sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O Ataúde do Morto-Vivo

Assisti ao filme inglês O Ataúde do Morto-Vivo (1969) de Gordon Hessler no Telecine Cult, baseado na obra de Edgar Allan Poe. Era uma noite sem opções e eu não estava muito afim de ver esse filme. Gostei, mas a base do tema é bastante preconceituoso. O filme até conserta um pouco mais pra frente, mas é um remendo mal feito. Começa em uma tribo africana, onde nativos fazem uma cerimônia "selvagem". Me incomodaram as frases sobre a África e o estigma de que os negros são selvagens e só fazem magia negra. Vem o letreiro e aí o filme vai para outro país, o "civilizado". São daqueles filmes com baixos orçamentos, poucos cenários e quase nenhum figurino. O diretor tenta inovar fazendo um recurso de câmera onde nós somos o homem olhando o que fazem com ele. Até é interessante, mas as interpretações são sofríveis.
Me diverti com as cenas externas. São poucas, mas há algumas. Nosso protagonista, o divertido Vincent Price, que já tocava piano nesse filme antes de Mr. Phibes, passeia em dias diferentes com sua amada. Quase todas as cenas são à noite, mas como a jovem "donzela" é bela, as cenas são filmadas a luz do dia para contrapor com todo o horror do filme. Então nos praticamente três dias que filmam o casal andando nos "campos", ela está com o mesmo casaco e o mesmo vestido. Idem o protagonista e todos os outros do elenco. Todo mundo usa no filme todo o mesmo figurino. Muito divertido!

Fiquei curiosa em saber porque quase todo o elenco masculino é de meia-idade. Fiquei pensando se teria a ver com o baixo orçamento. Pegar atores afastados que cobram cachês mais baixos. O engraçado é que apesar de estarem na meia-idade as moças são sempre atrizes jovens e belas que se casam com esses homens de meia idade. Mais um preconceito do filme. Como vocês vêem na foto, Christopher Lee está no elenco. Ele e o Vincent Price são os únicos atores conhecidos. Todos os outros são bem desconhecidos: Alister Williamson, Rupert Davies, Harry Baird e Peter Arne. São bem bonitas as jovens atrizes: Uta Levka, Sally Geeson e Hilary Heath.

Beijos,

Pedrita

7 comentários:

  1. Às vezes me pego rindo dos erros que encontro nos filmes hehehehe.
    A sua bonequinha está o máximo hoje! Ela já tem namorado? hehehehehe...

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  2. Olá Pedrita!
    Ficámos mesmo curiosos àcerca deste filme, até fomos ao imbd saber mais sobre o cineasta:)
    Conhecemos os filmes do Roger Corman baseados em livros do Edgar Alam Poe, mas este é para nós uma novidade.
    Vincent Price é um exelente actor muito pouco esquecido já que passouuma vida a navegar no género de terror. Mas aqui fica uma recomendação de um filme fabuloso com ele: "Laura" de Otto Preminger em que ele nos oferece uma prsonagem digna de nota máxima. E claro há semre aquele filme a brincar com o ´terror, intitulado "O Gato Miou Três Vezes" do Jacques Tourneur uma verdaeira enciclopédia do género.
    Beijinhos e bom fim-de-semana.
    Paula e Rui Lima

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  3. Boa Tarde Pedrita e obrigada pela visita!!!

    Acredito que você vai apreciar muito...
    Já puxei pela NET para poder ver o início e o final, meu Anjo não aguentou algumas cenas - engraçado... para filmes de ações eles são tão fortes, mas quando é algo que "as máscaras" da sociedade vai se "derretendo" - aí o assunto muda de figura - já percebi que filmes intimistas não será muito viável para nossa programação..
    Segunda tem Promoção no Cinemark para Filmes Nacionais..
    Beijinhos

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  4. Price foi um dos "ex-libris" do cinema de terror, como Boris Karloff antes, e Peter Cushing ou Christopher Lee depois.

    E foi pena ter-se dedicado em exclusivo a este género, porque era um excelente actor que poderia ter tido êxito igual em outros tipos de filmes.

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  5. Li a sinopse no site do Telecine e me interessei, só que ainda não consegui assistir.

    Eu também não gostei de The King, tive que fazer um esforço para ver até o fim. Achei estranho tantos elogios para esse filme.

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  6. aqueta, tb me divirto. a protagonista aparecia com um vestido parecido.

    paula e rui, a direção não é o melhor desse filme, talvez por isso vincent price não estivesse em sua melhor forma. eu adorei laura. o outro anotei.

    roseli, não devo conseguir ir ao cinema na segunda.

    ana maria, the king me pareceu uma farsa. há erros enormes, como uma cidade pequena não reparar que o moço saía constantemente com a menina. e não avisar o pai, que era o líder religioso da cidade. irreal.

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