Assisti a série
Irma Vep (2022) de
Olivier Assayas na
HBO Go. Eu não tinha ideia do que era essa série, mas como amo a
Alicia Vikander que vi no cartaz, comecei a assistir. Eu só ia dar uma olhada e dormir, se gostasse continuaria outro dia, e quando vi foi ficando tarde e eu não queria parar de ver. Genial! E pela efusão de curtidas nas redes sociais quando postei o cartaz, acho que é meio unânime a paixão por esse produto.
Eu não sei se o interesse é mais para quem é da área cultural, não conversei com leigos pra saber se amaram. Irma Vep é cheio de metalinguagens, do cinema dentro do cinema, dentro da série, com passagens de tempo e históricas, mas históricas do cinema. Uma grande atriz americana é convidada para ser Irma Vep para uma série francesa de um diretor conhecido. Ela está acostumada com altas produções, que tem muito dinheiro e vai para uma produção com poucos recursos. Não há dublês por exemplo. Além de ser um diretor que ela admira, ela está muito empolgada em ser a protagonista da série. Acostumada a filmes de ação, ela é sempre a amiga do super herói, musa, suporte. Recentemente eu li o quanto são raros filmes com mulheres protagonistas e passei a prestar atenção. É mesmo, ainda mais no segmento de ação e aventura, que é o segmento dessa atriz da série.
A série que será gravada é inspirada no filme
Os Vampiros de 1915 de
Louis Feuillade, inclusive passam cenas nessa série. Há um diretor da série, um alter ego de
Olivier Assayas.
Pra aumentar a confusão, Assayas tinha gravado Irma Vep em 1996, um filme de baixo orçamento, onde Irma Vep era uma oriental, Maggie Cheung.
O diretor da série teria sido o diretor desse filme, mas ele na série chama René e é brilhantemente interpretado por Vincent Macaigne. Ele é intempestivo, toma remédio controlado e tem uma dificuldade de conseguir seguro para o filme por esse motivo. Volte e meia o filme tem o risco de não poder ser realizado, mas outros fatores atormentam a produção. Alguns outros do elenco são Lars Eidinger, Devon Ross, Jeanne Balibar, Vincent Lacoste, Alex Descas, Nora Hamzawi, Vivian Wu, Pascal Gregory, Adria Arjona, Byron Bowers e Fala Cheng. Kristen Stewart faz uma pequena participação.
Bom, problemas na produção não faltam. Gostei que mostra muito parecido o caos que são as produções culturais que envolvem muitas pessoas, muitas cenas e com pouco orçamento, tudo é pior, o que entendemos bastante aqui. Dá muita agonia os atores fazendo cenas perigosas. Claro que muito é encenado pra série, a loucura que teria sido a série é encenada pra nós vermos como se eles passassem riscos, mas de fato na gravação pra nós não ocorreu. Há uma cena que em 1915, Musidora fica embaixo do trem quando ele ficou em movimento. Eles repetem a cena na série, mas claramente nós vemos que para a série de fato, não foi feito de fato como aconteceu com Musidora e sim simulado e encenado sem riscos como fingiram nos mostrar. É bom que leigos vejam a quantidade de pessoas que trabalham nessas produções, imagine nas de alto orçamento. A quantidade de empregos em todas as esferas, motoristas, costureiros, maquiadores, hotéis, relações comerciais, patrocinadores, é uma cadeia gigantesca.
Muito interessante uma cena de dança. A protagonista ensaia com a coreógrafa, conversa com o diretor, ensaia, grava várias vezes pra se usar pouco tempo, um minuto no máximo. O quanto cada minuto que assistimos levou tempo de preparação. Em uma cena pedem pra sair logo um que limpava uma mesa, tudo é milimétrico, para que possamos nos envolver e nos apaixonar por cada produto cultural. E como disse, tem ainda as inúmeras conversas sobre as escolhas artísticas do diretor, dos atores, o quanto falam de arte, das produções anteriores. Fascinante! A série também flerta com o surrealismo. A protagonista encarna
Irma Vep e começa a ter ações fantasmagóricas, genial!
Em vários momentos falam de Musidora. Atriz, escritora e diretora, ela conseguiu impedir uma censura ao seu filme de 1915. Influente, elegante e com bons argumentos, conseguiu interferir no filme. A série sofre também por parte da equipe e elenco a acusação de ser estupro uma cena. A atriz sugere que o diretor use de sua criatividade pra abordar a questão e menciona Musidora e seu livro que fiquei curiosa em saber qual é. O diretor então coloca cenas da personagem como Musidora, abordando a questão. É tudo genial demais, só vendo mesmo pra entender, fiquei fascinada.
Muito interessante!!
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Uma excelente semana. Beijos
cidália, é sim.
ExcluirParece ser muito interessante, uma obra bem do tipo que me cativa. Quando vi um cartaz publicitário sobre esta série, achei que se tratasse de 'Irma Vap', peça de teatro que fez muito sucesso no Brasil em anos passados, rsrs.
ResponderExcluirBeijo
marly, é fascinante, acho que vai gostar.
ExcluirOlá, tudo bem? Hoje assisti Pluft O Fantasminha. Filme leve. Vamos valorizar o cinema nacional! Bjs, fabio www.blogfabiotv.blogspot.com.br
ResponderExcluirfabio, vc ia gostar dessa série. quero muito ver pluft.
ExcluirEssa sua dica me interessou. Parece boa mesmo!
ResponderExcluirsérgio, acho q ia gostar, é fascinante.
ExcluirBoa tarde. Uma excelente quinta-feira com muita paz e saúde.
ResponderExcluirluiz, obrigada, bom fim de semana.
ExcluirNão conhecia essa série
ResponderExcluirParece ser bem interessante
Gosto muito quando utilizam metalinguagem
Sou fã incondicional da Alicia Vikander
Já levo a indicação ❤
Bjs Luli
luli, acho q vc vai amar. não queria fazer outra coisa a não ser assistir.
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