terça-feira, 28 de maio de 2019

O Mestre e a Margarida

Terminei de ler O Mestre e a Margarida (1928-1940) de Mikhail Bulgákov pela Editora 34. No Facebook eu convidei uma amiga para participar de uma brincadeira de colocar os 10 livros que ela mais ama e esse estava na relação. Fiquei muito curiosa. Logo depois esse livro foi reeditado e uma outra amiga me ofertou comprando na Feira de Livros da USP. Fiquei exultante!

Obra Still Life With a Skull (1918)  de Amshey Nurenberg

A obra foi escrita entre 1928 e 1940, mas só publicada no Ocidente em 1960 e na Rússia em 1973, já que foi proibido em seu país. Só seria publicado na Rússia se muitos textos fossem retirados. O livro ainda tem várias versões, essa última vem dos manuscritos que ficaram com a viúva do autor, Ielena Serguêievna. É listado entre os melhores livros do século XX. Bastante surreal, o livro cria situações inusitadas. Não é uma leitura fácil. Quando li o capítulo do Pôncio Pilatos ficava pensando o que essa trama tinha a ver com o livro relatado em outro período e a "explicação" nada lógica vem depois. 

Obra Building Block after Gun Fire (1959) de Felix Lembersky

Surrealidade é o mote, tudo é amalucado e irreal. E estão lá, no meio das narrativas, inúmeras críticas a opressão, violência, mortes mal explicadas ou não explicadas, falta de justiça. É uma crítica ferrenha aos tempos vividos pelo autor. 

Obra Portrait of a Lady (1915) de Liubov Popova

E a Margarida, ah, a Margarida! Fui ao delírio com as peripécias da Margarida, mas e o gato? Enlouqueci com as maluquices da Margarida, mas também delirei com o gato. É a segunda parte do livro. Mas já tinha enlouquecido com as não loucuras do Ivan Nikoláievitch. Cada vez que o personagem tentava explicar que não era louco mais ele se complicava.
Há vários filmes das obras do autor, inclusive alguns desse livro.

Beijos,
Pedrita

12 comentários:

  1. Não conhecia esta obra (e olha que tenho um interesse especial pelos autores e artistas russos). A julgar pela resenha ela vale o tempo gasto para lê-la.

    Beijo

    ResponderExcluir
  2. Olá, querida Pedrita!
    Pela resenha e fotos é uma boa obra, obrigada por mais essa dica!

    Beijinhos ♥

    ResponderExcluir
  3. Fiquei confusa com a resenha.
    Margarida é um gata, no livro?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. liliane, o livro é surreal, então vc ficou exatamente com a sensação de confusão que o livro propositalmente cria. não, há a margarida e há um gato.

      Excluir
  4. Ainda hoje estive a refletir se a próxima obra a ler seria um Bulgákov mas optei por outra.
    Quanto ao Mestre e Margarida já a li, é um romance que apesar de muitas vezes nos fazer rir nos deixa desconcertado pelas incoerências e surrealismo que mais não são que críticas veladas ao estalinismo e à loucura da época.
    O mestre esta escrever uma obra sobre Pilatos e Jesus e excertos encaixados no romance são de facto um livro dentro do livro para por em contraste a justiça a condenar um homem bom se magia e o sistema soviético magicamente servir-se desta para a prática da injustiça e espalhar o mal.
    Falei deste romance neste post: https://geocrusoe.blogspot.com/2016/10/o-mestre-e-margarita-de-mikail-bulgakov.html

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. carlos, interessante que em portugal é margarita. por isso não achei a sua postagem na busca. exatamente, fiquei muito desconcertada, termo correto. e as criticas chegam a ser ferozes, mas veladas.

      Excluir
  5. Olá Pedrita
    Puxa não conhecia a obra :p
    Fiquei curiosa com esse livro.
    Deve ser bem interessante e instigante.
    Tb deve ser bem diferente.
    Vai para a wishlist.

    Ahhhhhhh já anotei a indicação de O Animal Cordial fiquei curiosa com o mote e achei o elenco estelar!

    Bjs Luli
    https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. luli, é uma obra difícil de ler mas fascinante. acho q vc vai amar animal cordial.

      Excluir
  6. Achei interessante o livro, e fiquei bem curiosa.
    Beijos boa semana
    www.bellapagina.blogspot.com.br

    ResponderExcluir

Cultura é vida!