quarta-feira, 7 de maio de 2008

5 Mulheres Marcadas


Assisti 5 Mulheres Marcadas (1960) de Martin Ritt no Telecine Cult. O roteiro de Ugo Pirro é bastante complexo e as cinco mulheres são grandes interpretadas pelas grandes atrizes: Silvana Mangano, Jeanne Moreau, Vera Miles, Barbara Bel Geddes e Carla Gravina. É a Segunda Guerra Mundial e na Iugoslávia, um soldado nazista sedutor guarda fotos de suas conquistas. Quando é preso pelo grupo da resistência essas cinco mulheres são humilhadas, raspadas suas cabeças. Os nazistas não querem condená-las já que estariam condenando um dos seus, então traçam o horrível destino dessas cinco mulheres, libertá-las fora da cidade, com a roupa da corpo, para que sobrevivam nas estradas, em meios aos conflitos e a própria sorte.

Elas ficam então unidas por esse destino trágico, pela falta de cabelo todos sabem quem são e as renegam onde vão. Juntas elas começam a roubar roupas de nazistas mortos, suas armas, comida. Uma delas inclusive está grávida, outra tem somente 18 anos. É um filme que fala muito sobre intolerância, arrogância. Elas acabam se unindo a resistência mais por sobrevivência e descobrimos que eles são tão cruéis e desatinados quanto aos seus inimigos. Questiona o tempo todo se os inimigos são todos mal e bons são os partidários. É um filme triste e complexo. Me incomodou um pouco só o grand finale, mas o filme é muito bom.

Música do post: Addio alla madre (Pietro Mascagni)





Beijos,

Pedrita

4 comentários:

  1. Pê, acho que talvez a preocupação desse filme fosse mostrar um pouco do horror da guerra nazista. Por isso tanta ênfase na intolerância. Era o que se vivia e pregava na Alemnha da época...

    ResponderExcluir
  2. olá pedrita!
    Martin Ritt sempre foi um cineasta de causas e este filme merece bem ser descoberto, tal como a restante obra do cineasta que nos dias de hoje anda muito esquecido pela cinefilia.
    beijinhos
    paula e rui lima

    ResponderExcluir
  3. aqueta, na verdade esse filme tenta um pouco mostrar o quanto a humanidade é cruel. que há alemães bons e fraternos e da resistência cruéis e assassinos.

    rui, o telecine cult tem alguns filmes desse diretor na programação, vou procurar outros.

    ResponderExcluir
  4. filmes que falam da humanidade/humanismo sem a preocupação falsa do politicamente correto, não vemos mais hoje....

    ResponderExcluir

Cultura é vida!