Ele é um rapaz com pouco estudo, vive com a mãe em uma casa no campo no interior da França. Estamos na Segunda Guerra Mundial. Lucien Lacombe tenta entrar para os resistentes, não é aceito. Ele não quer voltar ao trabalho no hospital. Ele limpa os quartos, em um hospital de freiras. A mãe insiste, no caminho ele é envolvido, vai parar em um hotel, se encanta com a fartura daquela vida e não pensa duas vezes em delatar o homem que recusou ele nos resistentes. Estava bêbado, poderia se arrepender depois, mas não. Acho normal ver o homem preso e sendo torturado. Sempre indiferente, nem os gritos do conhecido o incomodam.
Acho que ele passa a colaborar com os alemães pela vida confortável que pode ter, carros, mulheres, champagne, ternos. Tanto que quando ele se encanta por uma moça, ele leva champagne para ela. Ele a viu em uma fila aguardando os racionamentos de alimentos, em vez de levar compotas, ele leva garrafas de champagne e acha que está arrasando. Antes do filme contam que ele se apaixona por uma judia. Não sei, não me pareceu. Acho que ele também queria possuir aquela família. A moça era loira de olhos claros, culta, dava status a ele tê-la. O pai era um importante alfaiate, bem vestido, acho que ele queria pertencer a aquela família para ter status. Para continuar galgando socialmente como vinha fazendo. E ele é tão desinformado, que ser informante alemão não combinava pertencer a uma família judia. Mas como um informante admirava o alfaiate, ele queria aquela família para si. Tanto que ele abusa do poder que acha que tem.
O rapaz está incrível, sempre frio, indiferente ao sofrimento alheio. Ele foi interpretado por Pierre Baile que atuou em poucos filmes, morreu logo depois em um acidente de carro. A jovem judia é interpretada por Aurore Clément, o pai dela por Holger Löwenadler. Esse filme custou muito caro a Louis Malle já que mostrava jovens franceses trabalhando para os alemães, como traidores. O diretor foi muito criticado por mostrar traidores. Mas é um filme complexo, me lembrei o tempo todo da teoria a banalidade do mal da Hannah Arendt. Lucien Lacombe ganhou muitos prêmios: Melhor Filme na Academia Britânica de Cinema, no Sindicato Francês de Críticos de Cinema e Bafta.
Beijos,
Pedrita
Olá, Pedrita.
ResponderExcluirQuando quero conhecer boas opções de filmes, eu passo por aqui.
Está aí mais um filme que muito me interessou, por tocar em todos assuntos que me interessa: psicopatia e a guerra. Ademais, as atuações parecem ter sido ótimas.
Desbravador de Mundos - Participe do top comentarista de agosto. Serão dois vencedores e um deles levará um vale compras!
obrigada, eu acho que vai gostar então do filme, mas é bem pesado.
ExcluirProcurei para gravar não encontrei. Acho que gostaria.
ResponderExcluirliliane, volte e meia o arte 1 repete os filmes, quem sabe esse retorna. vou ficar de olho e te aviso.
ExcluirOi Pedrita,
ResponderExcluirNão curto muito esse tipo de filme.
big beijos
lulu, esse é bem difícil mesmo. só vi mesmo pq amo o diretor, mas eu mesma quase desisti.
ExcluirEste eu ainda não assisti.
ResponderExcluirBjos
hugo, é bem indigesto.
ExcluirHello, Pedrita!
ResponderExcluirÉ um filme forte, eu gosto!
Beijinhos ♥
andréa, é bem pesado mesmo.
ExcluirOlá Pedrita
ResponderExcluirDeve ser um filme chocante não é?
Não aguento ver alguém maltratando um animalzinho mesmo que seja em filme.
Imagine a falta de sensibilidade do homem levando champagne para uma judia numa fila de racionamento?
Esse vou passar ;)
Bjs Luli
Café com Leitura na Rede
luli, muito chocante. essa parte dos animais é insuportável, mas passa logo. é tão surreal o momento da champagne. ele vivia em outro mundo.
ExcluirNossa, eu não consigo assistir muito a filmes onde animais e crianças sofrem. Apesar de tudo, parece ser um filme interessante e pesado. Eu gosto muito das suas indicações Pedrita!
ResponderExcluirBeijos,
Pri
www.vintagepri.com.br
pri, tenho o mesmo problema. parei várias vezes e voltei. por sorte depois não tem mais. é insuportável.
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