Nosso protagonista está deprimido, descobrimos que se separou. Ele resolve então comprar um SO, um sistema operacional que busca informações do cliente e passa a ser o que o cliente quer. Ele então passa a interagir com sua máquina onde está agora a Samantha. Ficamos o tempo todo na dúvida se o SO gosta realmente dele ou só faz aquilo que quem comprou espera dele. Muitas pessoas começam a fazer o mesmo então é uma infinidade de pessoas falando sozinhas nas ruas com os seus SOs. Eu fiquei pensando o quanto é complexo você se relacionar com um SO que só faz o que você quer, está sempre a sua disposição, vive para te agradar. Você teve insônia, o SO está ali sempre disposto para a conversa mesmo de madrugada. Ele passa inclusive a fazer passeios com casais, ele com Samantha no ouvido e na câmera e o outro casal com os fones nos ouvidos pra conversar com ela também.
E o quanto um SO pode ser bom ou ilusório para quem tem depressão, afinal a pessoa sente-se o tempo todo acompanhada, ter com quem conversar, alguém que não briga com você, que está sempre ali para te dar conforto e apoio, mas que não é necessariamente real, ou é. O quanto pode ser perigosa essa relação porque é muito destoante da vida real. Em relacionamentos afetivos, de amizade, trabalho ou familiares temos que lidar com os contrários de nós, com divergências de pensamento, negativas. Temos que entrar em acordos, equilibrar as diferenças, ter tolerância, empatia. E quando alguém é feito para não nos contradizer pode ser danosa a nossa realidade. O trabalho dele também é deveras estranho. Há anos ele escreve cartas pelos outros. Seu marido aniversariou? Essa empresa escreve uma linda carta de amor por você pra ele. É aniversário do seu filho? A empresa escreve uma linda carta de uma mãe zelosa. Há muitas questões profundas nesse filme, psicólogos deveriam vê-lo impreterivelmente. Embora o filme seja radical nessas questões, fico pensando o quanto não estamos contaminados por essa ilusão de pertencimento e acolhimento que as redes sociais nos proporcionam. Parecemos sempre felizes e cheios de amigos, mas são nas datas festivas é que realmente refletimos o quanto aquele mundo da fantasia era real ou não. Conheço pessoas que fizeram viagens para lugares lindos e não quiseram sair do quarto do hotel para ficar conversando com os amigos virtuais. E penso o quanto estamos enlouquecendo de acharmos que a vida dentro da caixa do computador possa ser suficiente. Amo a aproximação das redes, os amigos, mas sempre foco também nas relações reais e presenciais, inclusive muitos amigos de blog conheço pessoalmente.
O filme é praticamente o Joaquim Phoenix e a voz da Samantha feita pela maravilhosa Scarlett Johansson. Sua amiga é interpretada por Amy Adams. A trama dela também é peculiar. Ela se separa e o marido deixa para trás a sua SO, uma mulher, ela passa então a se relacionar com a SO e se apaixona também por ela. Ainda em pequenas participações: Rooney Mara, Chris Patt e Laura Kai Chen.
Beijos,
Pedrita
Olá, querida Pedrita!
ResponderExcluirO filme é extenso, mas pela resenha vale a pena.
Beijinhos ♥
andréa, vale sim. muito atual.
ExcluirOi Pedrita, parece interessante. Gosto das suas indicações.
ResponderExcluirBeijos,
Pri
www.vintagepri.com.br
pri, acho q vai gostar.
ExcluirEu gostei bastante do filme.
ResponderExcluirO ponto principal do roteiro é a dificuldade que as pessoas tem em se relacionar nos dias de hoje.
Como você citou no texto, todo relacionamento gera desgaste, pequenos conflitos e divergências de pensamentos. Por isso que muitas pessoas nos dias de hoje preferem passar boa parte do seu tempo em um ambiente virtual do que se relacionando com pessoas reais.
Bjs
hugo, acho que sempre existiu a dificuldade, a questão é q hj as pessoas acham q o virtual é tb uma opção. sim, lidar com o ser humano sempre é complexo. mas o virtual é irreal. pq na hora q a pessoa precisa mesmo. os "amigos" dificilmente estão disponíveis ocmo na vida real.
ExcluirPedrita,
ResponderExcluirGostei demais desse filme. Assisti e escrevi no blog sobre ele, em 2014.
heloisa, adorei achar a sua postagem. e nossa, de 2014. estava atrasada com esse filme.
ExcluirOlá:- Acredito que seja um filme muito interessante de ver
ResponderExcluir--
Votos de um … FELIZ NATAL
..
*** Coração vagueando por ti ... em parte incerta ***
gil, é sim. boas festas.
ExcluirEste filme me fez lembrar de uma amiga, do início do curso médio. Ela - digamos - se correspondia com a pessoa que se sentava na mesma carteira que ela, em outro turno. Acabou se apaixonando pela pessoa, mas nunca quis ir conhecê-la pelo receio de que pudesse ser até mesmo uma moça, se fazendo passar por rapaz, rsrs.
ResponderExcluirIsso nos diz o que? Que este tipo de relação é infantil e pode até funcionar, se estamos precisando de umas massagens no ego, mas é algo um tanto surreal.
marly, eu sei de pessoas q trocaram cartas por muito tempo. mas quiseram se conhecer e casaram. mais de uma inclusive. mas acho q essa não queria mesmo conhecer, queria a distância. acho q funciona, mas tem q partir em algum momento para o real. senão mingua mesmo e fica no platonico e no medo de encarar a realidade.
ExcluirSou apaixonada por esse ator desde Johnny&June.
ResponderExcluirBig Beijos,
Lulu on the sky
lulu, eu tb. ele está incrível nesse, muita entrega. personagem difícil.
ExcluirOlá Pedrita
ResponderExcluirParece bem interessante o enredo fiquei curiosa, vou levar a indicação :)
Bjs Luli
https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br
luli, acho q vc vai gostar muito.
ExcluirPensei que já tinha visto esse filme.
ResponderExcluirPela sua resenha, não vi.
Vou vê.
Achei interessante.
Acredito que tenha pessoas que vivam num relacionamento assim e se sinta felizes e satisfeita.
Respeito mas gosto demais do contato físico.
liliane, eu acho q é difícil a pessoa se preencher com um relacionamento assim. acho q ela se ilude mais do q realmente gosta. no começo pode ficar encantada, mas gera mais frustração q satisfação.
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