Atiradoras do Exército Vermelho (08 de janeiro de 1943 - Foto de P. Bernstien
Svetlana acabou vindo a Flip. Com as publicações dos livros foram muitas matérias e entrevistas. E no início do livro também a autora fala que as bibliotecas ucranianas estavam repletas de livros e filmes de guerra. Que era e é um assunto recorrente na Ucrânia. Como países vivem realidades tão diferentes da nossa. O Brasil tem muita violência urbana, mas nossas bibliotecas não estão repletas de livros sobre o tema. Então a jornalista resolveu entrevistar mulheres que tinham participado da Segunda Guerra Mundial. Não tinham mais homens para ir a guerra e as mulheres foram convocadas. As adolescentes sonhavam em lutar na guerra. O patriotismo era muito forte, mas também a violência nazista as impulsionavam. Fizeram o que podiam e o que não podiam para serem convocadas ou irem ao campo de batalha mesmo sendo menores de idade. Forjavam identidades, se infiltravam. Foram franco atiradoras, pilotos, tanquistas e claro, enfermeiras, médicas, comunicadoras e escrivãs. Ao final de cada relato há o nome e a função de cada entrevistada. Algumas não queriam o nome completo por motivos variados. Porque seus filhos não sabiam que tinham matado tantas pessoas, porque não falavam disso em casa. Boa parte vivia sem falar no passado, deixando escondido.
Lyudmila Pavlichenko
A Ucrânia sofria com a fome. Uma sobreviveu comendo estrume de cavalo. Muitos morreram de fome. Várias tinham graves problemas nos pés, perdiam pedaços, os pés congelavam porque não haviam coturnos para elas. Svetlana conta que em muitas casas eram os maridos que queriam ser entrevistados, só eles poderiam falar da vitória e mandavam suas mulheres para a cozinha. Poucas militares casaram. A maioria vive com dificuldade em alojamentos coletivos sozinhas. Os homens não queriam casar com mulheres que tinham sido militares. Não queriam casar com mulheres que poderiam mandar neles.
Natalia Kovshova
Svetlana teve dificuldade de encontrar uma editora que publicasse o livro. Diziam que era muito triste e que as pessoas não iam querer saber de tanta tragédia. Só anos depois é que ela conseguiu. Os relatos dilaceram, são trágicos, deprimentes, violentos. Algumas desiludidas, outras orgulhosas, outras passando dificuldades. E a solidão!
A Adriana Balreira também fez uma resenha desse livro aqui.
A Adriana Balreira também fez uma resenha desse livro aqui.
Beijos,
Pedrita
Oii Pedrita tudo bem??
ResponderExcluirParece ser uma ótima leitura..tipo aqueles livros que te prendo do inicio ao fim!
Gostei da sua dica!
Ótima semana ❥
Beijinhosss ;*
Blog Resenhas da Pâm
pamela, foi uma leitura difícil já que a vida de cada uma delas é muito trágica.
ExcluirNão sei se me interessaria. Pelo menos enquanto não ler tudo que já tenho.
ResponderExcluirliliane, é bem pesado.
ExcluirDetestei esse livro! No livro do Vassily Grossman a narrativa sobre mulheres que lutaram junto com homens na segunda guerra mundial tem outro retrato bem diferente desta anti russa!
ResponderExcluirfatima, a realidade da vida delas incomoda.
ExcluirOlá Pedrita
ResponderExcluirem Portugal foram editados 4 livros traduzidos, após o Nobel. Ainda este ano foi lançado O Homem Soviético mas, ao que parece, não tem tido muito sucesso.
Este livro, pelo que dizes é muito pesado!
Beijinhos
manuel, é fundamental pela importância histórica, mas não é um livro fácil de ler. aqui vão muito bem em vendas.
ExcluirOlá, Pedrita.
ResponderExcluirQuero ler este livro e outros da Svetlana Aleksiévitch, de quem ainda não li nada. Este livro tem impressionado e até chocado muitas pessoas, por isso estou dando um tempo antes de me atirar nele, rsrs.
Beijoca
marly, é bem pesado. mas aconteceu realmente, não dá pra virar as costas pra esses relatos.
ExcluirOlá Pedrita,
ResponderExcluirConfesso que não gosto muito dessa temática guerra porque me deixa triste.
Big Beijos,
Lulu
BLOG | YOU TUBE
lulu, eu não tinha ideia que as mulheres tinham lutados em posições como tanquistas, franco atiradoras, linha de frente. é muito impressionante.
ExcluirHello, Pedrita!
ResponderExcluirMulheres na guerra deve ter sido terrível. Grandes guerreiras!
Um livro interessante e forte!
Beijinhos ♥
andréa, acho guerra algo tão insano. saber que mulheres lutaram me incomoda profundamente.
ExcluirOlááá Pedrita
ResponderExcluirA narrativa da autora é bem interessante porque é jornalístico-histórico e bem detalhado. Dela li As vozes de Tchernóbil (ou Chernobyl) e foi muito impactante.
Deve ser muito triste e mesmo impressionante pensar em mulheres na guerra com tantas dificuldades (fome, frio, longe da família, e em condições absolutamente adversas)e ainda assim patriotas, mentindo até a idade para poderem lutar no front.
E mais triste ainda pensar que muitas não falam sobre isso, que seus maridos não permitem que falem ,outras até vivem em comunidades e todas de certa maneira se sentem solitárias.
Vou colocar na minha lista de leitura.
Bjs Luli
Café com Leitura na Rede
luli, infelizmente poucas casam. os homens não querem mulheres que foram militares. ficam em abrigos passando privações. nada justo. realmente o estilo é jornalismo-histórico. o q mais gostei. cada um tem uma opinião.
ExcluirDela li O fim do homem sovietico, muitos testemunhos magnificamente trabalhados, mas cim cenas fortes de horror.
ResponderExcluircarlos, eu gostei muito. gosto de livros jornalísticos. e são depoimentos muito diferentes. com impressões muito diferentes.
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