sábado, 25 de novembro de 2017

O Manual dos Inquisidores

Terminei de ler O Manual dos Inquisidores (1996) de António Lobo Antunes da Rocco. Eu comprei em um sebo com essa linda capa de Henrique Dinis da Gama. Faz um tempo que tento conhecer mais autores de países de idiomas irmãos. Acho inacreditável o quanto fazemos pouco intercâmbio de países de mesmo idioma. Inclusive o embuste da Nova Ortografia usava esse discurso e como tudo no Brasil, foi mais uma farsa para extrair dinheiro porque o intercâmbio não aconteceu. Continua difícil conseguir obras de países de mesmo idioma.

Obra (1960) de Clementina Carneiro

Gostei muito de conhecer o estilo desse autor. Comecei a ler e quando fui voltar a ler, percebi que não lembrava de nada e comecei de novo. Aí que passei a entender o estilo desse autor. Muito interessante ele repetir uma frase que foi dita inúmeras vezes. Como nós fazemos com alguma frase que pega. Quase não há pontuação, é um estilo bastante complexo. Mas na segunda vez que voltei a ler consegui entrar no fluxo.

Obra Casario e Figuras de um Sonho de Dominguez Alvarez

O Manual dos Inquisidores passa-se na época do Salazar. Os personagens são sofridos, no início os personagens não tem recursos. Falta emprego. Todos sofrem e são cheios de conflitos. Gostei bastante!



Beijos,
Pedrita

19 comentários:

  1. Já li esse livro há muitos anos, aliás penso que foi o segundo livro que li de ALA, sim ele tem um tratamento da escrita difícil, com frases e pensamentos repetidos intercalados e sequências de momentos diferentes no mesmo parágrafo.
    Lembro-me que o protagonista apesar de assustado pelo opressão reinante na época da ditadura é filho de um ministro, logo favorecido, sendo o pais amigo do ditador e esta frequente a família. Um grande escritor, mas difícil de ler para algumas pessoas

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    1. carlos, é o primeiro livro que leio do autor. sim, um dos personagens é um filho do ministro.

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  2. boa noite...pareceu interessante, boa semana, bjos http://anaherminiapaulino.blog.uol.com.br/

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  3. Ainda não conhecia essa obra e confesso que não curto muito esse tipo de leitura.
    big beijos

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    1. lulu, eu estava curiosa pra conhecer o estilo desse autor.

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  4. Olá, Pedrita!
    Essa obra reflete os tempos de hoje que estamos vivendo, o povo sofrido, muitos desempregados.

    Beijos

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    1. andréa, realmente parecia que os personagens eram brasileiros.

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  5. Quem tem esse estilo de escrita e é muito a ele e o austríaco Thomas Bernhard que eu adoro e li tudo que foi traduzido para a nossa língua. Faz tempo tentei ler um livro desse português mas não gostei e abandonei a leitura no inicio.

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    1. fatima, ainda não li nada desse autor mas desde q vc e outros falaram quero muito ler. eu me perdi qd comecei a ler. qd retomei recomecei e engatou.

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  6. Olá Pedrita
    Ainda não li nada do autor e fiquei bem curiosa com sua resenha.
    Interessante esse negócio de escrever quase sem pontuação e de repetir várias vezes o que já foi dito anteriormente.
    O plot parece mesmo se tratar do nosso país de hoje e quase de sempre :/
    Bjs Luli
    https://Café com Leitura na Rede

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    1. luli, realmente causa estranhamento o estilo. mas na segunda vez que retomei o que tinha lido engatei e é muito interessante.

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  7. Eu adoro um livro desafiador. Vou contar uma historinha: Quando entrei na universidade, logo em seguida comecei a trabalhar numa estatal (era um emprego cobiçado). Muitos dos meus colegas tinham feito o mesmo caminho, de modo que éramos colegas de trabalho e de universidade (mas fazíamos cursos diferentes). Um dia, durante o expediente, uma colega, que era minha amiga e vizinha, comentou que tinha que fazer um trabalho sobre um livrinho, escrito no português do século XVII (se não me engano), do qual ela não entendera nada (era aluna do curso de Letras). Então eu disse para ela que ia ler o livro , na hora do intervalo do almoço, pra ver se o entenderia. Foi o bastante, li o livro (a linguagem era mesmo super rebuscada) e o "traduzi" para a minha amiga.
    Fiquei com vontade de ler este livro e já salvei o nome dele e do autor, rsrs.


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    1. marly, acho q ia gostar. tb gosto de eventos que me desafiem.

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