Assisti O Segredo dos Diamantes (2014) de Helvécio Ratton no Canal Brasil. O roteiro é de L. G. Bayão. A fotografia é de Lauro Escorel. Eu vi o nome desse filme na programação, li a sinopse e coloquei pra gravar. Bem depois fui assistir. É um filme juvenil de aventura, bem bonitinho. Uma graça os três atores protagonistas Matheus Abreu, Rachel Pimentel e Alberto Gouvêa.
A família viaja para visitar a avô no interior de Minas Gerais só que sofrem um acidente na estrada. O garoto não se machuca, mas quer conseguir dinheiro para seu pai poder ser operado. Achei essa trama um pouco pesada. Mas a trama da aventura é muito bonitinha. O pai e o tio de garoto tinham um caderno com tudo o que investigarem de uma lenda de diamantes. Surge uma nova pista, um homem simples da cidade acha um baú. O trio consegue ler o bilhete do antigo padre que tinha os diamantes, padre que casou e começam a investigar.
Rui Rezende interpreta um parente distante do padre. Dira Paes a mãe do menino que aparece pouco. O tio é interpretado por Rodolfo Vaz. A avó por Manoelita Lustosa. O pai por Nivaldo Pedrosa. O filme é realizado na linda cidade de Sabará.
Ouvi o CD Dances From The New World (2013) do Duo Assad com a participação do clarinetista cubano Paquito D´Rivera. O Duo Assad é formado pelos grandes violonistas irmãos Sérgio & Odair Assad. Que repertório lindo! Começa com a linda obra de PixinguinhaUm a Zero. Segue uma linda obra do argentino Abel Ramirez, Alfonsina y el mar.
Há duas obras do Paquito D´Rivera, Afro e Dizzyness. Gosto muito do compositor Alberto Ginastera, e dele interpretam Malambo. Depois uma obra de um compositor que não conhecia, Virgilio Exposito, Vere de mi. Esses dois últimos são argentinos.
O trio segue com uma obra do Ernesto Lecuona, La Conga de la Media Noche, adoro esse compositor cubano. Do Altamir Penha, Nós e o Rio. De Ary Barroso, Aquarela do Brasil. De Angel Villoldo, El choclo, mais um músico argentino. Segue com o cubano Rey Guerra e a linda obra Trialogo. Adoro a música do paraguaio Agustín Barrios, dele interpretaram Danza Paraguaya. O CD termina com a obra do cubano Eliseo Grenet Sánchez,Drume Negita. Belo CD.
Assisti Twixt (2011) de Francis Ford Coppola no Telecine Cult.Eu não sabia da existência desse filme, coloquei para gravar e vi depois. É estranho, no Brasil está como Virgínia. Eu adoro esse gênero, mas esse filme é esquisito. Sei que o diretor é importante, mas o filme ficava melhor no Telecine Touch, é muito fraquinho e ruinzinho.
Val Kilmer interpreta muito mal um escritor em decadência. Mais canastrão que nunca, se isso é possível, ele segue há uma pequena cidade para fazer o lançamento de seu livro de bruxarias. Ele só vende para o xerife que na verdade quer escrever um livro. Ele vem vindo de cidade em cidade, alcoolatra, em decadência, tem uma mulher insuportável. Ele já vendeu muito do seu primeiro livro, mas agora não escreve nada que preste e depois da morte da filha só bebe. Essa mulher insuportável só grita com ele pelo computador que ela tem contas pra pagar e ele não escreve nada. Não entendi porque ela não vai trabalhar já que o problema é financeiro. Não entendi porque é o marido que tem que trabalhar sozinho. Incompetente ela.
Logo no início eu já adivinhei o final e fiquei bem irritada de descobrir que tinha acertado. Nessa cidade uma adolescente foi morta. O escritor não quer ver o rosto mas eu já adivinhei quem estava ali. Essa ausência de mistério piora o filme ruim. Quando ele dorme ele passa a sonhar e aí o filme é preto e branco e ele passa a ver o que aconteceu no passado.
O que mais me irritou é que nessa cidade é a aparição de Edgar Allan Poe. Ele tinha ido a cidade para desvendar esses mistérios e não conseguiu. Até aí, tudo bem. O problema mesmo é que o Edgar Allan Poe aparece e começa a ter conversas com o escritor. Nunca vi nada tão ridículo. O ator consegue estar mais canastrão que o protagonista e é interpretado por Ben Chaplin. A menina é a linda Ellen Fanning. O xerife por Bruce Dern. A esposa folgada por Joanne Whalley. O pastor por Anthony Fusco. O policial por Bruce A. Miroglio. A turma do lago que recita Baudelaire também é de chorar. Não entendi porque não ganhou nenhum Framboesa de Ouro.
O trailer é bem lento, o filme é arrastado também.
Terminei de ler Na Escuridão, Amanhã (2013) de Rogério Pereira da Cosac Naify. Nunca tinha lido nada desse autor, gostei muito. E essa capa é maravilhosa. É sobre uma família disfuncional que vai derretendo, desaparecendo. Antes do livro começar o autor coloca uma bela frase de José Luiz Peixoto que já prenuncia o que virá.
Obra de Alice Yamamura
Aos poucos as pessoas vão embora, a mesa vai esvaziando, a mãe continua escolhendo muito feijão, não percebe que não há mais tanta gente pra comer. É uma obra triste, sobre violência, abandono.
Assisti A Religiosa (2013) de Guillaume Nicloux no Telecine Cult. É baseado no livro de Denis Diderot que li faz muito tempo, acho que de alguma biblioteca. É sobre uma jovem e a impossibilidade de escolher o seu destino. Enquanto ela tocava piano ela é cortejada por um rapaz. Pelo rigor e medo da época, ela mente a mãe o possível interesse e diz que sempre pensou em ser religiosa. Ela se vê então nessa arapuca. Quando ela tenta se desvencilhar do fardo de fazer os votos, é persuadida pela mãe que conta a sua real história.
Só um convento a aceita de volta, ela tinha desistido dos votos na cerimônia. Essa jovem é bem religiosa, ela não conseguiu fazer os votos porque não conseguia mentir a deus. Ela retorna ao convento de onde saiu e onde adorava a madre superiora, mas a madre morre, outra madre é eleita e começa toda a sorte de infernos a essa jovem. A madre, sádica, adora provocar o sofrimento as pessoas, torturas. A protagonista consegue então que alguém leve fora do convento o pedido de anulação de votos por um advogado que não consegue, mas consegue que ela seja transferida.
Ela passa a ter uma vida melhor, não passa mais frio e fome, mas começa a ser assediada sexualmente pela madre superiora. Ela, em confissão, conta ao padre. Depois de um tempo ela consegue ajuda para fugir. Mais uma trama que mostra a sordidez de muitos religiosos. Sobre a quantidade de religiosos por falta de opção, por extrema pobreza, preferem o convento a miséria, mesmo sem nenhuma vocação religiosa. A maldade das religiosas, do poder. E a coragem dessa personagem que não se curva mesmo sendo o tempo todo torturada. Essa obra mostra a hipocrisia das instituições religiosas. A mãe fala que a filha não conheceu a miséria e acha sinceramente que a filha estará protegida no convento, mas ela não tem ideia da crueldade que existe atrás daquelas paredes onde o silêncio é a principal regra.
Incrível a interpretação da jovem atriz belga Pauline Etienne. Impressionante a entrega da Isabelle Huppert na madre superiora lésbica. A madre superiora que a religiosa adorava é interpretada por Françoise Lebrun. A sádica por Louise Bourgoin. O padre que a ajuda por Fabrizio Rongione. O bispo por Marc Barbé. Há um outro filme na década de 60 sobre essa obra. Diariamente eu olho os filmes que vão passar, se algum me interessa coloco para gravar como fiz com esse.