O marcador de livros foi presente de uma amiga.
A porcelana foi pintada por Peggy-Lou.
Obra (1950) de Jackson Pollock
Passarinha é um livro juvenil. Nós acompanhamos a história pelo olhar de Caitlin, uma menina de 10 anos com Síndrome de Asperger. Ela que fala o que vê e de vez em quando vemos alguns diálogos. Vemos tudo pelo olhar atento e específico de Caitlin. Com o tempo descobrimos o Dia em que a Nossa Vida Desmoronou. Esse dia foi quando o irmão de Caitlin foi assassinado com um tiro em um massacre em uma escola. Seu pai está catatônico e sem dinheiro para pagar alguém pra ajudar com as refeições, com a filha e pra fazer terapia. Caitlin consegue ajuda com a terapeuta da escola pública.
Obra de John James AudubronComo todos nós, a autora ficou muito impactada com o massacre da Virgina Tech University onde morreram 33 pessoas. Ela passou a pesquisar e resolveu contar a história pelo olhar da Caitlin, uma jovem considerada diferente, quando todos nós somos diferentes. Outros colegas de escola dela são Michael, que teve a mãe assassinada nesse episódio e Josh, primo do assassino. No final a autora conta que quis mostrar o quanto todos nós somos intolerantes às diferenças e o quanto somos muitas vezes cruéis com pessoas fora do padrão. O desejo da autora é de todos nós, adultos e crianças, que passemos a refletir sobre o diferente, em vez de hostilizá-los, para ampliar a empatia, o acolhimento e tentar diminuir o ódio entre os semelhantes.
Obra de Lee Krasner
É incrível como a autora vai mostrando pela Caitlin as relações nos recreios, os pré-conceitos. Não só com ela, mas Josh sofre um bocado por ser primo do assassino e fica bastante violento pra se defender. Vamos vendo a dificuldade das pessoas, até mesmo do pai, que sem condições de ter apoio psicológico, tem que lidar com sua própria inatividade e ainda cuidar de uma criança. Me emocionei inúmeras vezes, fiquei profundamente abalada.
O vídeo de apresentação do livro é tocante também, espero que toque vocês.
Beijos,
Pedrita
Parece muito interessante, fiquei com vontade de ler. Mas, nesse instante, lendo a resenha e - claro - entendendo perfeitamente o contexto e o ponto de vista da autora (que é o meu, com relação à intolerância aos diferentes), fiquei pensando que o mundo terá também que vencer as intolerâncias com relação aos povos estigmatizados, como nós latinos, por exemplo, que somos sempre vistos pelos anglo-saxônicos como inferiores... e outros que tais.
ResponderExcluirBeijo
marly, eu gostaria q o mundo lesse. sim, a autora fala sobre isso, sobre intolerância. eu me incomodo com essa ideia de fronteiras. como se o mundo não fosse de todos, animais e plantas inclusive.
ExcluirPercebo que como literatura juvenil seja bom
ResponderExcluircarlos, acho meio fundamental pra qq pessoa. eu achava q seria mais juvenil, mas me tocou em muitas questões. fiquei muito reflexiva. acaba sendo urgente pra qq pessoa.
ExcluirNão conhecia essa obra. Você vai à Bienal do Livro?
ResponderExcluirbig beijos
www.luluonthesky.com
lulu, eu tb não conhecia. eu acho tudo caro na bienal, até pra chegar lá, então vou esperar a festa da usp q só gasto com livros.
ExcluirEsse livro é maravilhoso mesmo ❤❤
ResponderExcluirPra levar para a vida toda.
Acho que tenho resenha dele no bloguinho.
Se encontrar trago o link.
ah, vou procurar, é lindo demais. e ontem teve outra tragédia em escolas. desmoronei.
ExcluirLi esse livro alguns anos atrás e fiquei muito emocionada. A realidade toda me tocou muito, esse é o tipo de livro que guardo com carinha na estante física e na estante do coração. Me dá uma sensação agridoce lembrar dele aqui e agora que tenho tantos anos de Ensino de História, que já perdi alunos para a violência, que convivo com os sobreviventes, que estou aqui vivendo essa vida de professora.
ResponderExcluirpandora, q bom q leu. sim, no dia seguinte que terminei atiraram em uma escola. fiquei mais impactada ainda. livro urgente.
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