domingo, 17 de junho de 2012

Deus da Carnificina

Assisti no cinema Deus da Carnificina (2011) de Roman Polanski. Eu tinha visto sobre esse filme no blog Um Caminho Diferente e adoro esses quatro atores e esse diretor, quis muito ver. A Bruxa do 203 desse blog que me apresentou esse filme, ela também quer ver e me pautou. Eu também gosto muitei do texto Carnage da francesa Yasmina Reza, já tinha visto algumas peças com seus textos e adorei. Deus da Carnificina é incrível. Dois casais discutem um embate entre os filhos. Eles decidem o que deve ser feito e pasmem, sem a presença das crianças. Começa na casa de um deles, eles definindo os termos amigavelmente. Vários fatos vão colocando esse controle por água a baixo. A bebida termina por desmascarar todos e todo o controle social falso.

Eu adoro a Kate Winslet e ela está absolutamente incrível. Não vou contar detalhes porque a surpresa é fundamental. Deus da Carnificina mostra muito bem como alguns pais andam resolvendo os desentendimentos dos filhos, sem os filhos. E mapeia bastante como se forma a sociedade atual. A personagem da Jodie Foster, que também está excelente, é contida, escreve sobre os problemas sociais na África, mas protege seu filho como se ele vivesse totalmente fora da realidade. Eu adoro o ator que faz o marido dela, John C. Reilly, eu tinha amado ele em Magnólia e dali em diante comecei a prestar mais atenção no seu trabalho. Também gosto muito do executivo workaholic interpretado pelo ótimo  Christoph Waltz.

A tecnologia é outra questão muito bem abordada no filme, mostra como ficamos reféns e como também muitas pessoas perdem a noção com a tecnologia. O workaholic fala avidamente no telefone, em território inimigo questões confidenciais sem o menor pudor. Não tem a mínima noção do quanto está se expondo. Nesse caso ele até está em uma residência, mas não é um local adequado para conversas confidenciais, mas eu já vi pessoas nas ruas entregando números de contratos, contas, em alto e bom som, pra qualquer um ouvir e anotar. Sem falar nas brigas de casais nos celulares em lugares públicos. Deus da Carnificina aborda tantas questões, pode ser visto e revisto, e talvez seria bom mesmo que víssemos constantemente e refletíssemos. Um incrível painel da sociedade atual. Enfim, Deus da Carnificina é perfeito, iluminação, fotografia, elenco e claro, uma direção primorosa. Está entre os melhores filmes que vi nesse ano.

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Ghob ou The End is Near de João Pedro Vale

Fui a exposição Ghob ou The End is Near de João Pedro Vale na Galeria Leme. Adorei essas obras. Essa ao lado é Mandala #3, feita de película aderente sobre MDF e moldura de MDF. É incrível como parece quartzo rosa, e pessoalmente é grande e impactante, eu sou péssima para calcular tamanho, mas segue o que a descrição diz 92 x 3 cm. Esse artista é português, de Lisboa.

Essa obra ao lado é Black Hole #1 (2012) feita com alvejante e detergente sobre jeans. As obras dessa mostra são baseadas em crenças populares e teoria esotéricas. Gostei demais do trabalho.

Tanto o pintor bem como o compositor Fernando Lopes-Graça são portugueses.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 14 de junho de 2012

A Garota da Capa Vermelha

Assisti A Garota da Capa Vermelha (2011) de Catherine Hardwicke na HBO. Eu queria muito ver esse filme, o trailer é lindo. O filme começa com tomadas aéreas de um lugar muito, mas muito frio e belíssimo. Achei que as imagens teriam sido feitas no Canadá, já que é co-produção com esse país e com os Estados Unidos. O problema é que assim que o filme começa, em um possível vilarejo nessa região, o cenário é tão artificial que perde todo o encanto. O lugar também parece enregelador, mas todos os figurinos são praticamente de verão. A neve falsa, e parece falsa, cai o tempo todo, mas todos estão de manga de camisa, roupas esvoaçantes. Fiquei com a sensação que foi um filme de baixo orçamento, baixos para os padrões americanos. E portanto economizaram demais no filme.

Outro recurso utilizado para economizar é trazer uma leva enorme de atores pouco conhecidos e dois nomes mais expressivos: Gary Oldman e Julie Christie. É muito linda a menina que faz a Garota da Capa Vermelha, Amanda Seyfried, mas os pares românticos não convencem. Esse filme é razoável, funciona. Recentemente esses filmes românticos ganharam outras roupagens, lobisomens e vampiros entraram como ingredientes, mas são os mesmos filmes românticos, com um pouco mais de suspense e cenas pesadas, mas continuam com a base em um triângulo amoroso e a estrutura de um filme romântico americano.

Beijos,

Pedrita

terça-feira, 12 de junho de 2012

Bróder

Assisti Bróder (2009) de Jeferson De no Max. Eu queria muito ver esse filme, tentei inclusive ver nos cinemas mas não consegui. Acompanhei várias entrevistas, do diretor, dos atores. Caio Blat foi elogiadíssimo por esse trabalho e ele está impressionante. Em uma das entrevistas ele contou que em um festival no exterior, depois de assistirem ao filme, ele e o diretor foram falar do filme, até que uma pessoa perguntou o que ele fazia no filme, e foi uma surpresa para vários descobrir que ele era o protagonista que tinham acabado de ver, realmente ele está irreconhecível.


O elenco é incrível. A trama reúne três amigos em um aniversário. Eles são de Capão Redondo em São Paulo. Os três são interpretados por Caio Blat, Jonathan Haagensen e Silvio Guindane. Mas os bons atores continuam: Cássia Kiss, Aílton Graça,  Cíntia Rosa e Lidi Lisboa. Fazem participação especial Zezé Motta e  João Acaiabe. Esses três rapazes eram amigos de infância, um é um famoso jogador de futebol, outro mora no Minhocão com a esposa, só continua no bairro o terceiro, que já esteve na Febem e vive na criminalidade. O roteiro de Newton Cannito é muito inteligente. Li que o Caio Blat fez muito laboratório em Capão Redondo para se adaptar ao personagem. 


Beijos,
Pedrita

domingo, 10 de junho de 2012

Wilde Meets Porter

Assisti  ao espetáculo Wilde Meets Porter no Centro Cultural São Paulo. Carlos Navas interpreta belíssimas canções de Cole Porter e Ando Camargo declama textos de Oscar Wilde. Ao piano Jonas Dantas. É um bonito espetáculo, são lindas as canções, bela a voz do cantor, espirituosos os textos de Wilde e o melhor de tudo, de graça. A foto é de Tadeu Loppara. Esse espetáculo acontece toda sexta-feira de junho.


Beijos,
Pedrita