Eu adoro a Kate Winslet e ela está absolutamente incrível. Não vou contar detalhes porque a surpresa é fundamental. Deus da Carnificina mostra muito bem como alguns pais andam resolvendo os desentendimentos dos filhos, sem os filhos. E mapeia bastante como se forma a sociedade atual. A personagem da Jodie Foster, que também está excelente, é contida, escreve sobre os problemas sociais na África, mas protege seu filho como se ele vivesse totalmente fora da realidade. Eu adoro o ator que faz o marido dela, John C. Reilly, eu tinha amado ele em Magnólia e dali em diante comecei a prestar mais atenção no seu trabalho. Também gosto muito do executivo workaholic interpretado pelo ótimo Christoph Waltz.
A tecnologia é outra questão muito bem abordada no filme, mostra como ficamos reféns e como também muitas pessoas perdem a noção com a tecnologia. O workaholic fala avidamente no telefone, em território inimigo questões confidenciais sem o menor pudor. Não tem a mínima noção do quanto está se expondo. Nesse caso ele até está em uma residência, mas não é um local adequado para conversas confidenciais, mas eu já vi pessoas nas ruas entregando números de contratos, contas, em alto e bom som, pra qualquer um ouvir e anotar. Sem falar nas brigas de casais nos celulares em lugares públicos. Deus da Carnificina aborda tantas questões, pode ser visto e revisto, e talvez seria bom mesmo que víssemos constantemente e refletíssemos. Um incrível painel da sociedade atual. Enfim, Deus da Carnificina é perfeito, iluminação, fotografia, elenco e claro, uma direção primorosa. Está entre os melhores filmes que vi nesse ano.
Beijos,
Pedrita