quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Ebola: Ana Paula Padrão na África no meio da guerra contra o vírus mortal

Assisti a reportagem Ebola: Ana Paula Padrão na África no meio da guerra contra o vírus mortal na Band News. Eu tinha ouvido falar nessa matéria, zapeando, começava nesse canal que praticamente não assisto. Incrível trabalho de reportagem. Corajosa toda equipe de ir na Guiné mostrar a situação da capital em meio a epidemia. Eu gosto muito da seriedade dessa jornalista. Deve ter sido muito difícil conseguir todas as autorizações para a realização da matéria. Como o país sofre muito preconceito, a equipe não foi bem recebida em vários lugares.

A reportagem mostrou os costumes nessa região. A maioria é muçulmana ou católica. Como são muitos mortos, os cemitérios não estão dando conta. E apesar de ninguém dizer, na própria matéria foi possível ver ossos em uma cova aberta, mostrando que os mortos já estão sendo superpostos. Os costumes muçulmanos no enterro são de toque. Eles sofrem muito de não poder abraçar e fazer os rituais nos mortos. 

A falta de informação é outro fator de disseminação. Várias cidades não tem energia elétrica, não tem rádio nem televisão. E como a maioria que vai para os acampamentos de isolamento não voltam, eles acham que é lá que é propagado o vírus, então relutam em levar os seus doentes e tratam em casa e a família toda acaba adoecendo. Boa parte das roupas e equipamentos que são usados são queimados, não são reutilizados. O que gastam e o que precisam para cuidar dos doentes é muito alto. O tempo todo eles precisam lavar as mãos em água clorada. Isso é praticado antes de entrar nas casas, nas poucas escolas que continuam abertas. O Ebola não passa pelo ar, é preciso contato com secreção, com a pele, principalmente levando a mão a boca, nariz ou olhos. Entre os que trabalham no cuidado aos doentes estão os Médicos sem Fronteiras e a Cruz Vermelha. A equipe só pode ir até a primeira área do isolamento. Nada pode tocar o chão. Nenhum equipamento da filmagem, fios, tripés, podem tocar o chão nessa área. Há poucos hospitais que não tratam dos doentes com Ebola, muitos com malária com sintomas iniciais parecidos. Há na capital muita precariedade e falta de recursos,
Dá para assistir essa reportagem no site da Band.

Beijos,
Pedrita

13 comentários:

  1. Pedrita, eu gosto muito dela. Vou procurar pela reportagem. Beijos

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  2. Ola Pedrita,parabéns pela excelente postagem que acredito muitos como eu,ainda não tinham visto mais de perto este grandioso trabalho de Ana Paula e sua equipe.meu grande abraço.SU

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  3. Um tema que importa refletir, efetivamente é necessário coragem para lá ir, mas o risco também existia para a restante população após o regresso da equipa caso tivesse havido algum contágio não diagnosticado atempadamente.
    Não conheço os vossos jornalistas, sei que o modo de reportagem no Brasil é diferente no estilo face ao Português que é mais britânico e o vosso mais americano.

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    1. carlos, o contágio é só se alguém tocar o outro. a equipe não tocou ninguém nem foi na área onde os doentes estavam.

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  4. Oi, Pedrita,

    Já em 1995 - lembro-me bem - houve quem alertasse o mundo do perigo que representava o Ebola. Então é incrível que as autoridades competentes não tenham feito um trabalho realmente eficaz para evitar que a coisa chegasse ao ponto a que chegou. Quanto ao resto, a Ana Paula Padrão estudou na mesma universidade em que eu estudei e no início da carreira dela nos cruzamos num supermercado, por causa duma reportagem que ela fez lá, rsrs.

    Um beijo

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    1. marly, o mundo praticamente ignora o que acontece na áfrica. só se interessam qd atinge outros países.

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  5. parece a descrição do inferno. perto do Dante é fichinha....
    incrivel acreditar em algum deus num lugar desses....

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  6. Onde há educação, raramente, epidemias se espalham.
    Penso que a África, recebe benefícios demais e que são mal aproveitados.
    Assisto sempre Globo News.
    Tem muita coisa boa na Globo News.

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  7. liliane, desvio de verbas e corrupção existem em muitos países. falta de informação e educação ajudam na corrupção.

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