Como muitas famílias européias, não há diálogo, não há intimidade. Todos são cheios de silêncios e dificuldade de se relacionar. Há inclusive um claro problema na relação dos irmãos, algo do passado que os distanciou mais ainda. É assustador a forma como os pais reagem ao problema do filho. Nós os vemos duas vezes visitando o rapaz, e uma delas inclusive piorando mais a situação em uma discussão cheia de acusações e mágoas. É muito difícil ver aqueles momentos constragedores em hospitais com familiares praticamente estranhos entre si.
Os dois que interpretam os irmãos arrasam: Bruno Todeschini e Eric Caravaca. Há uma linda canção Safe to sleep alone que toca no final interpretada por Marianne Faithfull.
Youtube: Safe to sleep alone - Marianne Faithfull
Lyric : Marianne Faithfull - Sleep (Album : A secret life)[réminiscence de "Son frère" de Patrick Chéreau, film à voir, d'après le livre Philippe Besson, à lire...]
Não acho que a falta de diálogo dentro da família é algo excluviso dos europeus. Isso pode acometer qualquer família no mundo. Mesmo aqui que as pessoas, aparentemente, são mais expansivas. Lidar com família é complicado, pq não temos escolha. E muitas vezes os que estão ao nosso redor e que são do nosso sangue são pessoas que não nos identificamos e que nos vemos na obrigação de gostar pq são da nossa família.
ResponderExcluirBeijos
marion, é verdade, mas eu acho os europeus fechados demais. nesse caso ele está doente há mais de um ano, ficou internado por 3 meses e ninguém da família sabia. acho assustador tanto silêncio. gritos e sussurros do bergman é parecido. acho os latinos mais expansivos e falantes, e acho que isso ajuda um pouco. mas concordo que há famílias no mundo todo com silêncios demais, não dá mesmo pra generalizar.
ResponderExcluirOlá Pedrita!
ResponderExcluirEste filme não vimos;)
Patrice Chereau é um génio que estende a sua actividade do cinema ao teatro passando pela ópera. O nosso filme favorito é o "Quem Me Amar Irá de Comboio" que vimos em sala de cinema e ficamos esmagados pelo scope e pela forma como filma todas aquelas vidas que se juntam no comboio a caminho do funeral do amigo: uma das grandes obras-primas contemporâneas.
Quanto a este filme se surgir por aqui não iremos perder.
Beijinhos e Bom fim-de-semana
Paula e Rui Lima
Já vi muita crítica boa sobre esse filme na blogosfera, mas ainda não vi. Essa semana eu tive uma experiência mágica de cinema: vi Leonera, do Pablo Trapero, em DVI (com o Rodrigo Santoro no elenco). Vale como recomendação! Gostaria que o Santoro continuasse trilhando mais esse lado sul-americano do que babar o ovo de Hollywood à toa.
ResponderExcluirMídia e Cultura? acesse:
http://robertoqueiroz.wordpress.com
Vi há uns tempos no Telecine. Também gostei muito da forma como trata as relações familiares e os protagonistas são excelentes.
ResponderExcluirpaula e rui, eu amo chereau.
ResponderExcluirana maria, é bárbaro não?
Nunca ouvi falar do filme, mas pelo que disse fiquei entusiasmado e o título da música deu-me arrepios e despertou ainda mais a minha curiosidade.
ResponderExcluirOLá Pedrita
ResponderExcluirtudo quanto é manifestação artística, e porque o é, não tem de ser fácil, tem mesmo de chamar a atenção, despertar, provocar, por isso, por vezes, doi, choca, mas assim cumpre a sua função, já que existe ao serviço dos outros.
Também não vi o filme.
:) beijo
Anotadíssima a dica, Pedrita!
ResponderExcluirBeijinhos @>--
geocrusoe e adriana, acho que vão gostar.
ResponderExcluirteresa, apesar de algumas manifestações culturais sejam indigestas, se são intrigantes, me fascinam. só não curto aberraçõs.