Ouvi os CDs do Sons das Américas do Núcleo Hespérides pelo Selo SESC. Vocês sabem o quanto gosto de conhecer obras, compositores e artes de vários países. Sons das Américas ampliou os meus conhecimentos. Além dos ótimos CDs, músicos, o projetos traz textos excelentes contextualizando os compositores. Vários que adoro como Leo Brouwer (Cuba), Manuel M. Ponce (México), Samuel Barber (Estados Unidos), Carlos Gustavino (Argentino), Charles Edward Ives (Estados Unidos) e os brasileiros Mozart Camargo Guarnieri, Heitor Villa-Lobos, Claudio Santoro, Almeida Prado, Gilberto Mendes, Antonio Ribeiro, Aylton Escobar, Willy Corrêa de Oliveira, Flo Menezes, Silvio Ferraz, Achille Picchi e Paulo Porto Alegre, esses dois últimos que conheço os seus talentos como músicos, mas ainda não tinha ouvido suas composições. Conheci um pouco de outros incríveis, Gerardo Guevara (Equador), Alberto Ginastera (Argentina), Modesta Bor (Venezuela), John Beckwith (Canadá), Silvestre Revueltas (México) e Luiz Cluzeau Mortet (Uruguai).
O Núcleo Hespérides tem ótimos músicos e foi criado em 2002 para divulgar a Música das Américas. Alguns que participam do Sons das Américas são as sopranos Adélia
Issa, Heloísa Petri e Andrea Kaiser, a mezzo-soprano Maria Lúcia
Waldow, os barítonos Sandro Bodilon e Ademir Costa, o flautista Rogério Wolf, o
violista Ricardo Kubala, a violoncelista Ji Yon Shim, os violonistas Eliane Tokeshi, Edelton Gloeden,Paulo Porto Alegre, Celso Delneri e Daniel Murray, a pianista Rosana Civile, o regente Tiago Pinheiroe o
percussionista Joaquim Abreu. O fisiculturista Laércio Refundini tem
participação especial − no papel do halterofilista da "Ópera
Aberta", peça de teatro-musical de Gilberto Mendes. O projeto está muito bonito musicalmente. Gostei muito da embalagem do Sons das Américas, textos, visualização, organização e informações. Essa foto é de Ed Figueiredo.
Assisti O Despertar (2011) de Nick Murphy no Telecine Premium. Comecei a ver esse filme por um acaso. Vi que era de época, de fantasminhas que gosto, passei a ver. No começo gostei bastante, é uma colcha de retalhos de filmes do gênero. O final que descamba. No fim então, resolvem deixar na dúvida, pode ter qualquer interpretação. O filme é bastante fraco para ter esse recurso que acaba não funcionando bem e estragando o pouco interessante que é.
Bela protagonista interpretada por Rebecca Hall. Imelda Staunton está no elenco, junto com Dominic West. São lindas as crianças.
Terminei de ler Eça (2012) de Sonia Sales da Editora Kelps. Eu adoro esse escritor, já li várias de suas obras como Os Maias que li em 2009 e comentei aqui. Não conhecia praticamente nada de sua história. E a biografia me surpreendeu muito. Eça de Queiroz nasceu de uma relacionamento entre duas pessoas que não eram casadas, então ele foi criado por outra pessoa e a sua paternidade só foi oficializada depois dos 40 anos quando ele foi casar.
Eça foi Consul e trabalhou em vários países. Em Cuba tentou ajudar chineses que eram explorados. A obra tem várias fotos que são do acervo da Sociedade Eça de Queiroz que fica no Rio de Janeiro e promove encontros e debates sobre a vida e obra do autor. Essa capa é uma caricatura feita por Rafael Bordalo Pinheiro em 1880. Gostei muito do livro!
Trecho de Eça de Sonia Sales:
“Lendas foram criadas em torno de Eça de Queiroz, uma delas a sua suposta frieza. É difícil de acreditar que José Maria Eça de Queiroz, conhecido por sua irreverência e tiradas sarcásticas, fosse capaz de um grande amor, mas aquela máscara de indiferença se desfaz nos relatos dos filhos, dos amigos, e nas cartas amorosas que enviou a Emília durante sua vida juntos. O noivo apaixonado, o marido fiel, o pai zeloso, tudo transparece nas palavras por eles trocadas,”
Assisti no cinema 2 Coelhos (2012) de Afonso Poyart no Projeta Brasil 2012. Esse era outro que queria ver na telona, já tem passado no Telecine Premium, o 007 já viu umas três vezes, mas eu queria a telona. Foi o último filme da maratona. Eu sabia que tinha muitos efeitos especiais, muitos recursos e achei que na telona ficaria incrível e é realmente incrível. O roteiro é ótimo. Todo entrecortado, vamos aos poucos juntando os pontos.
2 Coelhos utilizam vários recursos, animações, imagens que viram quadrinhos, quadrinhos, gráficos, videogame, gostei demais! Também adoro o elenco, gosto demais do trabalho do Fernando Alves Pinto. Adoro a Alessandra Negrini e o Caco Ciocler. 2 Coelhos é ágil e inteligente. Não vou falar nada do roteiro que o mágico é ir descobrindo. Alguns outros do elenco são: Marat Descartes, Robson Nunes, Thaíde, Roberto Marchese, Nceo Villa Lobos e Aldine Muller. A trilha sonora também é ótima. Eu e o público vibrávamos no filme.
Assisti no cinema Xingu (2012) de Cao Hamburger no Projeta Brasil 2012. Continuando minha maratona finalmente vi esse filme. Vi várias entrevistas, trechos, ansiava por ver. Quando esteve nos cinemas eu demorei pra poder ter tempo pra ver e aí estava em um único bairro dessa cidade enorme. Aí aguardava o Projeta Brasil para reparar essa minha falta. Já tinha visto que as paisagens são belíssimas e na telona ficam deslumbrantes. A direção de fotografia é de Adriano Goldman. Sabia que faria muita diferença ver esse filme na telona.
Eu simplesmente adoro o elenco principal João Miguel, Felipe Camargo e Caio Blat. Depois aparece outra atriz que adoro, a Maria Flor. Os três interpretam os irmãos Villas Boas. O filme fala que é baseado em fatos reais, portanto não sei o que é ficção ou realidade. Em busca de aventuras eles se inscreveram como peões para medir terras no Centro Oeste. Acabam encontrando os índios e esse encontro muda completamente a vida deles. Jovens, apaixonados, eles acabam ajudando a preservação dos índios e a criação do Parque Nacional do Xingu. Claro, como jovens, também cometeram erros e esse tom realista é que faz o filme mágico. São pessoas com ótimas intenções, com grandes feitos, mas imperfeitos. Julgá-los pela imperfeição é querer encobrir ou atrapalhar o que desejavam fazer para proteger os índios.
Os índios atuam brilhantemente. Fábio Lago e Augusto Madeira estão também no elenco. A trilha sonora de Beto Villares é linda, as cenas com os índios apaixonantes, é um filme belo e maravilhoso! No final mostram fotos e trechos de vídeos dos Villas Boas, fiquei impressionada com as semelhanças e caracterização dos atores que os representaram! Xingu ficou em terceiro lugar no Festival de Berlim e ganhou Melhor Fotografia no Festival Contigo de Cinema.