domingo, 23 de fevereiro de 2020

Chernobyl

Assisti Chernobyl (2019) de Craig Mazin na HBOGo. Eu queria muito ver essa série, mas relutei porque sabia que provocaria muito sofrimento. Acho muito importante conhecer a história. Já tinha visto dois filmes que falavam um pouco do horror que foi esse acidente: A Terra Ultrajada e O Tradutor. Depois terminando de ver a série, fui ler matérias, falam de algumas licenças poéticas, mas continua sendo uma grande série e tudo o que disseram sobre ela. E fundamental, porque aqueles horrores não podem ser esquecidos, para que novos não aconteçam. Estranhamente acabei vendo quando um outro país ditador tenta encobertar tragédias.

Sim, foi horrível, violento, catastrófico, mas eles poderiam ter evitado muitas mortes. Logo que a explosão do núcleo aconteceu não evacuaram a cidade que inclusive não tinha um treinamento específico por viver perto de uma usina nuclear. Só quando os outros países verificaram por satélite, pela radiação que caminhou aos países vizinhos, e o mundo todo ficou sabendo, que começaram a evacuar, tarde demais. Países ditatoriais são monstruosos porque querem esconder suas tragédias e provocam muitas outras. Mas interesses econômicos também. O ser humano é torpe.
Chernobyl concentra-se na equipe que foi a cidade tentar diminuir os estragos. São reais Valery Legasov (Jared Harris) e Boris Schcherbina (Stellan Skarsgard). Emily Watson representou os inúmeros cientistas incansáveis que tentavam descobrir o que aconteceu mesmo correndo todos os riscos e ameaças do governo. Os cientistas sabiam que precisavam entender o que provocou o acidente para evitar outros.

Achei que Lyudmilla Ignatenko (Jessie Buckley) era uma personagem fictícia, mas não. Ela realmente era esposa de um dos primeiros bombeiros, Vasily Ignatenko (Adam Naigatis), que foram para a usina achando que era um incêndio e não radiação. Ele sofreu barbaramente com a deterioração do corpo. Muitos moradores de Chernobyl não tinham ideia dos riscos da radiação, também não foram informados que não era um incêndio e sim a explosão do núcleo, Lyudmilla achava mesmo que o marido sofria das graves queimaduras e não que a radiação comia o seu corpo. Ela ficou então ao lado dele mesmo todos proibindo e estava grávida. Seu filho absorveu toda a radiação, morreu uns dias após o parto e ela sobreviveu. Disseram que ela nunca mais engravidaria, não só engravidou como não morreu e vive com o filho.
A série tem 5 episódios e é muito bem realizada, mereceu mesmo os prêmios que vem abarcando como Globo de Ouro de Melhor Série.

Beijos,
Pedrita

8 comentários:

  1. Tenciono assistir a essa série também.

    Beijo

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  2. Apesar das muitas licenças poéticas, uma série impactante e necessária.
    É muito cruel e triste pensar naquela realidade.
    Bjs Luli
    https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. luli, nem sei se são tantas licenças poéticas assim. e sim, série fundamental. precisamos estar sempre atentos, principalmente na manutenção e nas verbas para manutenção e pesquisa.

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