quarta-feira, 20 de novembro de 2019

O Jabuti e a Anta

Assisti ao documentário O Jabuti e a Anta (2018) de Eliza Capai no Canal Brasil. Eu queria muito ver os trabalhos dessa direto, esse principalmente pelos elogios que recebeu. Impressiona muito, triste, fala do modelo de usinas hidrelétricas que saem destruindo tudo o que passa pela frente. Fala desse interesse "desenvolvimentista" que acredita que uma mata é algo a ser explorado e não que ea mata já vive na sua totalidade com sua fauna, flora e população local, que não  há nada a ser explorado.

Muito triste a imagem de destruição onde está sendo construída a usina de Belo Monte. O impacto aos pescadores, a natureza, as tartarugas, índios e moradores locais. Uma mulher mostra o quintal de sua casa com um verdadeiro pomar, manga, abiu, frutas e mais frutas, mas ela é desapropriada com um dinheiro mínimo, não porque o lugar será alagado, mas porque um condomínio será construído. Como ela diz, alguém decidiu que outro tinha mais direito a morar ali que ela, desolador.

As pessoas viviam da mata, na mata, mas tudo será destruído. Há grupos indígenas lutando para preservar o espaço que lhes é por direito e lei. A narração diz qual o sentido de tirar as pessoas da mata onde são reis para viver na periferia das cidades na miséria.

O documentário segue para a Amazônia Peruana, onde uma líder conseguiu impedir que uma hidrelétrica fosse construída por lá. Muitas pessoas que vivem na região foram entrevistadas. Moradores que tiveram que sair de suas casas, biólogos, pescadores, índios. São filmadas regiões entre os rios Xingu, Tapajós e Ene. O documentário faz um paralelo com as secas e com outras enormes hidrelétricas de outros estados.

As paisagens e a fotografia são maravilhosas. A diretora divide com Carol Quintanilha, o roteiro, a fotografia. A narração é de Letícia Sabatella.

Beijos,
Pedrita

8 comentários:

  1. Acho que vou gostar de ver, mas vai-me doer o coração!!!

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  2. Olá, querida Pedrita!
    Deve ter sido muito bom mesmo, se todos tivessem a oportunidade de assistir, seria ótimo.
    Precisamos ter consciência em tudo que fazemos principalmente com a natureza. A Natureza merece respeito!

    Beijinhos e ótimo fds ♥

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    1. andréa, documentário fundamental. precisamos proteger o planeta e a nossa existência.

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  3. Não sou saudosista.
    Posso até gostar de conhecer a época.
    Mas o que seria de nós sem Hidrelétricas, né?
    Sem tudo que andou para frente, né?
    Bjs,

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    1. eu tenho apreço pelo planeta, inclusive pela nossa própria existência.

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  4. Nossa acho que sua frase sobre desenvolvimento é a coisa mais linda e verdade que já li a respeito.
    A mata já vive sua plenitude!
    Absolutamente impactada.
    Tenho medo de onde a gente vai parar se continuar do jeito que está.
    Vou assistir e com certeza me emocionar com esse doc necessário e urgente.
    Bjs Luli
    https://cafecomleituranarede.blogspot.com.br

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    1. luli, obrigada. obras milionárias como essa são mais pra desvio de verbas do que para o que foram construídas. o documentário mesmo mostra uma usina inutilizada pq o desmatamento acabou com a água e portanto a usina está inoperante. em geral as usinas uns anos depois de prontas usam somente uns 30% de sua capacidade pq a água reduz drasticamente com o desmatamento.

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