segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Comunidade Japonesa - São Paulo: Seus Povos e Suas Músicas

Assisti ao espetáculo Comunidade Japonesa - São Paulo: Seus Povos e Suas Músicas na Biblioteca Mário de Andrade. Foi  incrível e tenho aprendido muito sobre os povos que vieram ao Brasil nessa série. A curadoria é da Anna Maria Kieffer. O programa começou com músicas clássicas tradicionais japoneses com os instrumentos kotôs, esses cumpridos da foto e o shakuhachi tocado pelo Danilo Tomic. Ele contou que foi quando viajava na Europa que conheceu esse instrumento, foi uma surpresa saber que veio da China para o Japão. Ele disse que vários instrumentos vieram da China para o Japão que os adaptou posteriormente a sua cultura. O shakuhachi era só tocado por uma religião no Japão, como um chamado. Só depois é que ganhou os palcos. 


Quando Danilo Tomic voltou ao Brasil ele procurou um mestre e passou a estudar o instrumento. Tocaram os kotôs: Tamie Kitahara e Yuko Ogura. No shakuhachi, ele e Alexander Iwami tocaram uma música japonesa inspirada nos sons que os veados faziam na época do acasalamento. O repertório era todo de preciosidades. Depois da música tradicional eles tocaram música contemporânea. Surgiu então um trio entre shakuhachi com Danilo Tomic, violoncelo com  Kayami Satomi e no violão Camilo Carrara. Alguns obras que foram interpretadas no violoncelo eram para kotô e foram adaptadas pelo Danilo Tomic ao instrumento. Tomic inclusive mostrou que cada partiura de kotô e shakuhachi tem grafia própria, diferente da universalização das partituras. No repertório ouvimos algumas músicas do compositor Danilo Tomic que gostei muito.

Antes da apresentação musical tiveram palestras de Jo Takahashi e Madalena Natsuko Hashimoto CordaroTakahashi contou que os imigrantes japoneses chegaram em 1908. Com excesso populacional no Japão, muitos foram incentivados a buscar outros países. Por uns 5 anos no Brasil, as dificuldades fizeram com que os japoneses se distanciassem de sua vida cultural, mas na tentativa de não esquecerem suas tradições, começaram a trazer filmes japoneses, daí a tradição em São Paulo da exibição de tantos filmes japoneses. Takahashi contou aue os filmes mudos no Japão eram apresentados de forma diferente. Um narrador-ator fazia além da narração as vozes de todos os que apareciam na tela. Os filmes japoneses eram exibidos depois na Liberdade onde os cineastas Walter Hugo Khouri e Walter Salles eram frequentadores assíduos, e os diretores de teatro José Celso Martinez Corrêa e Antunes Filho.Na plateia estava o cineasta Rodolfo Nanni que fez uma pergunta a Takahashi, já que Nanni tinha ido ao Japão para tentar fazer um filme que contasse a imigração no Brasil, mas que não foi realizado por falta de patrocínio. Takahashi lembrou que a Tizuca Yamasaki conseguiu fazer posteriormente a tentativa do Nanni porque conseguiu, com muito sacrifício, patrocínio no Brasil, mas não do Japão.





Beijos,
Pedrita

4 comentários:

  1. outro dia você postou sobre cultura russa, hoje são os japoneses, estou adorando. Sempre é muito interessante conhecer outras culturas e a música é um caminho delicioso. Boa semana para você, Pedrita. Beijos

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  2. Adoro comida japonesa!
    A suavidade contida nas artes deste povo, seja música, dança e até a filosofia de vida são um exemplo de como desacelerar...
    bj

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  3. ana maria, eu tb tenho aprendido muito nessa série.

    la socière, eu gosto da arte oriental tb.

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  4. Puxa queria tnto ter ido, mas a dona Valeria me prendeu em casa e foi muito ruim,
    alias ela esta irada comigo porque nao quis mais ficar na casa dela...
    bjs
    Israel eh mesmo muito bonito, tomara que voe venha para ca. Vais gostar!

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Cultura é vida!