domingo, 30 de julho de 2023

O Pastor e o Guerrilheiro

Assisti O Pastor e o Guerrilheiro (2023) de José Eduardo Belmonte no Canal Brasil. Queria muito ver esse filme desde que ouvi falar. Pensei de ir ver nos cinemas, mas sou muito sensível. Na TV eu posso parar quando não aguento seguir até tentar ver de novo. Eu gravei, mas como não começou no horário marcado, o pedaço que faltou tive que voltar no controle remoto, que bom que foi reprisado, senão iria ficar sem poder ver o final. Que filme incrível! Impressionante. Um dos melhores filmes que já vi nesse ano.

O Pastor e o Guerrilheiro é livremente inspirado no livro Araguaia - Relato de um Guerrilheiro. Mas é a costura do filme, a construção do roteiro, que mais me impressionou. 
Começa com uma funcionária lendo para um coronel (Ricardo Gelli) que se suicida. 

Uma jovem (Julia Dalavia) descobre que é filha desse torturador, ela não quer a herança. O filme coloca tantos questionamentos, tantas camadas, é tão complexo, fiquei com tantas perguntas sem saber o que responder. A mãe já tinha morrido, ela pouco sabe de como foi concebida. Ela é universitária em 1999, toda engajada. Sua avó (Cássia Kiss) está muito doente e elas estão com dificuldades no tratamento no sistema público, se ela tivesse um plano de saúde ou dinheiro. 
Ela acha um livro na casa do pai, começa a ler e passa a pesquisar sobre o autor. E assim ela conhece a história de Miguel, o autor do livro, um comunista torturado na ditadura. E assim chega ao pastor, que dividiu a cela com ele. Johnny Massaro e César Mello estão inacreditáveis, que atores, que personagens densos. Todos os diálogos são impactantes. O pastor odeia comunistas, diz ao revolucionário que não aceita a luta armada, fala de modo explosivo, enquanto o rapaz está todo ensanguentado por ter sido torturado totalmente indefeso. Com a leitura do livro, conhecemos o passado na década de 70.

A trama do pastor vem em separado em 1999. Ele tem uma pequena igreja e dois filhos. Íntegro, ele quer esquecer o passado. Eu gostei das tramas serem entrecortadas. O filme é todo irônico, apesar dele ser muito íntegro, um grande homem, ele esconde dos filhos o passado, aquele passado difícil, com isso seus filhos são alienados e o seu filho vira alvo fácil de políticos e de uma ambição desenfreada. Ele é William Costa. Sua irmã canta lindamente e é a ótima atriz e cantora Gabriela Corrêa

Sérgio Mamberti  e Antônio Grassi fazem participações.

Beijos,
Pedrita

10 comentários:

  1. Que elenco incrível. Gosto muito dessa atriz Julia Dalavia.
    Big Beijos

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    1. lulu, demais não? sim, dalavia está ótima. mas os outros dois tem personagens complexos inacreditáveis.

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  2. Ainda bem que teve o "trabalho" de andar para trás e assim ver o filme por inteiro. Se gostou é porque valeu a pena ver
    Uma semana feliz.

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    1. rykardo, foi bom q reprisaram, pq não fica muito tempo na grade de programação.

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  3. Agora abriu. Não gosto de filmes nacionais na maioria das vezes. Bj,

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  4. Parece ser realmente bom, vou procurar vê-lo.

    Beijo

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  5. Tbm quero muito assistir esse filme e fiquei com mais vontade ainda depois da sua resenha ❤

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