terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Marcas da Violência

Assisti Marcas da Violência (2005) de David Cronenberg no Cinemax. Fazia tempo que queria ver esse filme, mas estava sem coragem. Logo no começo fiquei com receio que fosse daqueles filmes que bandidos violentos mantém uma família refém, fazendo atrocidades por todo o filme, mas não é não e o roteiro é bem interessante e surpreendente. Tem alguns clichês, umas questões forçadas, mas a temática principal é bem interessante. O roteiro é baseada na novela gráfica de Wagner e Vince Locke.

Esquecendo o desenrolar da trama, Marcas da Violência debate uma questão crucial dos dias de hoje. De civis fazerem a justiça com as próprias mãos e se exporem e as suas famílias a vinganças de integrantes de grupos de bandidos. Às vezes um ato impensado e heróico pode expor as famílias, mas não reagir pode ser igualmente pior. É uma questão muito complexa, que o filme aborda bem no início, depois vem o desenrolar surpreendente, mas só essa discussão inicial já acho interessante. Não sou a favor de justiça com as próprias mãos, de reagir em ações de violência, mas acho um tema complexo. Não é possível escolher teorias simplistas.

O elenco é muito com três belos e talentosos atores, o lindíssimo Viggo Mortensen, lembra um pouco o nosso Murilo Rosa, Ed Harris que não está muito bonito no filme e Maria Bello. Alguns outros do elenco são Peter MacNeill, Ashton Holmes, Heidi Hayes e William Hurt.

Música do post, não do filme: Violence Of Summer (Love's Taking Over).



Beijos

Pedrita

8 comentários:

  1. Pedrita, este é um filmão! Eu adorei o filme! Me surpreendi com o roteiro bem construído e verdadeiro. O filme não busca respostas fáceis para as questões complicadas que são colocadas para as personagens.

    Viggo está maravilhoso no papel! Adorei as cenas de luta/violência. Muito bem executadas e tensas.

    E este filme tem duas cenas de sexo empolgantes. Enfim, o filme é ótimo! Merece ser visto!

    Beijos

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  2. FILMAÇOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!
    ;-)

    BJS

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  3. vc sempre com boas dicas...
    ô mulher das dicas boas.

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  4. Eu também não sou a favor de se fazer justiça com as próprias mãos, mas há situações difícies de se lidar, em que nós ficamos sem saber o que fazer, agimos por instinto, ou simplesmente ficamos paralisados, como as que o filme expõe. Neste caso, acho que já é ir além de fazer justiça com as próprias mãos... Beijo grande!
    aqueta-2.zip.net

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  5. Não assisti esse filme, mas vindo de David Cronenberg já dá para ter uma idéia de que não é um filme fácil e que lida com temas para discussão. Eu gosto muito do Ed Harris.
    Denise

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  6. Oi Ped´s!
    Eu vejo ai a difusão de um mito que os filmes, alias, contribuíram e muito para consolidar: o mito do herói. Colocar na iniciativa pessoal toda a carga de bem que existe no mundo, é muito utópico. Por outro lado, sempre somos incentivados a arriscar. Como você bem apontou, a questão não é fácil de ser resolvida, ainda mais quando deslocamos a questão do filme para um pais como o nosso, em que a justiça é funciona (!?) de um modo muito estranho... beijos

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  7. marion, vc viu que o viggo concorre ao oscar de melhor ator? eu não vi o filme que ele contracena.

    maga, eu gosto que esse filme há uma desconstrução dos esteriótipos. fala de perdão. é bem interessante!

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Cultura é vida!