Terminei de ler
Ai de ti, Copacabana! (1958) de
Rubem Braga. Comprei esse livro em um sebo da coleção
Mestres da Literatura Brasileira e Portuguesa por
R$ 12,00. Não é a obra dessa capa. Esse livro pode ser encontrado em qualquer livraria e achei vários novos disponíveis em livrarias virtuais. A faixa de preço é entre R$ 22,94 a R$ 31,00. Eu nunca tinha lido nada desse autor. Gostei demais, seu estilo de escrever é genial, seu humor especial.
Rubem Braga retrata os lugares que viveu, em especial nessa obra,
Chile e
Rio de Janeiro, em crônicas curtas e divertidas. A única questão é que eu não sou apaixonada por crônicas. Tanto que li o livro anterior em paralelo. Sempre que um conto termina eu me frusto querendo mais. E no fim do conto, não consigo ler vários em seqüência. Como gosto de terminar um capítulo e ficar ansiosa pela sua continuidade, li em paralelo uma obra que me desse essa sensação.
Obra
Rio Antigo (1969) de
Di CavalcantiRubem Braga gostava muito da natureza, ressaltava árvores dos seus caminhos, guardava residências não por seus números, mas pela árvore que ornamentava o local. O bom humor é outra característica. Seus textos são sempre muito inteligentes e divertidos. Só me incomodei a sua relação com os animais. Foram as crônicas que não gostei. Era uma relação antiqüada e com a superioridade do homem em relação aos animais que não vemos mais hoje em dia. Gostei muito também de suas crônicas sobre os concursos. Estranhamente parece que pouco mudou nesse segmento da década de 50 para cá. Anotei vários trechos de algumas crônicas, mas Rubem Braga é realmente para degustar.
Obra
Pássaro (1958) de
Aldemir MartinsTrechos de crônicas do livro Ai de ti, Copacabana de Rubem Braga:
A Corretora de Mar
“A mulher entrou no meu escritório com um sorriso muito amável e olhos muito azuis.”
Sobre o amor, desamor
“Ah, os casais de antigamente! Como eram plácidos e sábios e felizes e serenos...
(Principalmente vistos de longe. E as angústias e renúncias, e as longas humilhações caladas? Conheci um casal de velhos bem velhinhos, que era doce ver –os dois sempre juntos , quietos, delicados.Ele a desprezava. Ela o odiava.)”
Na rede
“Mas o sermão é longo, e a mim e ao leitor nos convém que a crítica seja curta.”
Todas as telas são de pintores brasileiros do período que foi lançado o livro.
Música do post: Vinícius de Moraes - No colo da serra
Beijos,
Pedrita
Olá Pedrita!
ResponderExcluirNão conhecemos a obra do escritor Rubem Braga, mas sabemos que a Arte do Conto é uma das mais dificeis de atingir em pleno na literatura, basta ler Borges, Raymond Carver ou Lawrence Durrell para descobrirmos essa bela arte do conto.
Ps- São lindos os quadros escolhidos para ilustrar a crónica.
Beijinhos
Paula e Rui Lima
Não conheço o escritor em causa, aliás descobri quão pouco conheço a literatura brasileira, extraindo Jorge Amado e João Ubaldo Ribeiro, pouco li do brasil, embora presentemente tenha tomado a decisão de com elevada frequência ler um livro de literatura lusófona, pelo que os meus últimos quatro livros em português cobrem portugal, angola e moçambique, pelo que na minha biblioteca já constam obras na língua de camões/pessoa no prelo de leitura, em breve devo dar um salto ao brasil, para começar a explorar esse filão de literatura.
ResponderExcluirGosto de contos e crônicas. E gosto também de Rubem Braga. Tenho dele aquele livro de 200 crônicas.
ResponderExcluirDenise
paula e rui, eu gostei de rubem braga. e achei que as telas ilustravam bem o post por serem pintoras do período que o outro escreveu as crônicas e por ele ser alegre. achei que telas bem coloridas e a do pássaro representariam bem a obra.
ResponderExcluirgeocrusoe, vc consegue ler algumas crônicas do rubem braga na internet. eu gosto bastante de jorge amado e joão ubaldo ribeiro. e gosto muito do angolano agualusa.
dê, achei que a obra é a sua cara
Rubem Braga foi um mestre da crônica. Entre nós, o maior deles. Ou um dos três maiores. E você conseguiu ilustrar muito bem a postagem.
ResponderExcluirAh, Pê! Eu adoro crônicas e contos ^^!
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