humano, de modo que a gente não consegue desgostar dele, rsrs.

    Beijoca

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    1. marly, achei o protagonista muito dionisíaco. incrível como ele quebrava regras e incomodava a hipocrisia. depp está realmente impressionante.

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  4. Olá, Pedrita!
    Amo o Johnny Depp, gostei da resenha mais um filme que vai para minha lista!

    Beijinhos ♥

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  5. Vi um Johnny Deep, ( aqui) num personagem que não estou acostumada a vê.
    E o filme é recente- 2016.
    Vou tentar gravar.

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    1. liliane, é exatamente isso. depp está em um personagem muito diferente. quando é liberal até é mais parecido, mas quando tudo fica mais denso, e ele escancara a hipocrisia da época. impressiona.

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  6. A sífilis eh uma doença própria da sujeira. Como a maioria das doenças!

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    1. fatima, a sífilis é uma doença do sexo e às vezes vem do amor.

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