domingo, 31 de dezembro de 2017

Rainha do Katwe

Assisti Rainha de Katwe (2016) de Mira Nair da Disney no TelecinePlay. Faz tempo que esse filme está disponível no Now. É lindo demais e baseado na história de Phiona Mutesi, uma jovem de uma família miserável que vivia em Katwe na Uganda.

Ela descobre um lugar onde dão mingau. As crianças reclamam que ela fede. Ela toma banho, na verdade tudo é difícil demais. Eles buscam água muito longe, então se lava em baldes. Ela mora com a mãe em uma das favelas superpopulosas de Katwe. A mãe tem muitos filhos, precisam pular o córrego para chegar as ruas. Ela e os irmãos pegam legumes de caminhões, milho principalmente e vão vender para os carros nas ruas. São inúmeras crianças vendendo o mesmo, em uma disputa desequilibrada. Gente demais, interesse de menos. Passam fome, miséria. Não há direito a saúde, tudo é pago. Precisam largar a escola para poder vender pra comprar comida. Phiona passa a aprender xadrez como as outras crianças e mesmo sem saber ler, passa a se destacar. Esse lugar, a dos Pioneiros, é um grupo mantido por missionários.
Por esforço do líder dos Pioneiros, Phiona passa a ir com as outras crianças a disputar torneios de xadrez. Primeiro em uma escola paga. Há uma enorme dificuldade do líder dos Pioneiros em conseguir que o diretor da escola aceite as crianças da favela no concurso. Ele não quer misturar seus alunos negros bem nascidos, que pagam muito caro a escola, com as crianças "pobres e sujas" como ele diz. Com muito esforço aceita as crianças de Katwe e Phiona é campeã. E assim começam as disputas. É um filme muito emocionante, de muita luta, sacrifício. Nada é fácil, Phiona desiste algumas vezes porque sua mãe precisa de ajuda, porque são despejadas e vão morar nas ruas. Tudo é difícil demais. 
A primeira foto é do filme, a segunda, Phiona é a de blusa verde. Phiona é interpretada brilhantemente por Madina Nalwanga. Sua mãe pela Lupita Nyong´o. O instrutor por David Oyelowo. A esposa do treinador por Esther Tebandeke. No final aparecem lado a lado os atores e quem eles representaram. É muito emocionante o filme, mas muito triste ver tanta miséria. Sim, no Brasil é horrível também, mas Katwe consegue ser pior. Aqui mesmo com a saúde muito precária, é gratuita para todos. Horrível também, mas alguns pobres conseguem auxílio médico e remédios. Em Katwe nenhum pobre tem acesso a saúde.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Retrospectiva 2017

Na Retrospectiva 2017 coloco os Melhores do Ano.

Livros
Foi um ano de grandes livros, vários entraram para os melhores que já li na vida, então seguem os mais impactantes:
Vulgo, Grace de Margaret Atwood
Filha da Fortuna de Isabel Allende

O Pintassilgo de Donna Tartt
O Mar de John Banville
A Biografia Íntima de Leopoldina de Marsílio Cassotti


Novelas
Foi o ano de duas novelas inesquecíveis. A maravilhosa Novo Mundo que contou a vinda da Imperatriz Leopoldina para o Brasil para casar com Dom Pedro I. Letícia Colin e Caio Castro estavam maravilhosos. 


E a inovadora Rock Story que contou do universo da música com muita propriedade. E mostrou famílias atuais, reais, com textos excelentes, grande elenco e ótima edição.


Música
Foi um ano de grandes apresentações musicais. Fui na abertura do Liederstudio  SP com a incrível Carla Cottini (voz) e Daniel Gonçalves. Projeto do grande pianista Ricardo Ballestero no Espaço Cachuêra.

Conheci o Quinteto Persch, incrível grupo de acordeões que se apresentaram com outro grande músico do instrumento, Toninho Ferragutti.

E a surpresa de descobrir a carreira musical de Maria Rita Stumpf. E conhecer a belíssima e nova Casa de Francisca no centro de São Paulo.

O ano começou com a banda paraibana Cabruêra e com seus ritmos intensos.

Exposição
Fiquei bastante surpresa com as exposições que vi esse ano. Foi difícil deixar algumas de fora. Inesquecíveis.


Carybé - As Cores do Sagrado que vi na Caixa Cultural São Paulo
Amélia Toledo: Lembrei que Esqueci que vi no Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo.
Jacarezinho 92 de Ana Elisa Egreja na Galeria Leme 
E a mágica Aquilo que nos Une também na Caixa.


Apesar de ter deixado algumas de fora, essa duas vieram para os destaques.

Sonhava muito em ver Cícero Dias - Um Percurso Poético tão mencionado em filmes e que mostra.

E a belíssima Loucuras Anunciadas do Francisco Goya.

Cinema
Foi muito interessante fazer a seleção dos filmes de 2017. Foram inúmeros filmes incríveis, já que em época de crise ver cinema em casa é uma ótima opção. Eu logo já escolhi um e fui colocando os nomes dos que gostava para depois escolher os preferidos. Mas bastava ver um, e lá estava o preferido. E logo quatro entre os mais amados se formaram. 

O fortíssimo coreano A Criada entre os melhores filmes que já vi.

O americano e contundente O Nascimento de uma Nação.
O incrível Indignação.

E o instigante O Lagosta, filme do diretor grego Yorgos Lanthimos. Como amo esse filme, outro que entrou para lista dos melhores filmes que já vi. Vivo revendo trechos.

Teatro
Foi um ano de grandes peças de teatro. Foi difícil escolher algumas. Foi em uma retrospectiva há muitos anos que percebi que eu via poucas peças por ano, e coloquei a meta de ver ao menos 5 peças por ano. Hoje eu tenho 5 destaques de 2017 e várias outras incríveis que vi que ficaram de fora.

Ovono da Kompanhia Centro da Terra foi a primeira do ano e entre as melhores peças que já vi na vida. Eu amo ficção científica e ver esse gênero no teatro foi muito impactante.

Seguida da incrível Inexistência da Refinaria Teatral com a mexicana Perspectiva Escénica que falou da violência as mulheres.

Com A Gente Submersa da Cia. Teatro do Incêndio, que espetáculo impressionante. 

A contundente Meu Saba com relatos da neta de Yitzhak Rabin.

Séries
Foi um ano que vi grandes séries.

Finalmente estreou a 2ª Temporada da maravilhosa O Hipnotizador. Espero sinceramente que tenha continuação.

Amo Game of Thrones e a 7ª Temporada não decepcionou, muito pelo contrário.

Amei ver a série espanhola de suspense, Grand Hotel.

E consegui ver a segunda temporada e última da maravilhosa Les Revenants.

CDs
Dois foram os CDs que destaco.


E o Conversas de um Piano com a Fauna Brasileira do Fábio Caramuru.


Dança
Em dança destaco Paraíso Perdido e Cacti do Balé da Cidade de São Paulo.



Que venha 2018 com muita cultura pra todos nós!
Beijos,
Pedrita

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

A Cura

Assisti A Cura (2016) de Gore Verbinski no TelecinePlay. Nunca tinha ouvido falar nesse filme, vi esse pôster maravilhoso e fui assistir. Essa cena inclusive é belíssima! Além de linda esteticamente é muito impactante. Há outros dois pôsteres igualmente lindos e impactantes.

Um rapaz precisa ir buscar um alto executivo em um sanatório. Ele acaba sofrendo um acidente e fica lá para se recuperar. Dá muita aflição ele investigando o lugar, de gesso na perna toda, andando de muleta. O rapaz é interpretado brilhantemente por Dane DeHaan.

Logo já cismei com a água, mas não sei se a água afeta o pensamento porque o rapaz tem dificuldade de processar as barbáries que vê. E ainda aceita procedimentos médicos que beiram o insuportável. O filme é muito violento. Larguei três vezes, mas um pouco depois, no mesmo dia, já queria continuar vendo porque é muito instigante. Mas é muito forte! Não aconselho!

O lugar é deslumbrante, foi filmado no Castelo Hohenzollern, em Hechingen, na Alemanha. A fotografia é maravilhosa, a tensão é incrível. Gostei demais, mas precisa de uma dose forte de coragem pra assistir. Gostei também que tem muita surrealidade, e que também tudo é muito misterioso. Fiquei com várias dúvidas, mas gostei por isso também.

Gostei muito do elenco. O diretor do sanatório é interpretado por Jason Isaacs. A menina pela bela Mia Goth, gosto muito dessa atriz. Alguns do elenco são: Celia Imrie, Lisa Banes, Harry Grooner, Ivo Nandi, Rebecca Street e Carl Lumby.
Beijos,
Pedrita

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Bajado

Assisti ao documentário Bajado (2015) de Marcelo Pinheiro no Canal Brasil. Peguei esse curta por um acaso. Estava zapeando, vi começando. Não sabia que Olinda tem tanto ateliê. Bajado foi um gravurista, artista plástico popular e muito famoso em Pernambuco e no mundo.

Obra Carnaval na Ribeira (1980) de Bajado

Bajado começou encantado com o cinema e depois passou a fazer pôster promocionais dos filmes. Daí a cidade passou a procurá-lo pra fazer comerciais em muros. Até suas famosas pinturas coloridas.

Obra O Nosso Maracatu (1973) de Bajado

Gostei muito como o documentário foi realizado. Pessoas representaram suas obras, fazendo o inverso que Bajado fazia analisando as ruas e criando as suas obras. Alguns depoimentos, imagens de murais em preto e branco, de filmes. Ágil, bem realizado, objetivo. Belo trabalho! Entre as imagens estavam trechos de um antigo documentário sobre o artista plástico.

É possível ver o curta Bajado no Canal Brasil aqui.

No vídeo coloquei o making of do curta por Brenda Miguel.

Beijos,
Pedrita

sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Assassin´s Creed

Assisti Assassin´s Creed (2016) de Justin Kurzel no Telecine Play. É baseado em um jogo eletrônico onde Assassinos e Templários lutam eternamente pela maçã que tem a semente do pecado. Os Templários querem o controle da liberdade e do livre-arbítrio que existe na maçã. Eu não estava animada em ver esse filme, estreou no Telecine há um tempo. Mas vi uns trechos com partes de época e vi algumas pessoas falando que fiquei curiosa.

Começa no passado na briga entre Assassinos e Templários. O tempo passa, um garoto brinca e quando chega em casa a mãe está morta, o pai está vestido de Assassino e pede que o menino fuja.

Aparece então personagem do Jeremy Irons. O elenco é todo incrível. O lindo Michael Fassbender é o protagonista. Sua parceira no passado é interpretada pela bela Ariane LabedMarion Cotillard é a cientista filha do personagem do Jeremy Irons. Impressiona mesmo o elenco ainda com: Charlotte Rampling e Brendan Gleeson.

Eu particularmente achei Assassin´s Creed um pouco artificial e com lutas demais. Mas o tema central é interessante.

Beijos,
Pedrita

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Dança dos Famosos

Assisti a Dança dos Famosos no Domingão do Faustão da TV Globo. Nunca tinha visto inteiro. Via uma ou outra dança, nenhum programa inteiro. Foi a primeira vez que acompanhei realmente. Gostei muito.

Eu gosto muito da Maria Joana que ganhou com o Reginaldo Sama. Logo no início ela me surpreendeu, mas achei que podia ser porque tivesse mais afinidade com o ritmo. Mas em todos os outros números continuava surpreendendo e bela sintonia com o parceiro de dança. E de forma profissional.

Nessa dança dois pares resolveram fazer historinhas. Eles acabaram se apaixonando pela dançarinas e ficavam dando beijo, presente, declarações. Tanto que teve a polêmica do beijo, resolveram proibir e não acho que foi por moralismo, mas sim porque não era campeonato de beijo dos famosos e sim Dança dos Famosos. Apelar ao público melhor votação por formação de casal não é justo com os participantes. Thiago Veloso também surpreendeu, mas eu ainda preferia a Maria Joana porque todas as danças dela foram incríveis. E ela teve sintonia com o parceiro, mas não misturou as estações.

Eu gostei demais de dois números do Joaquim Lopes. Adoro esse ator e apresentador e foi surpreendente ver ele sapateando e dançando. Sua partner foi a Tati. Outra que surpreendeu muito foi a Adriane Galisteu, até não começou tão bem, mas ficaram lindas as danças seguintes. Também gostei muito do Rafael Zulu, da Mariana Xavier e do Raul Gazzola. A Cris Vianna começou com um dançarino e não ia bem. Ele parecia fazer ela ficar desengonçada, com passos que nada favoreciam o seu porte físico. Depois dela mudar de dançarino melhorou bastante, mas acho que outros estavam melhores que ela e que deveriam ter ido mais adiante do que ela.

Beijos,
Pedrita

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

A Casa da Alegria

Assisti A Casa da Alegria (2000) de Terence Davis na ClaroTV. Nunca tinha ouvido falar nesse filme. É baseado no livro de Edith Wharton. Nunca li nada dela. É a autora da obra que se baseou o filme A Idade da Inocência que parece o único título que existe em português. Que filme triste!

A belíssima Gillian Anderson interpreta Lily, uma jovem da alta sociedade que vive com uma tia e uma prima. Ela comete alguns desatinos, algumas pessoas se aproveitam e sua reputação é abalada. Sua tia, uma verdadeira megera, resolve castigar violentamente Lily que acaba na pobreza e claro, sem os supostos amigos que conviviam com ela.

É muito triste ver Lily se debatendo tentando resolver as confusões que se meteu. Mais triste ainda ver as pessoas se aproveitando para conseguir benefícios ou mesmo tocar aquela beleza maravilhosa. Lily é de uma beleza estonteante que causa inveja e cobiça. A direção de arte de Don Taylor é belíssima, como a fotografia. Dan Aykroyd está no elenco, bem como Laura Linney. Alguns outros do elenco são: Terry Kinney e Eric Stoltz.

Beijos,
Pedrita