O marcador de livros é com imã e tem uma sapatilha de ballet.
Obra Cena na Praia de Noordwijk de Max Liebermann
Os Buddenbrook foi escrito quando Thomas Mann tinha 23 anos, tem algumas características de seus livros posteriores, mas ainda é um pouco diferente. É uma saga e li que é inspirada na vida do autor. Nessa minha edição na capa fala da decadência, mas oficialmente não é isso. A família Buddenbrook era abastada e seguia as regras sociais da época e de pessoas da alta sociedade. Inclusive cometia aquilo que hoje é mais raro, mas ainda existe, pegam uma criança pra morar com eles e acham normal que a criança trabalhe para pagar casa e comida. A personagem Ida acaba servindo a família depois, sendo uma espécie de governanta. Fico imaginando a partir de quando passou a receber remuneração, já que o livro não fala nada. O autor fala que depois de um tempo ela vai embora. Mas a obra não menciona se em algum momento recebe alguma herança. Infelizmente algumas famílias ainda pegam crianças pra criar e tratam como empregadas depois. Por sorte as regras atuais de adoção mostram que é um filho. Mas ainda existem famílias que exploram filhos de empregados domésticos.
Obra Quatro Garotas de August Macke
Fiquei muito surpresa de encontrar um livro tão feminino, com um olhar tão feminino. Tony não quer casar com um pretendente mais velho imposto pela família. É um horror o que esse homem faz para exigir que ela case-se com ele. Ela acaba cedendo. O marido não permitia que ela fosse a cidade. Eu até pensei que fosse por ciúmes já que ela é mais nova que ele, mas depois descobrimos que era pra que ela não descobrisse a péssima situação econômica do marido que pagou inclusive pessoas para enganar a família dela dizendo que ele era um promissor comerciante, mas de fato estava muito, mas muito endividado. O pai dela é procurado pra tentar salvar financeiramente o genro e gostei que ele não só se recusa como leva a filha e a neta embora. Na lei dessa época e país, o pai pode levar a filha de volta caso o genro não tenha condições de sustentá-la e podem pedir o divórcio. Um tempo depois ela casa-se de novo e é mais um desastre. Ela achou que eles iam passear, viajar, mas ele larga ela na casa e sai diariamente com os amigos. Assim que ela vê ele bêbado se engraçando com a cozinheira, ela vê a oportunidade de se ver livre dessa união, mas ela faz pelo todo, usa o que a lei pra conseguir o divórcio. Triste que sua filha também faz um casamento desastroso.
Obra O Mandril de Franz Marc
Li em uma biografia na internet do Thomas Mann que o tio teria ficado muito bravo com a forma que foi retratado no livro. Mas o autor muda um pouco a configuração das pessoas. Para o tio ser se reconhecido o autor deve ter escrito mais próximo a realidade com ele. Ficando bravo acabou confirmando que foi daquele jeito mesmo.
Existem adaptações desse livro para filmes e séries. O primeiro filme na década de 20, a última série na década de 70. Tem um filme mais recente. Acho que não vi nenhum. Coloquei no vídeo um trailer de uma adaptação da obra.
Beijos,
Pedrita
Tenho este livros há décadas, mas ainda não o li. Até hoje é válido o ditado que diz que "o casamento é uma loteria". Antigamente, porém, esse ditado era muito mais apropriado, dado que a mulher era socialmente desfavorecida, em relação ao homem, ficando, assim à mercê dos mandos e desmandos dele. Quanto à questão da exploração de crianças, por gente mais abastada, é uma prática ainda costumeira em certos lugares.
ResponderExcluirmarly, eu tinha há um tempinho tb. leia, é muito bom. tb acho válido q casamento é uma loteria. eu li uma materia uma vez onde o estudioso dizia q antigamente as pessoas conheciam melhor com quem iam casar. pq era mais próximo a vida social dela. q hj a gente sabe muito pouco pela facilidade de comunicação. mas acho q é como vc disse, pode ser uma loteria. eu acho um pavor pessoas q criem filhos de outros como se fossem deles, mas q não é bem assim. e os transformam em empregados domésticos, às vezes escravos.
ExcluirPedrita,
ResponderExcluirPercebi, agora, que não li nada de Thomas Mann. Sei que sua mãe era brasileira, e que ele mesmo achava que sua literatura sofrera forte influência do seu sangue brasileiro.
heloisa, q surpresa. eu sempre fico com a sensação q vc é daquelas q já leu tudo q é necessário. a montanha mágica está entre os meus livros preferidos.
ExcluirSei que ele tem muitos livros escritos mas só li e lembro quase nada A Montanha Mágica.
ResponderExcluirBjs,
liliane, tb li faz tempo a montanha mágica, mas lembro em detalhes dos debates nas montanhas sobre religião.
ExcluirAmei esse livro. Foi o primeiro livro do Mann que li. Fiquei encantada como ele escreve. E sou como vc, leio sempre um calhamaço com um livro menor em paralelo!
ResponderExcluirBeijos
adriana, q interessante. eu li outros antes desse. eu antes alternava pq o livro menor eu levava. mas eu fico lendo pensando no calhamaço que está em casa, o q viria a seguir, q agora carrego o peso.
ExcluirApesar de muito diferente da Montanha Mágica e Doutor Fausto, estes 3 livros estão todos entre os meus favoritos. Agora estou a aguardar a conclusao da publicação da tetralogia de José e seus irmãos que está a ser reeditada em Portugal para ler.
ResponderExcluircarlos, sim, bem diferente. esse tem um estilo mais conservador. eu gostei bastante. mas não entre nos meus livros preferidos como montanha mágica e fausto.
ExcluirDeve ser bem interessante esse livro.
ResponderExcluirPode fazer uma gentileza, respondendo a minha PESQUISA DE PÚBLICO do blog?
Obrigada!
Big Beijos,
Lulu on the sky
lulu, é sim, bem extenso, mas muito bom.
ExcluirEstou pobre querida Pedrita ainda não li nada do Thomas Mann.
ResponderExcluirGostei da resenha, com certeza é um livro encantador!
Beijinhos ♥
andréa, acho q vai gostar muito desse.
ExcluirOlá Pedrita
ResponderExcluirThomas Mann também é um dos meus autores favoritos.
Esse livro não li, tb não assisti as adaptações para o cinema.
Dica devidamente anotada.
Fiquei curiosa com o plot, fiquei feliz que o pai da Tony a leva junto com a netinha de volta pra casa.
Interessante esse olhar feminino e sensível.
Sim é muito triste e inadmissível essa coisa de levar uma criança para casa, mas ao invés de amor, afeto e cuidados que um filho necessita, é tratado como empregado doméstico.
Bjs Luli
https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br
luli, tb amo o autor. sim, muito feminino. verdade luli, e o autor conta como algo bom, que a ida ganhou casa, e com isso ajudou a família com o trabalho como agradecimento. o próprio autor acha normal.
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