quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O Vale dos Demônios

Terminei de ler O Vale dos Demônios (1955) de Czeslaw Milosz. Minha irmã que me emprestou esse livro, ela comprou em um sebo e é só assim é que é possível comprar essa obra em português. Não se acha essa obra no nosso idioma nas livrarias, só em sebos, há inclusive nos sebos virtuais. Esse que li é da Francisco Alves, exatamente esse dessa capa. Czeslaw Milosz é um ganhador de Prêmio Nobel de Literatura em 1980. Alguns de vocês lembram que eu e minha irmã resolvemos ler ao menos um livro de cada vencedor. Não só lemos essas obras, mas tentamos encaixar em nossas leituras periodicamente obras de ganhadores de Nobel. Esse autor é polonês e é mais conhecido por suas poesias. Há um site no Brasil com alguns poemas em português. Há inclusive uma biografia do autor lá. Czeslaw Milosz nasceu na Polônia, lutou na Segunda Guerra Mundial contra os nazistas, mas depois se desiludiu com o comunismo, pediu asilo e viveu na França. O Vale dos Demônios foi publicado em Paris.

Obra Cubo nº 1 de Piotr Kowalski

O estilo de Czeslaw Milosz é bastante poético, suas frases são recheadas de palavras, mas seu texto é denso e desiludido. O protagonista não tem bons sentimentos. Pelo o que me recordo é o segundo livro que leio que há capítulos e capítulos com técnicas de caçadas. Confesso que tenho bastante dificuldade em ler algo que fale na melhor forma de você matar um animal. Czeslaw Milosz faz muitos paralelos da maldade humana, dos nossos demônios.

Obra de Wojciech Kossak

Primeira frase de O Vale dos Demônios de Czeslaw Milosz:

“Devo começar falando do País dos Lagos, o lugar onde viveu Tomás.”










Tanto os artistas plásticos, como o compositor são poloneses.

Beijos,
Pedrita

6 comentários:

  1. Ex-comunistas geralmente são pessoas interessantes e que muito a dizer.

    ResponderExcluir
  2. Parece que obras mais antigas aí em S Paulo só se encontram em alfarrabistas, por cá isso também não é raro, embora haja por vezes reedições de obras importantes menos recentes.
    Mas também é fácil encontrar esses livros em bibliotecas públicas que cedem os livros às pessoas lá inscritas. Aí não existe esse tipo de serviço?
    Quando criança a grande maioria dos livros que lia eram da Gulbenkian que ia passando pelas aldeias com uma biblioteca itinerante para emprestar livros por 15 dias (podia-se renovar).

    ResponderExcluir
  3. Hoje li no blog de uma amiga que depois da internet e do blogue, a leitura passou para segundo plano. Acho que comigo aconteceu o mesmo, mas você tem me incentivado e apesar de não conseguir ler toda hora, com você faz, estou tirando um tempinho só pra ler, parece que etou pegando gosto outra vez. Estou lendo A arte de perder, do Michael Sledge e Bilhete Seco, contos da Elisa Nazarian. Ainda estou no começo, depois te conto se gostei. Beijo!

    ResponderExcluir
  4. enaldo, acho que artistas talentosos produzem bem sempre independente de suas escolhas. acho q a arte só perde qd escolhem transformar as obras em algo panfletário. mas tb se forem bons artistas, talvez nem assim percam qualidade.

    geocrusoe as bibliotecas no brasil, há alguns sim. na maioria com livros mais antigos. não temos muitas bibliotecas com obras raras. em geral circulam com praticamente os mesmos livros. eu fui sócia de várias. infelizmente uma melhor delas, q tinha muito livro raro e recente foi desativada. perto de casa atualmente acho q não há nenhuma. tem uma mais ou menos perto, mas é bem fraquinha.

    anamaria, eu levo os livros onde vou e fica sempre ao lado do computador, então acabo lendo com mais regularidade.

    ResponderExcluir
  5. Pedrito, tô achandoi legal esse desafio seu e da tua irma de lerem um livro de cada vencedor de um prêmio.

    Acredito que se aprende muito sobre outras culturas e como os personagens vivem e sobrevivem determinadas épocas.

    Bjao

    ResponderExcluir
  6. georgia, eu e minha irmã achamos q precisávamos conhecer ao menos uma obra de cada vencedor. eu adoro ler livros de países diferentes. variar bem épocas, países, estilos pra aprender mais.

    ResponderExcluir

Cultura é vida!