quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Retrospectiva Spotify 2025

Ouvi a Restrospectiva Spotify 2025. Nossa, como gosto, na verdade continuo ouvindo. Cada ano eles inventam uma moda mais legal que a outra, é sempre uma delícia! É um momento muito, mas muito aguardado.

Esse ano fizeram clubes pra gente. Eu sou dos Cronicamente Suaves. Acho engraçada a subjetividade, mas e daí? Amei a florzinha vibe hahahaha.


Desde o ano passado eu comecei a criar playlists para o ano. Não tem o número do ano e sim um nome que tem a ver com o sentimento do ano. Continuo ouvindo as playlists anteriores, mas acabo ouvindo mais a nova. A do ano tem as músicas que mais estou gostando de ouvir, e as que vou angariando em filmes, entrevistas. Emgraçado que algumas músicas não vingam no ano seguinte, eu passo a não querer mais ouvi-las. Outra mania recente é colocar e tirar músicas da fila. Gosto do aleatório da playlist do momento, mas também gosto de por e colocar. Até o álbum da série Maria e o Cangaço que é maravilhosa, não costuma entrar em mais ouvidas, aleatoriamente, não aparece no instagram, então se não for com o recurso de colocar pra ouvir as músicas não aparecem. Esse costume é bem recente, talvez influencie na Retrospectiva do ano que vem.

Zaz e Polo & Pan são basicamente os artistas desse ano, os dois são franceses e vão fazer shows em São Paulo no ano que vem. Já vinha ouvindo antes, mas se concentraram mais nesse ano, tem lógica estarem entre os mais ouvidos. Pauline Croze e Benjamin Clementine são os artistas do ano passado e que ainda amo. Nina Simone é a artista da vida.

Engraçado que Música Popular Brasileira foi o gênero mais tocado, mas as músicas não entraram nos mais ouvidos. Queria entender esse mistério.

Ri muito da idade do som. Foi a brincadeira do ano mais zoada. E no meu caso foi esquisita também. Todos os músicos e músicas que ouvi e estão na retrospectiva são recentes, com pouca exceção. Talvez a idade musical tenha a ver com o fato de às vezes eu ouvir música clássica, mas reparem que não apareceram, só nos álbuns surgiu um de idade musical mais antiga.

Álbuns foi outra novidade esse ano. Eu que gosto de ouvir música no modo eclético, ouço pouco álbuns. Zaz eu adicionei várias, mas em geral de álbuns diferentes.  

Eu gosto muito que artistas que mais ouvimos enviam vídeos de agradecimento. Adorei que o Jota Pê estava na relação de vídeos que também tinha Billie Ellish, Aurora, Lady Gaga. Esse quadro é mais recente. É muito gostoso ouvir um agradecimento de um artista como se fosse exatamente pra vc e fiquei feliz de ter um brasileiro que adoro esse ano. Também há uma seção de vídeos dos que mais gostamos de ouvir.





Eu ouvi 3229 músicas esse ano. Eu tenho conhecido músicas diferentes também porque semanalmente o Spotify cria o Descobertas da Semana inspirado no que gostamos de ouvir e algumas músicas eu curto e ponho na playlist. 

E ouvi 57.894 minutos. Foi o ano que ouvi mais minutos. A playlist com as músicas que mais gostei de ouvir em 2025 tem 6h e 16 minutos. Estou terminando de ouvir tudo. 

E lá vou eu ler as retrospectivas anteriores pra ver o que mudou.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Três de Valérie Perrin

Terminei de ler Três (2021) de Valérie Perrin da Intrínseca. Eu queria muito ler um livro dessa autora tão elogiada. Mas acho que é elogiada em um nicho que é um pouco distante do meu. Cheguei a abandonar, mas eu tenho uma dificuldade enorme em abandonar livros. Fui deixando de lado, lendo muito raramente, vários outros livros passaram na frente, até que insisti e terminei. Eu não tive identificação alguma com a autora. O que mais me incomodou é que ela gosta de enganar o leitor, fazer o leitor de idiota sonegando informações, nome de personagens, suspense com o que não tem graça. Enfim, odeio autor que resolve brincar e se divertir com a cara do leitor. 

Obra Jovem a Janela (1930) de Suzanne Valadon

O livro conta a história de três amigos que eram inicialmente inseparáveis. Logo percebemos que em algum momento eles se perderam e se afastaram. A autora alterna no tempo na narrativa. E sempre que estamos prestes a saber algum detalhe daquela trama, ela salteia no tempo de novo pra não ficarmos sabendo. Meio novela de antigamente, a autora despeja tudo só bem no finalzinho, quando a trama já perdeu completamente o impacto, se é que teve em algum momento.

Obra de Claire Basler

A sensação que tive, e posso estar enganada, é que a autora escreve de universos que desconhece por completo, tal a artificialidade dos personagens. É bastante leviana com alguns temas e ainda faz suspense com eles. Ela é criticada por escrever livros longos demais e tenho que concordar, porque é desnecessário. Dá a impressão que ela quer nos enrolar bastante pra fazer suspense pra revelar os segredos ao final. Tudo soa falso. Há inúmeros leitores que amam a autora, que leram todos os seus livros, que tem verdadeira adoração pelos seus textos. Eu não sou uma dessas pessoas. Não tive identificação alguma com a autora.
Beijos,
Pedrita

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Uma Viagem Utópica com SIGMA Project

Fui ao concerto Uma Viagem Utópica com o SIGMA Project na Estação Motiva Cultural. É um excelente grupo espanhol de saxofones formado por Alberto Chaves, Andrés Gomis, Ángel Soria e Josetxo Silguero. Eles tocaram um lindo repertório, eclético e diferente. Muito bonito, gratuito e con teatro quase lotado. Foi uma única apresentação.

Foto de Aitor Izaguirre

 

Uma das obras foi Tambor do compositor brasileiro Rodrigo Lima. Muito interessante os saxofones fazerem sons de tambores, deve ser uma obra de difícil execução. O compositor estava na apresentação.

Muito instigante a Cantes de viento y nieve: Espirales de llanto de Mauricio Sotelo, parecia mesmo que estava ventando. E muito bonita Chases anónimas – O Virgo splendens de Ars NovaSaindo um pouco das obras atonais tocaram duas de Domenico Scarlatti que gosto muito:Sonata em lá menor, K. 532: Allegro e Sonata em Fá maior, K. 350: Allegro. O SIGMA Project finalizou com uma bela obra do Philip Glass que gosto tanto, Concerto para quarteto de saxofones. 

Foto de Aitor Izaguirre
Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Faça ela voltar

Assisti Faça ela voltar (2025) de Danny e Michael Philippou na HBOMax. Esse filme é fortíssimo! Precisa estar preparado pra ver. O que mais assusta não é o sobrenatural e sim o que uma pessoa é capaz de fazer acreditando no sobrenatural. Sábado é dia de fantasminhas!

Sally Hawkins está impressionante! Que atriz. Dois irmãos ficam órfãos. A futura mãe só quer ficar com a menina. A assistente social convence ela a ficar com o rapaz também. E fala para o rapaz aguentar três meses até os 18 anos e depois pedir a guarda da irmã. Adoção é um processo sério, mas o filme fala daqueles erros que algumas pessoas fazem pra favorecer conhecidos. Ficamos sabendo que essa mulher perdeu a filha. Ela trabalhava mais de 20 anos como psicóloga no departamento de adoção, era muito respeitada. Então auxiliam ela adotar a jovem. A questão é que a jovem é muito, mas muito parecida com a filha que morreu. Claramente ela queria substituir a filha por outra e com isso tentar transforma a filha na semelhança da outra. Não por gostar da menina, mas pela semelhança com a que morreu. Dificilmente um processo tradicional de adoção aceitaria isso. Como ela era da equipe, muito respeitada, não fazem a tradicional visita a casa que vai receber os jovens. Mesmo que a psicóloga arrumasse, ia ser difícil não perceberem alguns detalhes estranhos como a piscina vazia e sem proteção para receber uma deficiente visual. E não convenceriam a mulher a aceitar o irmão. Claro que dá tudo errado.
Os dois jovens estão muito bem, Sora Wong e Billy Barratt. Torcemos muito para que ele consiga salvar a irmã.

O filme é muito assustador. Fanáticos sempre assustam e a mãe é fanática pelo sobrenatural, faz barbaridades acreditando em resultados. Jonah Wren Phillips é o que mais sofre no filme. Jamais eu deixaria esses jovens participarem do filme. Sim, muitas cenas podem ser ajustadas artificialmente, mas achei fortes demais para adultos, que dirá pra crianças.
Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 28 de novembro de 2025

A Idade Dourada - 3ª Temporada

Assisti a 3ª Temporada de A Idade Dourada (2025) de Julian Fellows na HBOMax. Gosto dessa série. Tem bons personagens, bons atores, edição, fotografia e direção de arte impecáveis!

O mais chato dessa temporada é a parte western. O novo rico Russell de Morgan Spector resolve investir em ferrovias e viaja para aquelas regiões sem lei dos Estados Unidos. E as tramas de traições, negociações são bem maçantes. Também não gostei da fórmula mágica do filho, comprar terras com cobre, sem checar devidamente e dar certo, muito artificial para negociantes tão tarimbados. Eu andei bem devagar com essa temporada. Está longe de ser a minha preferida.
Mas os romances são bonitos e falam muito da dificuldade na época da aceitação na família de pessoas de ascensão social diferente. O pai da personagem de Denée Benton é um farmacêutico bem sucedido, mas o fato dele ser um ex-escravizado, faz a família do pretendente rejeitar a moça. O pai tem uma botica e a família vive bem. Ela se apaixona pela médico de Jordan Donica, mas a mãe dele acha que ela não é uma mulher ideal porque não tem a mesma nobreza da família deles.

Divertido que Jack de Ben Ahlers fica rico com sua invenção ajudado pelo vizinho novo rico. Ele tem dificuldade de aceitar a mudança de status e de abandonar a família que são os empregados e patrões da casa que trabalha. A casa dos ricos também tem um espião que vende histórias picantes para sair como fofocas em jornais.

A personagem da Taissa Farmiga é a que mais sofre nessa temporada. Ela amava um bobão que desaparece na menor pressão e rejeita o pretendente escolhido por sua mãe, o duque, Ben Lamb, muito mais digno dela que o outro bobão. Bonita a condução dessa trama. É com as divergências desse casamento que o casal principal se desentende e os dois terminam brigados ao final dessa temporada.

O final termina com um baile caprichadíssimo. E a Sra. Russell da maravilhosa Carrie Coon convida as divorciadas causando um alvoroço. A série fala muito da condição da mulher na sociedade, tem reuniões das sufragistas. Sempre impecável!
Beijos,
Pedrita