A protagonista não está bem. Ela é muito amada pelo marido (Finn Witrtock), apoiada pela mãe (Amy Irving), mas não está bem. Acabou de ter um bebê, mas não está lidando bem com a situação. Eu fiquei muito incomodada pela falta de apoio psicológico que ela não tem. Ela tem um médico (Paul Giamati), psiquiatra, não entendemos muito bem a função dele. Enfim, não dá muito pra saber, mas ela não faz tratamento psicológico com ninguém, nem o marido. Tem conversas dela com o médico e o marido que são constrangedoras. Os dois meio que dizendo o que e como ela tem que fazer.
Me incomodou o tempo todo eles invalidarem os sentimentos dela e dizerem como ela teria que se sentir. Sim, o marido é carinhoso, mas o tempo todo invalida o que ela sente e diz como ela tem que se sentir, ou como vai se sentir. Quando o filme começa ela se recupera de uma tentativa de suicídio e mesmo assim não faz terapia. Ela precisaria muito de alguém com quem pudesse dizer tudo o que sentia, até mesmo os sentimentos ruins. O mesmo para o marido. Para que ele pudesse despejar a raiva que ele sente de tudo ter desandado. Ele não despeja nela, mas tenta o tempo todo forçar que ela dê continuidade aos sonhos dele ou aos sonhos do passado que mudou, não tem como por embaixo do tapete. Ele quer sair de um apartamento para uma grande casa perto da insuportável irmã dele. A cunhada acusa a jovem de ser culpada por ter tentado contra a própria vida. Culpa em um bar, publicamente. Humilhando a jovem e o marido só fica constrangido, não faz nada. O marido quer a casa para que o filho possa jogar basquete no quintal, mas o bebê nem fez um ano. Ele só quer realizar os seus sonhos e manipula a esposa pra conseguir. Como ela sente culpa pelo que fez, ela vai cedendo. Como ele mesmo diz, ela vai se acostumar. Eles querem o tempo todo definir os sentimentos que ela virá a ter.Pra piorar eles resolvem ter mais um filho. Claro que dá ruim. O único que não a julga é o porteiro. A loja entrega o carrinho e a bolsa que ela largou em um surto, e ele só devolve. Ela fica em choque pelo desconforto e ele a faz sentir desconfortável. Sem julgar. A diretora é autora do livro que deu origem ao filme. Ao final relata que em 1992 não se falava em depressão pós-parto. Mas eu acho que essa família vivia mesmo fora da realidade, no ideal irreal de família perfeita. E muitos já se tratavam com psicólogos antes mesmo da década de 90. Tudo muito triste. Eu achei muito egoístas todos que estavam à volta dela. Queriam esconder e viver como se nada tivesse acontecido. Amanda Seyfried está maravilhosa! Chorei muito!
Beijos,
Pedrita
Gosto da atriz, Amanda; Beijo,
ResponderExcluirliliane, e ela está maravilhosa. o filme é praticamente ela.
ExcluirA depressão pós parto não é rara. E as depressões, de modo geral, não são vistas com a mesma seriedade com que vemos as outras doenças. Mas isso tem que mudar. Com urgência.
ResponderExcluirBeijo e bom fim de semana
marly, sim, e na época do filme devia ser difícil. mas eu fiquei com a sensação q a família dela vivia na bolha de famílias de bem. então minimizavam tudo. pq tudo se ajeitaria. sem ver q algo muito sério acontecia com a jovem.
ExcluirEsse filme fez com que eu ficasse pensando dias 😢😢 o final deixa a gente sem fôlego (embora previsível).
ResponderExcluirA perspectiva era depressão pós parto MAS eu achei que a depressão dela vinha da infância (abuso).
Como escritora ela delineava o caminhar em p&b, vivia na beirada e a volta do pai fez com que caísse no abismo.
Penso que muitas famílias (mesmo hoje) vivem realidades surreais e paralelas.
Amanda está sensacional!
luli, eu já estou pensando na segunda semana. eu achei q a depressão dela sim, parece ter começado na infância, mas eu achei bem abusadores as pessoas do entorno dela, embora parecessem afetivas. sim, amanda está inacreditável. muito realista a cena no supermercado, ela atravessando, assustador.
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