Assisti A Hora Marcada (2001) de Marcelo Taranto no Canal Brasil. Comecei a ver por um acaso, zapeando, vi esse filme começando e fiquei pra ver. Vi realmente pelo elenco que é incrível, foi esse o único motivo que me fez ver até o fim. O protagonista é o ótimo Paulo Gracindo Jr.. Ele está em uma festa e nessa festa já conhecemos os ótimos atores do elenco. Ele é um sedutor, vai seduzir mais uma bela mulher que lê sua mão e diz que ele irá morrer dali há 7 anos.
Sete anos se passam e o suspense começa debatendo principalmente o tema da morte. No elenco ainda estão: Esthér Goes, Cássia Kiss, Othon Bastos, Tonico Pereira, Osmar Prado, Beth Goulart, Joana Medeiros, Odilon Wagner e Fábio Assunção.
Terminei de ler A Queda (1956) de Albert Camus. Comprei esse livro em um sebo por R$ 10,00. Não é o dessa capa, é de uma edição do Círculo do Livro. Eu adoro esse autor e esse não tinha lido. O estilo lembrou Memórias do Subsolo de Dostoiévski. Isso não é uma análise técnica, só uma impressão informal de estilo. Ambos são os pensamentos, muitas vezes filosóficos, sobre os fatos.
Obra Buquê de Dálias e Livro Branco (1923) de Henri Matisse
O protagonista de A Queda é um homem narcisista e egoísta, palavras que são quase sinônimos, mas juntas refletem bem a personalidade desse homem. Tudo o que ele faz é para conseguir a aprovação da sociedade. Ele faz várias ações de caridade, mais para ficar bem aos olhos dos outros do que pela preocupação com os outros. Incrível como essa prática é atual. Muitas empresas, ou mesmo pessoas atualmente só se engajam em projetos sociais para ficar bem aos olhos dos clientes, da sociedade do que pela preocupação com os seus semelhantes. Alguns inclusive estão engajados em projetos sociais, mas exploram e maltratam os funcionários.
Obra A Ópera Cômica de Édouard Goerg
Vou falar detalhes do livro: Ele sempre ajudava as pessoas pelo seu ego, para que as pessoas o olhassem e o admirassem. Mas quando um homem cai no rio e começa a se afogar em um momento que não há ninguém, o protagonista não faz nada. O livro é todo irônico.
Eu tinha vontade de anotar muitos trechos, quase o livro todo, mas realmente o melhor é ir degustando palavra por palavra. O livro é incrível!
Trechos de A Queda de Albert Camus:
“Meu senhor, posso
oferecer-lhe meus préstimos, sem correr o risco de ser inoportuno?”
“Na libertinagem só se
possui a si próprio; ela permanece, pois, a ocupação preferida dos grandes
apaixonados por sua própria pessoa. É uma selva, sem futuro nem passado, e,
sobretudo, sem promessas nem sanção imediata.” Tanto os pintores como o compositor são franceses como o escritor.
Assisti Longford (2006) de Tom Hooper no HBO Signature. Faz tempo que tento ver esse filme na tv a cabo. É um filme muito interessante, sobre um homem que acredita na fé, que o ser humano, qualquer um, mesmo um assassino, tem o direito de se redimir e de se arrepender. É um olhar que chega até a ser tolo, inocente demais, mas não há como não tentar pensar sobre esse olhar dele. Adoro a Samantha Morton, umas das atrizes atuais que mais gosto, a complexidade de suas interpretações são fascinantes. Ela interpreta uma jovem, que junto com o seu namorado, tortura, abusam sexualmente e matam crianças. No próprio julgamento o namorado assume que foi a obsessão de sua namorada que a fez aceitar tudo, por amor a ele.
Acreditando nessa versão, esse homem de fé comete vários erros, não só de análise, mas de procedimento. A detenta pede livros e o primeiro que ele envia é sua autobiografia. Sabemos o quanto mentes perversas manipulam, e essa presidiária teve a mão tudo o que precisava para manipular esse homem para atender aos seus objetivos, conseguir liberdade condicional. É interessante que o namorado chama esse homem. Esse assassino é mais agressivo, menos doce e sedutor, então o homem de fé logo se antipatiza com ele, em vez de analisar friamente que o outro não o seduziu e que o outro tinha a dizer. Muitas fichas de detentos que fizeram atos abomináveis, em geral, na prisão, são os mais simpáticos, solícitos, colaborativos, companheiros, muitas vezes levam o título de presos exemplares. Isso não significa arrependimento, bom comportamento quando estiver sem a vigilância do estado. Esse senhor de fé é interpretado por Jim Broadbent. A esposa por Lindsay Duncan. O namorado assassino por Andy Serkis. Longford ganhou Bafta de Melhor Ator, Melhor Edição e Melhor Roteiro.
Assisti O Favorito dos Bórgias (1949) de Henry King no Telecine Cult. Vi pelo controle remoto que à tarde ia passar esse filme, achei que seria uma ótima opção para assistir em família, acertei. Vimos, eu, minha mãe e minha irmã, gostamos muito. O 007 também já tinha visto e gostado. Passa com uma certa frequência no canal. Orson Welles interpreta o Bórgia. Ele envia um jovem do seu feudo para trair o duque de outro e casar com a esposa para somar ao seu império. Bórgia foi outro lunático da história que só queria conquistar, eu me pergunto pra que tanta terra.
Tyrone Power interpreta o jovem rapaz, a moça que ele tem que conquistar é interpretada por Wanda Hendrix. O Judas é interpretado por Everett Sloane. Era logo depois que o cinema teve som, as interpretações ainda lembram o cinema mudo, com suas expressões exageradas. Minha irmã comentou que esse diretor trabalhou em muitos filmes mudos. Engraçado ler no início um aviso que quase todas as cenas foram feitas em lugares históricos na Itália. Hoje é tão comum utilizar locais históricos, imagino o quanto esse filme deve ter custado e a dificuldade pra fazer as cenas. A fotografia de Leon Shamroy é belíssima, os lugares também.
Assisti a Abertura das Olimpíadas 2012 na TV Record. Estava desligada com o evento, zapeando vi a chamada dizendo que logo mais iria começar. Chequei o horário e deixei a TV Record ligada. Antes de começar vi esse gramado da foto e as pessoas, com roupas antigas, em atividades cotidianas de vilarejos, estendendo roupas, jogando futebol, brincadeira das fitas e comecei a ficar encantada. Parei para ver. Ouvi que eram voluntários que se ofereceram pra atuar. Logo depois carruagens entraram no campo e trouxeram o ator Keneth Branagh vestido como antigamente e ele declamou um trecho de A Tempestade de Shakespeare. Então esses voluntários começaram a enrolar o gramado e sair do campo. Começou a aparecer então um cenário cinza e chaminés subiam. Era a Revolução Industrial. Que precisão, que cronologia. Crianças de três corais dos três países que formam o Reino Unido começaram a cantar.
Outro momento mágico foi o dos contos de fadas. O Reino Unido é muito conhecido por seus famosos autores de histórias infantis, eu e minha mãe inclusive vimos um filme sobre uma autora. Para retratar esse mundo mágico, crianças chegavam em camas hospitalares, já que o sistema público de saúde da Inglaterra é invejável. E voluntários vão ao hospital ler as histórias infantis. Começaram então a aparecer os monstros que tanto assustam as crianças nas histórias infantis, e para salvar as crianças do medo surgiram voando muitas, mas muitas Mary Poppins. A abertura também mesclou filme e apresentação. Daniel Craig interpretou em um filme o 007, indo buscar a Rainha para a cerimônia. Como são lindos os cachorrinhos reais. Foi lindo o momento de acender a Pira Olímpica e a criatividade na criação da pira.