quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

Trama Fantasma

Assisti Trama Fantasma (2017) de Paul Thomas Anderson no TelecinePlay. Não tinha muita vontade de ver esse filme que recebeu muitas críticas negativas. Realmente não é um grande filme. Amo esse diretor, mas esse filme é muito arrastado. Fala de pessoas neuróticas que quando contrariadas passam do ponto. E não falo da Alma e sim do trio, os dois irmãos e a intrusa.

O irmão é dessas pessoas arrogantes que acham que o mundo existe para eles. Ninguém pode atrapalhar o trabalho, é metódico, perfeccionista, mimado,prepotente e insuportável. O entorno todo tem que ser exatamente como ele deseja para o prazer dele. Usa as pessoas conforme as suas conveniências. Ele tem uma relação simbiótica com a irmã que resolve os "problemas" pra ele. As mulheres são como os pratos, a casa, os vestidos, mero objetos. Quando deixam de ter utilidade, a irmã se livra deles.

Alma vem para desequilibrar esse esquema. Igualmente neurótica e perversa, ela vai encontrando meios para ter esse homem dependente dela. Ela faz algo que já li que algumas mães fazem. Quando seus filhos começam a voar e não serem dependentes dela, o fazem doente. Há um nome essa síndrome. O filme dá a entender que o marido percebe, mas que gosta de se deixar ser adoentado, o que costuma acontecer também. Um neurótico sempre precisa do seu contraponto e de outro neurótico que alimente o ciclo. Ok, todos nós somos neuróticos, há vários graus, mas esse trio ultrapassa um pouco o limite do aceitável. No início eu achei que Alma seria diferente e iria desestabilizar pelo diferente, mas ela é doente e neurótica igual aos irmãos. Quando uma mulher bebe demais em um evento com um vestido dele, Alma não tem a mínima compaixão. Arrancam o vestido dessa mulher. Inclusive a irmã do estilista disse que essa mulher que teve o vestido era a dona da casa que ele estava. Eles continuam se achando acima de todos os outros e das dificuldades dos outros. Não tem o mínimo de empatia com as dificuldades dos outros. Verdadeiros monstros. Os dois estão lindíssimo. Vicky Krieps está impressionante. Todos os seus gestos são leves, calculados e pensados. Ela interpreta uma mulher silenciosa e pensativa. Gosto muito de Daniel Day-Lewis, mas o personagem não existe muito. A irmã é interpretada por Lesley Manville.
A fotografia e a trilha sonora são belíssimas. Os vestidos são bonitos, mas é uma época de exageros que não me agradam muito. É muito bacana ver a equipe de costureiras chegando ao trabalho, o perfeccionismo dos trabalhos. O filme é ambientado em 1950.

Beijos,
Pedrita

10 comentários:

  1. Pois eu, mesmo sabendo das críticas que o filme recebeu, quero vê-lo brevemente. E isso por ser fã do Paul Thomas Anderson, que considero um diretor inteligente e inovador.

    Beijoca

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    1. marly, eu tb vi pelo menos motivo. amo o diretor e daniel day lewis. mas é bem mediano. uma pena.

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  2. Hello, querida Pedrita!
    Mesmo não sendo um grande filme e tendo críticas eu o assistira, gosto do gênero.
    Gostei da resenha!

    Beijinhos ♥

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  3. Mesmo com as críticas negativas e não ser um grande filme, tem Daniel Day-Lewis então já está na lista dos desejados para assistir 😁😁
    Bjs Luli
    https://cafecomleituranarede.blogspot.c.br

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    1. luli, é estranho o filme, mas tb vi mesmo com as críticas negativas. pena q se confirmaram.

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  4. Não curto muito esse tipo de filme.
    Big beijos

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    1. lulu, acho que é bem diferente do q parece. mas não vale a pena mesmo ver.

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  5. Gostei do filme.
    Inclusive da Alma, cheia de personalidade e que enfrenta o "chefe"-marido.
    A história mostra um mundo que não conheço e foi bom conhecer.

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    1. liliane, realmente a alma tem muita personalidade. sim, a parte das costuras é legal. mas os estrelismos do estilistas é abuso de poder e de narcisista. nem todos estilistas são tão egocêntricos. alma tinha personalidade, mas era igualmente perturbada.

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