terça-feira, 20 de outubro de 2020

Lovecraft Country

Assisti Lovecraft Country (2020) de Misha Green e Jordan Peele na HBO e HBO Go. Que série! É baseada em um livro fantástico de quadrinhos de Matt Duff. Fiquei muito impactada e impressionada. Mistura tudo, ficção científica, ação, romance, mas debate com profundidade sem discursos: o racismo, segregação, política, machismo, variações de sexualidade, preconceito, guerra, padrões estéticos, enfim, é riquíssima!

No começo eu estranhei. O protagonista volta da guerra porque seu pai desapareceu. Ele segue então em uma viagem ao sul para procurá-lo com uma amiga e seu tio. Começou a ficar muito fantasioso e eu demorei pra embarcar. Mas no segundo episódio me entreguei de uma tal forma que não queria ver outra coisa. Foi quando comecei a ver também na hora que passava ao vivo na HBO, antes via somente na HBO Go. Lindos e talentosos demais os protagonistas Jurnee Smollett e Jonathan Majors. O pai é interpretado por Michael Kenneth Williams.
Quando eles chegam na mansão e tudo começa a ficar muito, mas muito mágico, me encantei demais. São muitos personagens complexos. O protagonista é filho de uma escrava com um branco, então tem o sangue necessário para um ritual da eternidade. Os brancos (Abbey Lee e Jordan Patrick Smith)  querem a vida eterna. Há duas mansões cheias de portas secretas, lugares mágicos, objetos mágicos, fascinante!
São muitos personagens complexos. O tio do protagonista (Coutney B. Vance) editava o Guia para Negros. Sua esposa (Aunjanue Ellis), dona de casa, sempre queria viajar com ele, mas não conseguia pelos filhos. A libertação feminina dessa personagem é emocionante. Sua filha (Jada Harris) também tem destaque em um episódio, tadinha, como sofre, e que atriz. Todo o elenco é incrível.
A irmã da protagonista, outra atriz (Wunmi Mosaku) lindíssima e talentosa, em um personagem riquíssimo! Ela é um das que que canta também. Com ela, a série debate uma gama de questões que costumamos não prestar atenção porque não vivenciamos, eu pelo menos. Ela ganha uma poção para se tornar branca e acaba aceitando a chantagem porque quer ter a sensação de poder entrar em qualquer lugar, de ser paquerada, de poder comer em qualquer lugar. De não ser abordada por um policial e expulsa de um lugar, de arrumar um emprego em uma loja de alto padrão.

A série fala inclusive da Guerra do Vietnã. Mexe em vários feridas históricas americanas que não são admiráveis. Riquíssima também a personagem vietnamita interpretada por outra atriz lindíssima e talentosa Jamie Chung. Esse núcleo fala muito do livre arbítrio.

A trilha sonora é demais, duas personagens cantam. Dá pra ouvir a trilha no Spotify.

Eu acabei "assistindo" com a Luli do Café com Leitura na Rede. Foi bem bacana poder falar dos mistérios, das experiências, com quem já sabia dos spoilers.


Beijos,
Pedrita 

12 comentários:

  1. Olá Pedrita
    Cheguei pra comentar :)
    Eu confesso que fiquei completamente apaixonada pela série e estou sofrendo com abstinência rsrs
    Quando comecei a ver foi por causa do livro e pelas inserções que eles fazem de literatura. Começa a série com o Atticus lendo no ônibus, depois no episódio com a vietnamita e quando ele volta do futuro com o livro que deu origem à série: Lovecraft Country.
    MAS nunca imaginei que a série fosse tão perfeita! São muitas as camadas dos personagens.
    Eu amei a Ruby 💜💜 e a vietnamita.
    Me apaixonei pelo William e fiquei fã do pai do Atticus.
    Fiquei muito triste com o que aconteceu com a menina, mas gostei do final dela.
    São muitos os temas tratados. E foi alinhavada perfeitamente com um final cheio de reviravoltas e redondinho.
    Amei assistir junto com você!
    😁😁😁😁
    Sua resenha está absolutamente maravilhosa.
    👏👏👏👏

    Gratidão por citar o bloguito viu sua linda!

    Bjs Luli
    https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br


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    1. luli, no primeiro episódio eu não estava muito empolgada, mas assim que chegaram naquela mansão e as magias apareceram fiquei eletrizada. foi vc q me falou q era tirado do livro. sim, é muito profundo, complexo, mas instigante. eu que agradeço, é bom ver compartilhando.

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  2. Para quem aprecia cinema acredito que seja uma série interessante de assistir

    Cumprimentos

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  3. Vou ser sincera... tentei ver esta série umas três vezes e não consigo prosseguir. Acho que ela é abrangente demais, ambiciosa demais e eu - apesar de ter muito interesse em vários dos temas abordados - acabo me desinteressando, rsrs.

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    1. marly, no primeiro episódio estava exatamente assim, via a conta gotas e nem prestava muita atenção. merece até uma revisão. mas depois, na hora da mansão e das magias, não queria mais largar.

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  4. Sempre com sugestões importantes! :))
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    Morre lentamente ...

    -
    Beijos, e um excelente dia de Quarta Feira!

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  5. Pedrita,
    Pelos comentários, essa série parece ser daquelas que uns amam e outros detestam.
    Deve ser densa demais.Daquelas que, no começo você tem que se esforçar para assistir.

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    1. heloísa, é mais ou menso isso, mas acho q vc ia gostar.

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Cultura é vida!