sábado, 21 de setembro de 2024

Todos Nós Desconhecidos

Assisti Todos Nós Desconhecidos (2023) de Andrew Haigh na Star+ na Disney. Esse filme vem recebendo muitos prêmios e elogios. É baseado no livro Strangers de 1987 de Taichi Yamada.

Um escritor mora sozinho em um prédio praticamente fantasma, só tem mais um morador. Gostei muito do filme nos deixar confuso sobre imaginação e realidade. O protagonista tem dificuldade de criar relações e começa a conhecer melhor o seu vizinho. Andrew Scott arrasa. Seu vizinho é Paul Mescal.
Aos 12 anos ele perdeu os pais em um acidente de carro. Ele quer escrever sobre o fato, passa a viajar até o bairro onde morou, e passa a se encontrar com seus pais. Eles estão exatamente como ele se lembra deles, Claire Foy e Jamie Bell. E passa a conversar com eles. Tem horas que ele acorda, então era sonho, mas tem horas que parece mesmo que está se encontrando com os pais novamente. Muito interessante essa forma de realidade e ficção do filme. Ficamos confusos se ele está só imaginando, ou de fato tendo aquelas difíceis conversas.
Strangers é um filme complexo, sobre a dificuldade de lidar com as emoções, principalmente no universo masculino, quando os homens buscam a bebida e as drogas pra expressar o que sentem, ou fugir do que estão sentindo. Da não possibilidade de expressar sentimentos e das consequências. É um profundo filme sobre a solidão. O protagonista tem muita dificuldade enorme em lidar com relacionamentos. Nesse esfera irreal do filme, fiquei com a impressão que o relacionamento que ele vive também foi imaginação. Quero ler o livro. É muito, mas muito triste. Fiquei muito emocionada. A música final é dilacerante. A trilha sonora é linda e se alterna com as músicas da infância do protagonista e sua vida adulta.
Beijos,
Pedrita

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