segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Jagged Mind

Assisti Jagged Mind (2023) de Kelley Kali na Star+ na Disney. É mais uma ótima produção Hulu. Está como terror e é um pouco, mas tem uma estrutura muito interessante. O ótimo roteiro é de Allyson Morgan.

Gostei muito porque o filme utiliza a magia, a tensão, para falar de relações abusivas. É um filme de mulheres realizado por mulheres. A bela Maisie Richardson-Sellers está tendo lapsos de memória. A gente entende um pouco antes que ela, mas também ficamos no escuro por um tempo. Sua companheira, Shanonn Woodward,  fez uma magia para que a jovem volte sistematicamente para o dia que elas se conheceram. A que faz a magia quer apagar os momentos abusivos da relação, os momentos que ela foi violenta, quer ser uma mulher perfeita, então sempre que ela perde o controle e é agressiva, ela volta aquele pedaço ou tudo novamente. A amada dela então começa a ter muitos problemas de saúde, sem saber o motivo. 
A abusiva inclusive nas idas e vindas vai desaparecendo com as amigas da amada, com suas ex-namoradas. E fica sempre uma lacuna confusa. A ex não aparece na abertura da exposição da galeria que é dona. A artista desaparece também em um momento.

A jovem descobre que é morta sistematicamente pela amada para que a história recomece de novo e possa ser editada. 
Ela descobre pela ex da namorada a magia. Tudo com muita dificuldade, porque a amada apaga sua memória pra ela não saber o que acontece. Mas ela consegue entender a macabra trama do amuleto.

Eu gostei muito do desfecho do filme A jovem é orientada a pegar o amuleto e voltar antes da ex conhecer a jovem perturbada. Ela faz isso, mas em vez de devolver o amuleto para um homem como foi orientada, o único de todo o filme, ela acha melhor ficar com o amuleto. E muda tudo. Fiquei muito impactada com os resultados. A ex nA exposição tinha uma foto dilacerantemente triste, pxb e com lágrima e uma dor profunda nos olhos. Agora a foto é sorridente. A jovem que pega o amuleto recusa a aproximação da amada quando deveriam se conhecer, mas ela não para por aí. Ela se afasta da ex também da galeria e parte. Dá muitas interpretações já que a ex comentou que o amuleto mudava para o mal as pessoas e a jovem não abre mão do amuleto. Mas eu acho que ela agiu certo. Ela tinha poucas informações da índole da ex da namorada e do homem que mexia com a magia. Ela ficando com o amuleto, ela cortou definitivamente o ciclo. Espero que realmente tenha seguido e refeito a sua vida, longe de todas aquelas pessoas. Fiquei muito impactada. O roteiro é muito bom.

Beijos,
Pedrita

10 comentários:

  1. Boa tarde:- acredito que seja um filme muito interessante de ver.
    .
    Saudações poéticas e amigas.
    .

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  2. Impactante mesmo, sua resenha está apaixonante.
    Essa coisa de edit em filmes, loopings temporais, quase sempre dão ruim, mas nunca tinha visto por esse lado místico nem essa forma de quebrar o ciclo, muito interessante!
    Já quero conferir.

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    1. luli, que bom que gostou, estava com receio de ficar confuso. sim, eu adoro filmes de looppings temporais. e esse é bem perverso, pq uma desconhece por completo que está sofrendo essa violência. acho q vc vai gostar. foi uma grata surpresa.

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  3. Parece muito interessante. Muitas mulheres em relações abusivas relatam que o abusador frequentemente pede perdão e 'promete' parar com os abusos. Só que isso raramente acontece, pelo contrário, as agressões só vão piorando.

    Beijo

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    1. marly, nesse a jovem não faz ideia do q está acontecendo, é muito perverso. sempre que ela é violenta, ela faz o tempo voltar e apaga tudo na outra. apavorante. exato, só vai piorando.

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  4. Bom dia e uma excelente terça-feira com muita paz e saúde. Dica interessante.

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