A estrutura do programa foi muito inteligente. Teve vários estilos de quadros. Gostei muito os que promoviam experiências. Em um restaurante totalmente adaptado e lotado de deficientes, recebeu pessoas sem deficiência que são tratadas muito semelhante como os deficientes em geral são tratados. Pra piorar o desconforto deles, tudo é adaptado, então não tem cardápio pra pessoas sem deficiência. Muito chocante quando um deficiente pede self a uma pessoa que não tem deficiência porque o filho vai adorar e que ainda dá engajamento. Constrangedor! Um falou com voz de criança, infantilizando a pessoa. Foram várias situações constrangedoras. Adorei ver a atriz de Todas as Flores, Camila Alves no especial. Ela falou sobre cães guias, sobre a lei e a forma como a lei é sistematicamente desrespeitada. Quero ver logo a atriz novamente em cena.
A jornalista Flávia Cintra foi a apresentadora onde falou de leis, estatísticas. Samantha Quadrado também participa com seu marido Breno Viola. Eu gosto demais das postagens dela no instagram e como é linda. Dois outros quadros vivenciavam momentos. O famoso cafezinho na empresa e as conversas "descontraídas" com Daniel Gonçalves e Eduardo Sterblich. E cumprimentos de casamento entre um cadeirante e sua esposa. Letícia Colin faz a preconceituosa convidada. O cadeirante comenta com o público como a convidada o ignora, a convidada elogia a noiva pelo gesto de casar com o cadeirante. Que desconforto que sentimos!A influenciadora Tatá Mendonça participou de um quadro onde ela dizia que o recurso para ouvir as mensagens do celular não estava funcionando, se a pessoa podia ler pra ela os comentários, que eram discursos de ódio. Todos ficam constrangidos com os horrores que escreviam pra ela. Esse exercício é ótimo. Se ver alguém destilando ódio, peça pra ela ir até a pessoa e repetir presencialmente. Nem todos vão perceber, mas vários na hora vão se sentir constrangidos. Parece que escrevendo pode. Discurso de ódio não é liberdade de expressão.
Pedro Henrique França vem se especializando como documentarista. Está sempre em projetos incríveis. Comentei sobre dois deles aqui.Beijos,
Pedrita
Faz tempo que não vejo a Globo. Beijo,
ResponderExcluirliliane, agora a claro tem a globoplay sem custo adicional. eu estou usando pela claro.
ExcluirDeve ter sido interessante esse programa.
ResponderExcluirBoa semana!
Lulu on the sky
lulu, foi sim, está disponível na globoplay. quero ver o próximo sobre etarismo.
ExcluirAchei que já tivesse comentado aqui. Infelizmente, ainda há muitas pessoas preconceituosas, excluidoras dos que são diferentes, disseminadoras de ódios, altamente problemáticas (mas se achando normais). Ultimamente, o que mais me tem chocado nas redes sociais é comentários de machistas, carregados de raivas contra mulheres. Então eu acho oportunos os documentários que tocam nessas feridas, pois isso tem que acabar.
ResponderExcluirBeijo
marly, sim, e o brasil tem o péssimo hábito de tratar como coitadinhos. mas na hora de exigir a inclusão dos espaços acha que não dá. sim, eu fico chocada com comentários. o formato do documentário foi muito bom. as dinâmicas foram ótimas.
ExcluirEsse formato é excelente, dá a impressão que somos inseridos no contexto.
ResponderExcluirE acredito que essa é a ideia.
Proporcionar a sensação.
Esse foi muito bem conduzido e trouxe vários quadros desconfortáveis.
Li uma entrevista da Flávia Cintra onde ela diz que com o passar do tempo foi meio que normalizado ela ser a única jornalista cadeirante e como isso impactava a ela própria e sociedade.
Parabéns aos idealizadores e parabéns pela sua resenha.
luli, o formato foi inteligente. e bem detalhista sem soar educativo. como gerou desconforto. sim, imagino que muitas redações se sintam inclusivas se derem uma vaga. como se fosse uma caridade ou marketing, mas não para de fato ter profissionais diferentes entre si.
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