Ela descobre um lugar onde dão mingau. As crianças reclamam que ela fede. Ela toma banho, na verdade tudo é difícil demais. Eles buscam água muito longe, então se lava em baldes. Ela mora com a mãe em uma das favelas superpopulosas de Katwe. A mãe tem muitos filhos, precisam pular o córrego para chegar as ruas. Ela e os irmãos pegam legumes de caminhões, milho principalmente e vão vender para os carros nas ruas. São inúmeras crianças vendendo o mesmo, em uma disputa desequilibrada. Gente demais, interesse de menos. Passam fome, miséria. Não há direito a saúde, tudo é pago. Precisam largar a escola para poder vender pra comprar comida. Phiona passa a aprender xadrez como as outras crianças e mesmo sem saber ler, passa a se destacar. Esse lugar, a dos Pioneiros, é um grupo mantido por missionários.
Por esforço do líder dos Pioneiros, Phiona passa a ir com as outras crianças a disputar torneios de xadrez. Primeiro em uma escola paga. Há uma enorme dificuldade do líder dos Pioneiros em conseguir que o diretor da escola aceite as crianças da favela no concurso. Ele não quer misturar seus alunos negros bem nascidos, que pagam muito caro a escola, com as crianças "pobres e sujas" como ele diz. Com muito esforço aceita as crianças de Katwe e Phiona é campeã. E assim começam as disputas. É um filme muito emocionante, de muita luta, sacrifício. Nada é fácil, Phiona desiste algumas vezes porque sua mãe precisa de ajuda, porque são despejadas e vão morar nas ruas. Tudo é difícil demais.
A primeira foto é do filme, a segunda, Phiona é a de blusa verde. Phiona é interpretada brilhantemente por Madina Nalwanga. Sua mãe pela Lupita Nyong´o. O instrutor por David Oyelowo. A esposa do treinador por Esther Tebandeke. No final aparecem lado a lado os atores e quem eles representaram. É muito emocionante o filme, mas muito triste ver tanta miséria. Sim, no Brasil é horrível também, mas Katwe consegue ser pior. Aqui mesmo com a saúde muito precária, é gratuita para todos. Horrível também, mas alguns pobres conseguem auxílio médico e remédios. Em Katwe nenhum pobre tem acesso a saúde.
Beijos,
Pedrita