domingo, 28 de junho de 2015

Azul é a Cor Mais Quente

Assisti Azul é a Cor Mais Quente (2013) de Abdellatf Kechiche no Max. Eu queria muito ver esse filme, não consegui ver nos cinemas. Agora estreou na tv a cabo. O nome oficial do filme é La Vie d´Adele, o nome no Brasil é estranho, mas como ficou muito conhecido esse filme por aqui com esse nome, mantive o nome daqui. Foi um filme cultuadíssimo em 2013, não só por gays e simpatizantes, mas por quase toda unanimidade da crítica. Ganhou muitos prêmios. Eu achei que seria um filme sobre tolerância e fui pega de surpresa por um filme sobre a solidão. Fiquei impactada demais, doída demais. A solidão de uma personagem é avassaladora.

Vou falar detalhes do filme: Começa com Adèle adolescente de 16 anos. Ela está em fase de descobertas. Não é mais virgem, conhece um garoto bacana da escola, que a trata muito bem, mas no sexo ela não sabe por quê mas sente falta de algo. Na rua ela vê essa menina de cabelo azul e se encanta. Mas fica tempo sem vê-la. Um dia sai com um amigo gay para um bar gay, sai de lá atrás de meninas e chega em um bar de meninas e reencontra a menina de cabelo azul. Que já é mais velha, está em um relacionamento há 4 anos. Elas se encantam e passam a viver juntas. Elas se separam um tempo depois e começa a solidão avassaladora de Adèle. Adèle nunca contou aos pais o que gosta, que vivia casada com uma mulher, então está afastada de sua família e seus amigos passam a ser os amigos da amiga. Que com a separação se afastam. Na escola ela foi ridicularizada pela insinuação que era homossexual, uma amiga a ofende gravemente porque elas dormiram nuas na casa dela, Então ela não tem também mais amigos da escola. Ela trabalha em uma escola, mas ninguém sabe que ela é casada. Ela vive várias vidas paralelas.

Eu já estava imaginando onde o filme ia chegar e estranhei que não foi o que pensei. Depois lendo da internet descobri que o diretor mudou o final. Realmente o final do livro é mais lógico, aquela solidão toda não cabia em lugar algum, é muito perceptível a solução que a personagem encontrou. Adèle é interpretada maravilhosamente por Adèle Exarchopoulos. Adèle é uma personagem muito complexa, com muitos sentimentos conflitantes. Muito bem também a Emma, a Léa Seydoux. O diretor foi muito criticado na forma como conduziu as cenas de sexo que são muito realistas e intensas no filme, não só as cenas entre mulheres. Que ele exigiu demais das atrizes. Mas é essa veracidade que dá tanta autenticidade ao filme. O diretor é tunisiano e o filme é uma co-produção entre França, Bélgica e Espanha. No Festival de Cannes, La Vie d´Adèle ganhou Melhor Filme, Melhor Diretor, as duas atrizes ganharam prêmio de Melhor Atriz, a primeira vez que um prêmio dá para duas atrizes juntas. César Prêmio para Adèle como Melhor Atriz Iniciante. No Festival de Cinema do SESC, Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Diretor e Melhor Atriz para Adèle. E inúmeros outros prêmios por todo o mundo.

Beijos,
Pedrita

10 comentários:

  1. Não tem jeito, Pedrita, de a gente assistir os mesmos filmes.
    Nem vi esse.
    Mas, por esses dias, vi excelentes dias.

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  2. Um amigo me presenteou com a HQ "Azul é a cor mais quente", eu esperava um romance, o livro é um drama... A história é dolorosa, eu quero ver o filme, mas minha família não é bem tolerante, só a presença da HQ causou estranhamento... então...

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    1. pandora, eu quero ver. eu nunca me incomodei com o estranhamento da minha família. sempre falei no assunto mesmo eles estranhando.

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  3. Aiaiai, no começo do mês eu agendei este filme pra ver, quando começaram as chamadas pra junho. Agora vi que perdi. vou ver na grade a próxima exibição, rsrs.

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  4. Pedrita, pulei este post. Ainda não vi o filme e quero assisti-lo. Depois que eu assistir, volto aqui leio tudo, tá? Beijos

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    1. patry, melhor não ler mesmo pq falei muito. assista. mas é triste demais.

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  5. Esse filme me decepcionou um pouco. Assisti esperando mais. Agora, lendo o seu post, fiquei com vontade de rever.

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