quarta-feira, 23 de março de 2011

Doutor Jivago

Terminei de ler Doutor Jivago (1958) de Boris Pasternak da BestBolso. Minha irmã que me emprestou esse livro com vários elogios. Boris Pasternak é ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, acho que lembram que eu comentei que estamos lendo ao menos uma obra de cada autor ganhador de Nobel. Esse é sensacional! Eu tinha amado o filme, quero rever, e o livro é fascinante. Não é uma leitura fácil nem rápida. Muitos personagens, muitos nomes diferentes da nossa cultura, muitos apelidos tão diferentes dos nomes. No início até há uma tabela pra ajudar porque volte e meia eu me perdia. A tradução é de Zoia Prestes direto do russo. Há inclusive um texto dela falando sobre a sua origem e sobre o livro. Eu só leio as informações e textos depois que leio o livro. Ainda bem, porque na contracapa eles relatam algo que acontece um bom tempo depois da segunda parte. A edição é exatamente a dessa capa. Uma edição de bolso, caprichada, com letras acessíveis de ler. Algumas edições de bolso são quase inviáveis na leitura.

Obra Vista de Constantinopla à Noite (1875) de Ivan Konstantinovich Aivazovskii

Eu não sabia que essa obra tinha sido proibida na União Soviética, mas lendo o livro entendemos o período caótico que esse autor viveu. Doutor Jivago passa entre a Revolução Russa até a Segunda Guerra Mundial. Além das guerras com outros países, a Rússia enfrentou muitas guerras civis, qualquer guerra é insana, mas essa é de assustar.A fome e a miséria assolaram o país. O relato das mães enlouquecidas que largavam seus filhos na neve com farinha para a morte ser menos dolorosa é assustador. Como justificar ideologias com tanta desgraça?

Obra Nizhnii Tagil  (1958) de Felix Lembersky 

Começa com a infância de Jivago, ele se forma médico. É triste acompanhar a sua degradação e loucura, ver tudo o que se passa a sua volta e aos seus conhecidos. Nós estamos acostumados a conseguir informações, era uma época que as famílias se perdiam, nada ficavam sabendo, se seus parentes estavam vivos ou mortos. Era perigoso perguntar. Doutor Jivago é um livro muito triste e sem esperança.

Primeira frase de Doutor Jivago de Boris Pasternak:

“Caminhavam, caminhavam e cantavam “Lembrança eterna”, mas quando paravam, parecia que, de tanto ser cantada a música continuava a ser entoada pelos pés das pessoas, pela marcha dos cavalos e pelo sopro do vento.”


A história desse pintor Felix Lembersky se confunde com a história do livro.



Beijos,
Pedrita

11 comentários:

  1. Oi Pedrita
    estava curioso quando vi que voce estava lendo esse livro, o filme é incrivel, que bom que gostou, eu tenho um objetivo de terminar de ler um livro esse ano q ja leio a tres anos, e vou conseguir, livro grande e de dificil leitura tb.
    Bj

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  2. eu lembro vagamente do filme, de uma cena dele dentro de um trem, enquanto a Lara passa por uma rua e não vê....
    lembro tambem que o filme era meio triste, comn a filha do Charles Chaplin, Omar Sharif e não lembro quem fez a Lara....
    e eu estou iniciando A Cartuxa de Parma, Stendhal....

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  3. Adorei ler o livro. Depois, revi o filme, que é muito fiel ao livro. Só no final há uma pequena mudança.
    (quem fez a Lara no filme é a Julie Christie).
    Denise

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  4. gammelo, eu deixo sempre o livro do lado do computador, qd tenho q esperar algo, acabo lendo. e levo onde vou, cinema, dentista, qq lugar q vou ter q esperar. a leitura anda bem assim.

    enaldo, eu amei o filme e o livro.

    fatima, eu não lembrava q atores q tinham contracenado. preciso rever agora.

    dê, penso em fazer o mesmo agora, rever o filme.

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  5. Pedrita querida, tudo bem?

    Eu vi o filme zilhoes de vezes. Era o meu filme preferido quando mocinha. Mas nao sei se leria o livro...


    Bjao

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  6. georgia, acho q vai amar o livro. tem mais detalhes, mas são praticamente iguais.

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  7. eu vi o filme, Pedrita e amei, mas nunca li o livro e agora me deu vontade e oo mesmo tempo não consigo parar de pintar, não sei se vou mesmo ler...mas foi otimo esse post. beijos

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  8. Pois, tivemos muitas apreciações em comum nas nossas resenhas sobre esta obra. Compreendo a interdição na URSS, mesmo não sendo um obra que ponha em causa os ideais da revolução, mas sim a degradação destes a seguir.

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