sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Sorria 2

Assisti Sorria 2 (2024) de Parker Finn na Netflix. Eu não lembrava se já tinha visto e achei que o primeiro tinha uma pegada adolescente. Não, não tem. Fui procurar se já tinha visto no blog e reli o texto do primeiro e lembrei a profundidade de roteiro desses filmes. 

A premissa é simples e isso eu me lembrava. Uma pessoa fica com a maldição do sorriso, costuma se matar e quem está na frente herda a maldição. A questão é toda a complexidade dos personagens. Gostei demais que escolheram uma atriz e cantora pop linda e talentosa para ser a protagonista, Naomi Scott. Como ela é uma atriz pop, acompanhamos a agenda insuportável da jovem e seus sanguessugas ao seu redor. 

O principal sanguessuga é a sua mãe megera, Rosemarie DeWitt, que não dá uma trégua a filha.  Drew Barrymore faz uma apresentadora em uma pequena participação. 
No auge do sucesso a jovem fica dependente química. Cheia de substâncias ela está com o namorado, Ray Nicholson, no carro que também está repleto de substâncias. Eles brigam, sofrem um grave acidente e ele morre. Ela fica muito machucada e tem muitas dores. Agora não usa mais nada, mas ela procura um traficante, Lukas Gage, para comprar remédio pra dor bem forte. O traficante está possuído pelo sorriso e passa pra ela. Mesmo ela com muita dor pelo acidente, estar voltando aos poucos a carreira, ninguém quer saber, só querem a máquina de dinheiro que ela gera. 

Ela passa a ter alucinações pela herança maldita e claro que ninguém acredita nela, acham que ela voltou a usar substâncias. Achei muito surpreendente a trama da amiga de Dylan Gelula. Um homem, Peter Jacobson, que sabe o que acontece procura a pop star pra ajudá-la, mas ela recusa, depois repensa. Enfim, o filme passa na agenda dela como popstar e na tentativa de se livrar da maldição. Gostei demais! Além de ser surpreendente na maldição, também falou muito desse universo de estrelas, os fãs irracionais e até perigosos, os interessados no dinheiro, os ensaios, os números musicais, os clipes, muito bom.
Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Vera - 7ª Temporada

Assisti a 7ª Temporada de Vera (2017) no Film&Arts. Não sei o que vou fazer quando essas temporadas acabarem. Está quase no fim as que ainda não vi. Viciada. Brenda Blethyn sempre maravilhosa!
 

Só porque elogiei o legista na temporada 6, ele não está mais nessa temporada. Mas gostei muito também do que surgiu pelo Chirstopher Colquhoun. Mas ele não está na últimas temporadas, deve desaparecer em algum momento também.
A locação desse primeiro episódio é linda. É em uma reserva ambiental com rochas, ilhas de rochas, pássaros, espécies raras e um parque. Há muitos turistas, mas muito da região, só pode acessada de barco e com guias pela preservação. Muito raramente Vera fala dela e em geral é sempre triste. A história que ela conta do pai nesse lugar é de cortar o coração. O pai a levava todo verão lá e eu me iludi e achei que dessa vez seria bonito, mas não, ela fala baixo quase chorando que ele ia sempre roubar ovos dos pássaros. Que homem pavoroso!
No segundo episódio um homem é encontrado morto no rio na mata. A equipe tem muita dificuldade de desvendar porque há uma rede grande de mentiras. Nesse aparece a bela Alexandra Mardell.

No terceiro episódio um rapaz cai de um prédio da universidade, ninguém sabe se caiu ou foi jogado. Esse é engraçado em um momento, quando Vera conversa no seu carro com seu parceiro de Kenny Dought sobre universidades. Vera está enchendo a boca de batatinhas fritas, ela come muito mal em toda a série. Ele pergunta o que ela cursou, ela ri e pergunta se ele não percebeu porque é obvio, e fala, nutrição. 
No último e quarto episódio uma jovem aparece enterrada. O que sabem é que ela foi sozinha para um festival de música e desapareceu. É uma trama bem engendrada, porque muito do que a jovem fez foi sozinha, então é difícil localizar seus passos.

Beijos,
Pedrita

terça-feira, 19 de agosto de 2025

Sharper

Assisti Sharper (2023) de Benjamin Caron na AppleTV+. Vi esse filme em sugestões no instagram. Eu sempre olho sugestões de livros e filmes no instagram. E foi uma grata surpresa! Que roteiro bem coordenado, que edição e que ótimo elenco!

Após o título, vem a palavra trapaça e o seu significado no dicionário. Aí começa uma história romântica entre um casal. Ele trabalha em uma livraria e ela faz doutorado. Como tinha vindo a palavra trapaça, eu me perguntava qual dois dois estava trapaceando o outro e porquê. Nenhum dos dois parecia que poderiam ser alvo de trapaças, pareciam dois jovens sem grana. E o carinho e amor deles parecia autêntico. Ótimos Justice Smith e Brianna Middleton.
O filme começa a contar a história dos personagens voltando no tempo. Sebastian Stan é o terceiro a ter sua história contada. 

E Julianne Moore aparece no elenco. Ela tem um relacionamento com o milionário de John Lithgow. Tudo é muito bem coordenado e organizado. Não é um filme barulhento, é um filme intimista, reflexivo, quase silencioso, muito bem feito. Os personagens calculam suas ações. É um filme de tirar o fôlego, na inteligência, no inesperado, que grata surpresa!

A trilha sonora também é ótima.

Beijos,
Pedrita

domingo, 17 de agosto de 2025

Concerto Realidades Imaginárias

Fui ao Concerto Realidades Imaginárias da OCAM - Orquestra de Câmara da USP no Auditório Camargo Guarnieri na USP. Que maravilha! Gosto muito desse grupo musical que comemora 30 anos. É formado principalmente por alunos de música da Escola de Comunicações e Artes da USP. A regência foi do ótimo André Bachur. A orquestra interpretou obras de três compositores brasileiros vivos. A bela Gromovinik de Yuri Behr, Fragmentos de Mariza Rezende e a inquietante Amarelo-Bilophila, de Fernando Dias Gomes, obra desenvolvida no 1º Atelier de Composição da OCAM.

O incrível Edelton Gloeden foi o solista convidado e interpretou com a OCAM uma belíssima obra de Villa-Lobos, o Concerto nº 1 para violão e pequena orquestra. 

Edelton voltou para o bis e interpretou solo outra obra de Villa-Lobos, o Prelúdio nº 3 em Lá Menor, Andante. A orquestra finalizou com a Suíte Pulcinella de Igor Stravinsky. Foi um belo concerto e gratuito. O teatro estava lotado.


 Vou colocar vídeos de outros concertos da OCAM e do Edelton Gloeden.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Ruptura - 2ª Temporada

Assisti a 2ª Temporada de Ruptura (2025) de Dan Erickson na AppleTV+. É extremamente triste, me emocionei inúmeras vezes. Para desespero dos fãs que me incluo, não está confirmada a terceira temporada. Sim, pode não existir, fechou com algumas pontas soltas, mas nada que não possa já ter terminado. 

Três estavam prestes a acordar no externo e saber quem são por alguns minutos. O combinado era contar quando voltassem. O interno de Mark (Adam Scott) nós conhecemos mas ele descobre que a esposa está viva, mas como ele tem a ruptura nesse momento exato, o externo fica confuso. Helly (Britt Lowell) descobre que é a filha do criador daqueles horrores e que ela é horrorosa também. Irving vai atrás de Burt. Como punição só Mark não é demitido e ele faz um inferno para ter os colegas de volta.

Em um episódio eles acordam na neve, no meio de uma floresta. Milchik (Tramell Tillmann) está mais infernal que nunca. Eles tem desafios. Muitas empresas fazem dinâmicas em florestas, vários executivos já morreram nessas dinâmicas e a série faz exatamente como tem sido. Michick fala que eles estão seguros que tudo foi pensado, mas na verdade eles estão sendo cuidados por uma criança que é a gerente deles e pelo Milchick. Então qualquer contratempo não tem médico, ambulância, primeiros socorros. Inclusive Irving fica muito mal e vai para a floresta e dorme lá, podia ter morrido de hipotermia, mas ninguém dá falta dele.
É muito engraçado quando eles descobrem a criança dando ordens pra eles, e eles repetem o tempo todo: "mas ela é uma criança". E ela fica lá, à disposição, em horários enormes. Sarah Bock está ótima, com seu semblante sem emoção, com suas ordens absurdas.

A trama das cabras finalmente é desvendada. A personagem da Gwendoline Christie é fundamental para mudar o rumo da trágica história dos internos. Fica claro que o líder é mais maluco que pensávamos e tem a Lumon como uma seita com rituais de sacrifício.

Com a revolta da Cobel da incrível Patrícia Arquette, descobrimos o início da Lumon. Em um episódio ela segue para sua cidade natal que a Lumon destruiu. Lá a Lumon tinha uma indústria de éter e viciou seus habitantes. Um ex-amor de Cobel (James Le Gros) é o traficante de éter atualmente e lá só vivem idosos viciados. Inclusive é muito grande o número de atores com mais de 70 anos em papéis expressivos. Cobel foi buscar uns documentos na casa da pavorosa tia (Jane Alexander). São muito impactantes os confrontos das duas.
Nessa temporada os externos e internos estão em conflito entre eles, exceto Irving (John Turturro) que tem um desfecho triste conhecendo Burt (Christopher Walken) no externo. Mark está disposto a achar sua esposa. E ele tem um grande dissabor. Na neve ele e Helly se amam, até ele descobrir que era a Helena traiçoeiramente se passando por Helly. Ficamos na dúvida se Helly está fingindo porque ela não conta sobre sua externa. Até que ela diz que ficou com vergonha. Ela é digna diferente de sua pavorosa externa. O externo de Mark descobre que seu interno é feliz lá, que até ama uma mulher, tem amigos.
Dylan, do ótimo Zach Cherry, foi manipulado pela Lumon, que não se cansa de fazer as pessoas infelizes. Como a Lumon sabe que ele ama presentes, proporcionam momentos mágicos vendo a família do externo e sua esposa, da linda e talentosa Merritt Weaver. Os Dylans passam a se odiar e disputar o amor da esposa e é de cortar o coração.

O final é muito violento e impactante. E dá pra ter continuação que eu adoraria, mas também dá perfeitamente pra terminar. Que série! Entre as melhores séries que já vi na vida.
Ao final dos créditos tinham bastidores. Todos falavam do episódio que passara e com cuidado, sem dar dicas, muito bom.

Beijos,

Pedrita