Judi Dench interpreta Philomena Lee. Quando seu filho faz 50 anos é que ela resolve contar a filha a sua história. Aos 16 anos ela engravidou, seu pai a internou em um convento. As freiras faziam de tudo para as adolescentes sofrerem pelo o seu pecado mortal de terem se entregue a luxúria. Não davam assistência ao parto, nenhum médico ou parteiro. As próprias freiras que não entendiam nada de partos e bebês é que ajudavam essas adolescentes, muitas morriam juntos com os seus bebês após um sofrimento atroz, para que pagassem pelos seus pecados. Freiras monstruosas, vergonha da igreja católica. Isso quase acontece com Philomena, mas a freira volta ao parto desesperada, na intuição e vira a criança. Já que as freiras recusaram chamar um médico. Por sorte deu tudo certo. As adolescentes só podiam sair do convento pagando um dinheirão, então ficavam lá em cárcere privado. E as freiras colocavam as crianças para a adoção. Uma hora por dia as mães podiam ver as crianças. Philomena quer então encontrar o seu filho, ela já tentou várias vezes sem sucesso.
Agora surge então outro elo dessa trama. A filha horrorizada conta a um jornalista. Ele é interpretado por Steve Coogan, Essa parte também é incrível. Esse jornalista tinha sido um grande jornalista de televisão. Como acontece com muitos, ele fica arrogante. O poder subiu a cabeça como sobe em muitos. Ele caiu em uma armação de outro jornalista carreirista que distorce as palavras desse jornalista que é demitido e perde a sua credibilidade. Ele é arrogante com essa jovem que o procura. Até entendo. A imprensa usa e abusa de histórias pessoais, encontros entre pais e filhos com anos de distância para um sensacionalismo barato e vulgar. Ele não concorda com esse jornalismo e não aceita. Mas depois repensa, ele está tão pra baixo, sem trabalho. Quando ele vai ouvir a história de Philomena descobre que a trama não é só um encontro entre mãe e filho e sim uma história sórdida, ocultada da igreja católica e ele começa a ajudar a Philomena.
Não há como aceitar o que as freiras fizeram no passado, é compreensível, não aceitável, mas dá pra entender. Era a época da palmatória nas escolas, dos castigos violentos, de espancamentos em crianças para corrigir, de trabalho infantil. O que mais assusta nessa trama é o que as freiras fazem hoje para encobrir seu passado hediondo. Era medonho o que fizeram mas era dentro de uma lógica da punição, da mulher como única culpada de seus pecados. O pai abandonar a filha grávida em um convento já é monstruoso, mas era cultural. O que as freiras fizeram hoje é inadmissível. Elas negavam as essas mães e aos filhos de se reencontrarem. Falaram ao filho moribundo da Philomena que não tinham como encontrar a mãe dele, sendo que ela ia regularmente ao convento tentando informações, falaram para essa senhora que não sabiam do filho o que era uma mentira. Queimaram os arquivos que auxiliariam as buscas. E as freiras do passado não eram somente monstruosas, eram gananciosas. Elas vendiam as crianças por valores absurdos para pais americanos interessados. Medonho! Faturavam em cima dessas adolescentes e crianças na forma mais nojenta do capitalismo, e iam rezar depois sem culpa alguma. Que vergonha!
A relação desses dois é muito interessante. O jornalista era das grandes esferas, não lidava com o cotidiano de seus entrevistados. Ele tem que lidar com uma senhora que lia livros melosos, tinha um universo mais restrito. Uma fofa! Ele lia grandes obras, é intelectual. Philomena acaba autorizando que ele escreva essa história que agora quero ler. Ele queria na verdade escrever livros sobre a Rússia, que acaba escrevendo posteriormente. O auxílio dele nesse processo é fundamental. Como jornalista ele sabia ir conversando com as pessoas por onde passava, foi aí que ele descobriu que vendiam as crianças para os Estados Unidos. E foi os Estados Unidos que forneceram os arquivos. Só poderiam fornecer a mãe, e eles foram juntos para o país. No final contam que muitas mães ainda estão buscando os seus filhos. Mas eu imagino que ele colocar essa história ao conhecimento público tenha ajudado um pouco. Alguns outros do elenco são: Sophie Kennedy Clark, Mary Winningham, Barbara Jefford, Ruth McCabe, Peter Hermann e Sean Mahon. Philomena ganhou vários prêmios como Bafta de Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Atriz para Judi Dench no prêmio da crítica de Londres, no Festival de Veneza, Melhor Roteiro, no Filmes sobre Mulheres, Melhor Atriz para Judi Dench e Melhor Filme sobre Mulheres.
Beijos,
Pedrita
Eu vi esse filme Pedrita, eu ja nao gostava da igreja catolica antes de ver esse filme imagine depois de ver!
ResponderExcluirfatima, escrevo o mesmo: "eu ja nao gostava da igreja catolica antes de ver esse filme imagine depois de ver!"
ExcluirRecentemente uma arqueologa pesquisando em um sitio, encontrou 800 esqueletos de bebes num espaço circular que pertence a um convento catolico, na Irlanda catolica. Esse espaço eh um cemiterio que as madres usaram para enterrar os bebes cujas maes tinham o mesmo destino dessa Philomena do filme!
ResponderExcluirfatima, qd frequentei a igreja, falávamos que não só de mulheres como a philomena, mas tb de freiras que engravidavam. não sei o quanto é lenda o comentário sobre as freiras.
ExcluirGostei muito do filme mas achei a personagem da Filomena, por vezes arrogante.
ResponderExcluirQuando tiver tempo vou vê de novo. Muito bom ler seu comentário.
Na América as famílias que adotam crianças, geralmente, não escondem que elas foram adotadas.
Se eu fosse adotada nunca queria saber de quem era filha.
Isso não seria problema para mim.
Acho que mãe é quem cuida.
liliane, a philomena é muito simplória. por isso incomoda. ela aceita naturalmente demais o q as freiras fizeram.
ExcluirApesar dos elogios ao filme, eu ainda não assisti.
ResponderExcluirBjos
hugo, eu estava assim tb.
ExcluirHello querida!
ResponderExcluirPela descrição parece ser um ótimo filme, mais um que vai p/ a minha lista!
Bjs ♥
andréa, é muito bom.
ExcluirEsse filme é muito bom. Excelente recomendação!
ResponderExcluirbjus
marcelo, é bom mesmo.
ExcluirEste eu vi, na época do lançamento, e gostei! Há um outro filme com a mesma temática, que considerei até melhor. Tentei me lembrar do nome e não consegui, quando consegui te falo, rsrs.
ResponderExcluirBeijo e boa semana
marly, vou tentar descobrir.
Excluir