No início até achei um pouco estranho uma coincidência que ficamos sabendo depois, mas o livro fala muito de obsessão, a família é obsessiva, parece que ficaram ancoradas no navio relatado no livro. A obra fala do naufrágio do navio Wilhelm Gustloff. O protagonista acaba descobrindo que o nazista do blog é o seu filho, ele é um pai ausente, tenta avisar a mãe e a ex-mulher, mas as duas criticam que ele é ausente. Fiquei chocada o quanto essa família não percebe que é a responsável pela obsessão do neto. Quando o filho mata o judeu e vai para a prisão, o pai leva de presente a foto do judeu de um jornal e a avó uma réplica do navio. Eles alimentam a obsessão, mas se questionam o tempo todo porque o neto chegou a isso. Não percebem o quanto são responsáveis pela obsessão do neto pelo nazismo e pelo navio. A loucura é tanta que a avó praticamente transfere e história do filho para o neto e como a relação com o filho é difícil, parece ignorar os fatos históricos e a sua existência.
Há várias fotos e relatos do navio Wilhelm Gustloff
na internet e o autor conta bastante sobre esse naufrágio. Inclusive o protagonista diz que foram mais mortes que o Titanic. O autor menciona um filme sobre o naufrágio e diz que como o filme do Titanic, prioriza o romance, mas que de qualquer forma o do navio Gustloff é mais realista. Esse navio era é de luxo, só que na Segunda Guerra saiu da Prússia com alguns soldados, mas muitos fugitivos da guerra, muitas mulheres e crianças, mais de 4 mil crianças, há números aproximados que o navio levava mais de 10 mil pessoas. Para caber mais fugitivos diminuíram o número de botes salva-vidas. Um submarino russo avista luzes no navio e atira, está muito frio e muitos morrem só com o choque térmico do calor das explosões do navio e da água gelada.O naufrágio aconteceu no final de janeiro de 1945. Eu nunca tinha ouvido falar desse navio e desse naufrágio.
Obra de Hans Hartung
Primeira frase de Passo de Caranguejo de Günter Grass:
“-Por que só agora? – perguntou alguém que não sou eu.”
Beijos,
Pedrita
Günter Grass foi um dos últimos laureados do Nobel que li,Die Rattin traduzido literlamente para Portugal como "A ratazana". Forte, obsessivo, com todos os medos que caracterizaram os anos 70 e mistura coisas reais com um futuro negríssimo... talvez seja uma marca do autor.
ResponderExcluirNossa que pesado!!
ResponderExcluirInteressante... eu comecei o ano com a proopsta de ver mais filmes nacionais e ler mais também, vou tentar, tem uma lista de livros que quero ler
bjo
Olá, tudo bem? Eu finalmente assisti ao filme Tropa de Elite 2 kkk.. Também vi o belíssimo filme A Superma Felicidade, do Jabor.. Só achei o fim cortado demais... Você já comentou algo no blog? Bjs, Fabio www.fabiotv.zip.net
ResponderExcluirBrabissimo!!! Acho que eu nao teria coragem de ler. Quando vi o filme O Tambor, fiquei hiper chocada.
ResponderExcluirBJOS!
geocrusoe, os livros dele devem ser todos pesados.
ResponderExcluirgammelo, ler é uma constante, sempre que termino um livro leio outro. os menores obviamente leio mais rápido, então dá uma média de 1 livro por mês.
fabio, não vi nenhum dos dois, quero muito ver a suprema felicidade.
camille, quero ler o tambor, mas pelo menos esse eu conheço a história pq vi o filme.
É um critério interessante este, ler pelo menos uma obra de cada prêmio Nobel. Vou fazer um levantamento de quantos nobéis já li. Mas imagino que deva haver uma premiação literária de maior credibilidade do que este tipo de "Oscar".
ResponderExcluirConvido você a conhecer o meu blog:
www.panoticum.blogspot.com