quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Sangue Negro

Assisti no cinema ao filme Sangue Negro (2007) de Paul Thomas Anderson. Eu adoro esse diretor e esse filme é um dos fortes concorrentes ao Oscar. Também adoro o protagonista, Daniel Day-Lewis, que já ganhou o Globo de Ouro e Bafta de Melhor Ator por sua atuação em Sangue Negro e espero que ganhe o Oscar. O filme de Paul Thomas Anderson, Magnólia é um marco na minha vida, como uma divisória de águas, então quis muito ver Sangue Negro que é completamente diferente. Igualmente contundente, mas é baseado livremente no livro Oil!, escrito em 1927 por Upton Sinclair (1878-1968), que relata um pouco da início da exploração do petróleo nos Estados Unidos.

Um período em que muitos fazendeiros não sabiam das perfurações e em terras pouco produtivas vendiam suas fazendas por um preço muito baixo, sem saber que vendiam para exploradores de petróleo que ficavam milionários com as perfurações. O personagem do Daniel Day-Lewis é um grande explorador de petróleo e compra inúmeras fazendas. Ele é egoísta, cruel e um grande empreendedor. No início mostra bem a precariedade dos poços de perfuração, a quantidade elevada de acidentes de trabalho, a forma insalubre como trabalhavam.

Aos poucos as torres vão se profissionalizando, ficando mais produtivas e funcionais. A reconstituição de época das perfurações é surpreendente. Li nos créditos finais inúmeras exploradoras de petróleo que auxiliaram a confecção do filme.

As relações são muito complexas, lembram muito a forma do diretor abordar a complexidade de sentimentos. Amamos e odiamos nosso protagonista que tem uma relação muito forte e conturbada com o filho que ele ama muito, mas que dada a dureza até mesmo da época, tem sérias complicações afetivas. Sangue Negro é muito difícil de assistir, denso, complexo, forte, fiquei bastante chocada com toda a condução da trama, reflexiva, assustada. Excelente fotografia de Robert Elswit, maravilhosa direção e interpretação!

Em paralelo mostra a vida de outro explorador, um homem que se diz religioso e com o dinheiro da exploração do petróleo monta a sua igreja e enriquece explorando os fiéis.
O elenco está maravilhoso. Amei o menino que interpreta o filho do nosso protagonista, o Dillon Freasier, é emocionante o seu desempenho. É a estréia dele no cinema. O pastor é interpretado por Paul Dano. Ele também interpreta seu irmão gêmeo, só que eu só descobri que eram dois quando fui ler as matérias depois. Outros do elenco são: Ciaran Hinds, Mary Elizabeth Barrett, Sydney McCallister e David Willis.

Novamente a trilha sonora de um filme de Paul Thomas Anderson é um personagem, é angustiante e claustrofóbica como o filme. A composição é de Jonny Greenwood. Incrível!


Música do post: Original Music By Jonny Greenwood - Eat Him By His Own Light


Beijos, Pedrita

8 comentários:

  1. Eu também gosto muito do Daniel Day Lewis. Mas se o filme é tão angustiante quanto a música (tenho vontade de gritar e quebrar tudo!) acho que não curtiria muito.
    Denise

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  2. As relações entre Daniel Plainview e Eli Sunday são o melhor do filme!...

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  3. Quase vi esse filme ontem, mas acabei deixando pra depois. Acredito que continuará nos cinemas por mais uns tempos.

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  4. Ôba, vou colocar na minha lista ...

    Bjs.
    Elvira

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  5. Lindo o poster do filme. Fiquei curiosa para vê-lo. Beijos

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  6. dê, o filme é bem denso sim.

    andré, eu gostei do filme como um todo. maravilhoso!

    quintela, estou curiosa pela sua opinião.

    camila, veja, vc vai gostar, surpreendente!

    elvira e marion, eu gostei muito, mas não é um filme fácil

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  7. Eu amo esse diretor mas tô com muita preguiça desse filme.

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