terça-feira, 17 de setembro de 2013

A Coleção Invisível

Assisti no cinema A Coleção Invisível de Bernard Attal. Que filme lindo! Soube desse filme após a morte do excelente Walmor Chagas, onde nas matérias falavam que esse tinha sido o seu último filme e que ainda não tinha sido lançado. Quis ver. O diretor é francês, radicado na Bahia. Depois comecei a ver as matérias e a vontade de ver aumentou. É o primeiro trabalho dramático do Vladimir Brichta no cinema. O ator comentou que já tinha feito muito drama no teatro em Salvador, mas depois que veio para a televisão, o seu trabalho predominou na comédia e que ele queria muito retornar a fazer drama. O elenco todo está excelente.

Outro fator que me fez querer ver é que é baseado em uma história do Stefan Zweig. Eu vi dois documentários sobre esse judeu que comentei aqui, mas não tinha lido as suas obras, que ainda quero ler. O roteiro é incrível. Começa com um rapaz que trabalha com sonorização de casas noturnas. A vida dele muda radicalmente, ele fica perdido e aí um amigo da mãe fala que um alemão quer obras de Cícero Dias. Nas anotações do pai que tinha um antiquário, ele descobre que o pai tinha vendido várias gravuras para um homem que vivia em uma pequena cidade na Bahia, Itajuípe, e ele segue para lá. É na região que foi muito rica na época áurea do Cacau, veio a vassoura de bruxa e destruiu as plantações e a economia da região. Tudo é decadente. Eu vi um documentário sobre o cacau na Bahia e comentei aqui.

Nas entrevistas sobre o filme contaram como a cidade acolheu a equipe e que essa interação acabou resultando em participações no filme como Wesley Macedo. São muito difíceis as cenas do Vladimir Brichta com a Clarisse Abujamra e com a Ludmila Rosa. Não devem ter sido fácil gravar aquelas cenas. O motorista de táxi é interpretado por Frank Menezes. A mãe é interpretada por Conceição Senna. O amigo do pai por Dimitri Ganzelevitch. O funcionário da loja da mãe por João LimaPaulo César Peréio faz uma participação. A Coleção Invisível ganhou Prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular no Festival de Gramado e ainda neste festival, Melhor Atriz Coadjuvante para Clarisse Abujamra e Melhor Ator Coadjuvante para Walmor ChagasA Coleção Invisível é um filme melancólico, lindo, inesquecível!



Beijos,
Pedrita

20 comentários:

  1. Pedrita,
    Ouvi falar desse filme na Globonews. E também tive vontade de ver. Nem sei se está passando aqui em Fortaleza. Vou procurar, pelo visto é um ótimo filme.
    Beijos
    Adriana

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    1. adriana, não é um filme de muitas salas. a que vi só ficou uma semana. agora continua em um único bairro de são paulo.

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  2. Oi Pedrita,
    Que ver! Talvez no final de semana...
    Sobre o seu comentário no Tu Organizas, concordo com você,
    é muito importante respeitar a individualidade de cada um, sempre ensinando
    que "a liberdade de um, vai até onde começa a do outro..."
    Beijos

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    1. nina, vá ver sim.
      e concordo, respeito e amor são fundamentais nas relações.

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  3. Pedrita, já disse que não gosto, de maneira geral, de filhos nacionais. Acho que os atores são "artificiais" nas suas falas.
    Esse vídeo que vc mostra, tem isso. Não conseguem falar naturalmente.
    Acho o Wladimir Britcha um excelente ator.
    Em comédia então, se supera.
    Li algum livro dele. Não lembro qual.
    A carta de despedida, qdo do suicídio, é muito lúcida.

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  4. Pedrita, vi seu comentário lá na Nina(tu organizas).
    Sou completamente a favor de impor organização.
    Fiz assim com meus filhos.
    Jamais admitiria que eles desorganizassem minha casa.
    E cansei de dizer que se quisessem desorganizar, fizesse na casa deles, quando tivessem.

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  5. Pedrita,
    Já ouvi falar desse filme. Aliás o Vladmir Brichta foi elogiadíssimo pela atuação.

    Big Beijos
    Lulu on the sky

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    1. lulu, todos estão ótimos. não é um filme fácil de atuar.

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  6. Oi Pedrita
    nunca ouvi falar sobre esse filme
    Valmor Chagas! quanta falta faz!
    que bom o Vladimir Brichta sair do estereotipo de comediante e pode
    mostrar um pouco de drama.
    uma boa noite
    Zizi

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  7. Quero muito ver! Adoro esse tipo de filme e sou muito fã do cinema nacional. Tb sou fanzona do Vladimir Brichta. Otima postagem! Beijos!

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    1. anamaria, eu sou fã desses atores que vieram de salvador onde inclui o vladimir. eu tb amo o cinema brasileiro já q conta a nossa história, embora o autor do roteiro seja austríaco. stepan zweig era judeu austríaco, se refugiou no brasil e viveu anos por aqui.

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  8. Adorei, vou ver com certeza, o cinema nacional está cada vez melhor.
    Super bjks ♥
    Blog Carioca Básica

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  9. eu gostava mt do Walmor...sempre q o via lembrava do meu tio q mora no interior....mt bom ator,bj www.anaherminiapaulino.blog.uol.com.br

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  10. Eu vi o filme e amei! E li o conto Coleção Invisível d Stefan Zweig. A fora o fato da coleção o nosso filme brasileiro nada tem a ver com a obra do Zweig.

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    1. fatima, ouvi o seu relato no whatsapp. que incrível que o conto é na alemanha. o colecionador é alemão. eu gostei muito da transposição para a bahia e apra a miséria que se abateu nos produtores de cacau com a praga.

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    2. Sim. Muito bem realizado esse filme!

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