domingo, 21 de dezembro de 2014

Bling Ring

Assisti Bling Ring (2013) de Sofia Coppola na HBO. Eu queria muito ver esse filme, tentei inclusive ver nos cinemas, mas não consegui. Foi muito elogiado e eu adoro essa diretora. O olhar dela sobre o interior do ser humano, principalmente o ser humano vazio é impressionante. É baseado no livro de Nancy Jo Sales e livremente inspirado em uma gangue que assaltava casas de celebridades que invejavam.

São garotos de uma certa posição social, classe média com bons recursos, não a do Brasil. Eles vivem em casas grandes, estudam em um bom colégio, um colégio que recebe alunos expulsos. O que mais me assustou é a falta de opções e assunto dessa turma, muito atual. Só falam em marcas, em beleza, obviamente em um padrão de beleza imposto e em celebridades. Assustador como olham algo em alguma revista ou casa e sabem exatamente qual marca é, como se isso tivesse alguma importância.

Essa loucura por celebridades, como se isso desse significado a alguma existência. Fúteis, com famílias fúteis. Em uma família, quiseram que elas estudassem em casa, e a base de ensino foi o livro O Segredo. Tudo simplista, medíocre. Eles não tem outro assunto. Todos estão ótimos: Katie Chang, Israel Broussard, Emma Watson, Claire Julien, Taissa Farmiga, Georgia Rock, Leslien Mann e Carlos Miranda. Fazem participações como elas mesmas Paris Hilton e Kirsten Dunst.

Começa com um casal entrando em casas. Ele tem baixa estima, de repente se vê valorizado, respeitado, parte de um grupo. Ele não se acha bonito e nessa sociedade que só valoriza um único tipo de beleza, imagino como ele devia se sentir excluído. Ela gosta do desafio. Quando uma celebridade avisa na mídia que vai viajar, eles entram na casa deles. Invadiram várias vezes a casa da Paris Hilton e saíam com objetos. O grupo começa a aumentar. Usam algumas peças, outras guardam como troféus. O que querem é se exibir, então postam fotos nas redes sociais dentro das casas, com dinheiro na mão, objetos. Querem ser celebridades também. O culto ao nada, a futilidade, ao que não tem significado algum. Lembrei das entrevistas com integrantes dos Rolezinhos no Brasil, onde todos os jovens da periferia e de família pobres gastavam rios de dinheiros em pequenos objetos de marca.

Beijos,
Pedrita

12 comentários:

  1. Olá, Pedrita!
    Esse filme quero muito ver. Muita gente comentou e a Sophia Coppola é ótima diretora.
    Feliz Natal para você.
    Big Beijos
    Lulu on the Sky

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  2. Esse filme é genial!! A loucura por celebridades e pela aparência nunca foi tão bem retratada.

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  3. Pedrita, eu tenho medo exatamente desse tipo de pessoas, de midia e de como a pobreza se espelha neles......
    Sim lhe respondi no abrkdbra.....
    e fala : está gostando da garota paquistanesa? ainda bem que ela não morreu. Viu o massacre numa escola de lá? muito triste....

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    1. fatima, esse filme retrata muito bem essa loucura. estou gostando do livro da malala. muito triste.

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  4. Olá, Pedrita.
    Confesso que dessa vez o filme não me chamou tanto a atenção, infelizmente. Acho que não é meu tipo de filme =/

    M&N | Desbrava(dores) de livros - Participe do nosso top comentarista de dezembro

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    1. creio que não dê para saber se é o tipo de filme de alguém sem assistir. muito atual.

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  5. Olá, Pedrita,

    Estava com meu marido na sala de TV quando apareceu o anúncio da próxima atração, que era este filme. Ele perguntou: sabe do que se trata? Eu respondi: é a estória de uns jovens vazios e consumistas, fissurados em celebridades, que eles acabam roubando. Ele disse: vou mudar de canal já, e assim fez, rsrs. Mas eu veria este filme, até como um estudo dos fenômenos sociais. Também sou fã da Sofia Coppola.

    Um beijo e votos de que o seu Natal seja maravilhoso!

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  6. Pedrita, conheci, na TV umas dessa moças que estava respondendo a processo. Ela era filha de criação de uma família de bom padrão financeiro.
    Uma das casas assaltados, foi de Orlando Bloom.

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