Obra Femmes Lisant (1934) de Pablo Picasso
Muitas das histórias entrecortadas foram dilaceradas pela guerra. Judeus que foram apartados de seus familiares que seguiram para campos de concentração, sem saber o que aconteceu com eles. Judeus que fugiram e se afastaram dos seus parentes. Separações por prisões nas ditaduras. Mas Sefarad também traz histórias de separações dos dias atuais, ou por morte de quem amamos, ou porque alguém que amamos resolveu ir para outro país. São muitas separações e dores. Os personagens estão sempre muito envolvidos em dor, arrependimento, culpa e desilusão. Há inclusive um soldado alemão que tem vergonha de suas lembranças da guerra, porque preferia fingir que não sabia o que iam fazer com os judeus, sabia pouco, mas será que sabia pouco porque queria fingir que não sabia? Um alemão consumido pela culpa. Gostei demais do estilo do autor, fiquei muito tocada com a obra, envolvente, mas triste.
Obra Terras e Paredes (1964) de Godofredo Ortega Muñoz
Anotei alguns trechos de Sefarad de Antonio Muñoz Molina:
“Fizemos
a vida longe de nossa cidade pequena, mas não nos acostumamos com sua ausência,
e gostamos de cultivar sua nostalgia quando já estamos há algum tempo sem
voltar, e às vezes de exagerar o sotaque, quando falamos entre nós, e usar as
palavras e expressões vernáculas que fomos amealhando com os anos, e que nosso
filhos, tendo-as escutado tanto, mal compreendem.”
“A
gente sempre quer que as histórias terminem, bem ou mal, que tenham um fim tão
claro como seu princípio, uma aparência de sentido e simetria. Mas na verdade,
pouquíssimas coisas se concluem de vez, a não ser pelo acaso ou pela morte, e
outras não chegam a acontecer, ou se interrompem quando estavam começando, e
delas nada resta, nem na memória distraída ou desleal de quem as viveu.”
Tantos os pintores bem como o compositor são espanhóis.
Tantos os pintores bem como o compositor são espanhóis.
Beijos,
Pedrita
Não conhecia, mas já gostei e vou querer ler.
ResponderExcluirQue lindas as imagens que você escolheu para o post!
Hey, Pedrita, tudo bem?
ResponderExcluirEu não conhecia esse livro, mas pelo seu post ele me parece ser bom mesmo. No entanto, acho que não é recomendado pra mim. Confesso que sou meio depressiva e livros assim acabam me deixando pra baixo muito fácil... rs. Lembro de que quando eu li "As Horas", de Virginia Wolf, levei semanas pra ficar bem, porque o livro acabou comigo... rs. #GenteLouca
Beijocas e boa semana pra vc!
Gostou do final da novela?? Beijos
ResponderExcluirbruxa, acho q vai gostar. eu escolhi pintores espanhóis como o autor.
ResponderExcluirsandra, eu adoro virgínia woolf, mas não gostei nada de as horas. achei q o autor esteriotipou a escritora. esse livro é muito bom.
ana, na verdade odiei a carminha virar santa. tecnicamente e psicologicamente impossível. não segui a novela, acompanhei pouco, pq não me atraiu embora ache o autor muito genial e o texto ser muito bom.
Amei esse livro. Olha só, quem diria que vc estava comprando um livro tão bom, né? Adoro fazer isso também e acabo comprando coisas boas também. Vou procurar para comprar. Boa dica
ResponderExcluirBeijos
Adriana
adriana, tb gosto de experimentar. eu adorei esse livro.
ResponderExcluirParece ser um livro muito interessante.
ResponderExcluirGostei das pinturas...
Bjos