quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O Assalto ao Trem Pagador


Assisti O Assalto ao Trem Pagador (1962) de Roberto Farias no Canal Brasil. Queria há anos ver esse filme e tinha muita vergonha de ainda não tê-lo visto. Ganhador de inúmeros prêmios, marco do cinema, me parecia algo inconfessável que ainda não tinha visto. O filme relata um grande assalto que foi realizado na estrada de ferro Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Tudo é impecável! As cenas, a fotografia de Amleto Daissé, a direção. É um filme ousado, contundente. Um grupo assalta um trem pagador, mas não pode, por um tempo, usar o dinheiro, só muito pouco do dinheiro que ficaram. O roubo foi de 27 milhões de cruzeiros, difícil imaginar o que significam hoje, muitos ficaram com 3 milhões. Não lembro qual a moeda da época, mas era uma fortuna. Eles compram poucas coisas, mas obviamente acontecem muitas intrigas, já que muitos da comunidade onde os assaltantes moram sabem quem são os assaltantes e alguns querem gastar mais do que deveriam.

Eu fiquei impressionada com o maravilhoso elenco e a cada aparição de incríveis atores. Li que nos extras do DVD eles relatam a seleção de um dos atores principais, o que interpretou o Tonho Medonho, Eliezer Gomes, que está excelente, ele era um ex-motorista de ambulância. Outro é o Reginaldo Farias, novinho de tudo. As mulheres são belíssimas interpretadas por grandes atrizes: Helena Ignez, Luisa Maranhão, Ruth de Souza e Dirce Migliaccio. O policial é interpretado pelo Jorge Dória. Aparecem no filme: Grande Otelo, Wilson Grey, Mário Lago, Átila Iório, Oswaldo Louzada e Nelson Dantas.
O Assalto ao Trem Pagador ganhou Prêmio Saci 1962, Melhor ator coadjuvante (Jorge Dória), Melhor atriz coadjuvante (Dirce Migliáccio) e Melhor Roteiro (Roberto Farias). Prêmio Governador do Estado de São Paulo 1962, Melhor Roteiro (Roberto Farias). V Festival de Cinema de Curitiba 1962, Melhor atriz coadjuvante (Luiza Maranhão), Revelação (Eliezer Gomes). Troféu Cinelândia 1962, Revelação (Eliezer Gomes). Festival de Cinema da Bahia 1962, Melhor Filme, Melhor Ator (Eliezer Gomes), Melhor atriz coadjuvante (Luiza Maranhão), Melhor Roteiro (Roberto Farias). Festival de Lisboa, Portugal, 1963, Prêmio Caravela de Prata. Festival de Arte Negra, Senegal, 1963, Prêmio Especial do Júri e representou o Brasil no Festival de Veneza de 1962.


Música do post: São Coisas Nossas - Noel Rosa


Beijos,
Pedrita

8 comentários:

  1. Não vi nenhum deles.
    Não passaram cá.

    Como quase sempre...

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  2. Assisti há muito tempo, na época do "falecido" (portanto, deve fazer, no mínimo, 20 anos!).
    Adorei o gatinho!!!!! Parece o Fred.
    Denise

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  3. Olá, Pedrita! Eu assisti O Assalto ao Trem Pagador há algum tempo, eu saí correndo atrás de clássicos do cinema nacional quando estava escrevendo minha monografia sobre o Cine Brasília, na pós-graduação em 2004. É um filme simplesmente excelente!

    Sua safra aqui é riquíssima!

    Eu comprei "O Amante do Vulcão" da Sontag em um sebo na periferia aqui em Brasília. Foi um achado!
    Infelizmente a faculdade (segunda que estou fazendo) não está me dando tempo para concluí-lo, mas estou amando! É tão ruim ler aos pouquinhos! :(
    Um dia eu termino!

    Beijinhos @>--

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  4. quintela, uma pena, pq esse foi um dos poucos filmes brasileiros que circularam pelo mundo.

    dê, é bárbaro. o gatinho vc pode pegar o código e colocar no seu blog. adoro ele acompanhando o mouse.

    adriana, obrigada, esse filme é bárbaro mesmo. eu tb não gosto de ler aos pouquinhos.

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  5. Adorei esse gatinho aí do lado.

    Um fofo ...

    Bjs.
    Elvira

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  6. Filmaço! Eu vi há muito tempo na extinta Rede Manchete (que costumava passar filmes nacionais às sextas a noite). Estou querendo rever, mas não sabia se tinha em DVD ou não (ver em VHS não é a mesma coisa!).

    Mídia? Cultura? Acesse
    http://robertoqueiroz.wordpress.com

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  7. É um dos grandes (e poucos) filmes de gênero do Brasil!

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  8. elvira, vc pode colocar um no seu site, é só pegar o código.

    roberto, eu nem tenho mais aparelho de vhs. o meu não tinha conserto.

    andré, é um ótimo filme mesmo, mas o brasil tem muitos grandes filmes igualmente há vários outros países.

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